abril 02, 2018

Uma lágrima no canto do olho

O que faz falta é explorar a malta ... se possível com umas lágrimas.

Pois estava eu na garbosa e altaneira vila de Mogadouro. Avizinhava-se uma posta à Mirandesa à maneira. Uma Sra sábia já me tinha dado dois restaurantes: um aparecia na televisão mas o outro era igualmente bom: "aqui as vacas são todas de confiança" disse sem problemas.

Aparece na TV uma Sra: aparentemente não tinha nascido por inseminação artificial. Tinha pai e mãe mas cresceu sem mãe o que naturalmente comove todos, incluindo os da inseminação artificial (em Espanha ou noutra macacada medicamente assistida). Procurava a mãe biológica pois outras mães não teve e tinha-lhe feito muita falta durante o crescimento e mesmo agora: coitada ... é fassista e chorosa. O pai parece não ter provado muito bem. A mãe essa aparecia algures e explicou tudo: casou, teve vários filhos e, já que os tempos eram outros (mais retrógrados, pouco esclarecidos e muito diferentes daqueles em que a revolução baniu estas coisas: digo eu) levou pancada do marido e da família do marido. Fugiu pelos caminhos de ferro e andou por aí.

Muito boa a família normativa tradicional para fazer programas.



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