dezembro 30, 2008

Ambiente pouco saudável


A Federação Médica Venezuelana, num recente relatório, avisa que o sistema público de saúde de Venezuela está a atravessar uma crise sem precedentes.

A crise deve-se a políticas de improvisação tal como a introdução dos programas “Bairro adentro” envolvendo pessoal médico Cubano, a maioria mal preparado, e que não responde perante as estruturas Venezuelanas de saúde. O pagamento é feito em petróleo à ditadura Cubana.

Os planos de vacinação são um absoluto fracasso.

Informações que me chegam por familiares afirmam que os cubanos estão a fazer mais doutrinação política que consultas médicas. Eles próprios estão completamente desmotivados e muitos tentam desertar ou fazer algum dinheiro dando consultas privadas.

O pessoal médico venezuelano, desprezado e muito mal pago pelos padrões de outros profissionais no país, estão pouco motivados e muitos estão a abandonar o país.

Dados epidemiológicos têm vindo a ser ocultados pelo Ministério da Saúde. Os dados que transpiram mostram o regresso de doenças endémicas outrora controladas. Vejamos dados anuais:

a) Malária: 17000 casos;

b) Papeira: 165 000 casos

c) Varicela: 2 500 casos de Janeiro a Julho de 2008

d) Dengue: 28 040 casos – alguns hemorrágicos (de Janeiro a Julho de 2008)

e) Hepatite B teve um aumento de 80%

Algumas das doenças anteriores aumentaram até 50vezes em relação a anos anteriores.

Fonte: El Universal


Os pobres são os que mais sofrem nos regimes colectivistas.

dezembro 29, 2008

Coisas que não valem a pena

Um conhecido apresentador de TV tomou ares de macho latino e promete proteger a sua "nova" namorada: uma ex-miss e modelo (isto segundo uma declaração numa inútil revista do coração).
Gostaria de saber se o apresentador está preparado para se defender do que aí vem...
Adenda ... já terá ouvido falar do Cavalo de Tróia?

Criminalidade e crise


O Procurador Geral da República está preocupado com o facto da crise vir a aumentar a criminalidade violenta devido às carências provocadas por dificuldade económica.
Eu não estou de acordo que esta criminalidade se deva à crise económica. Infelizmente o que constatamos é que a criminalidade grave não é para obter alimentos nem dinheiro para os comprar. Trata-se na maioria dos casos para conseguir viver na ociosidade, sustentar os vícios (droga, tabaco, roupas e automóveis caros, etc) e dar azo a soltar a adrenalina e a bravata grupal. Este tipo de criminalidade resulta da decomposição da família iniciada após o 25 de Abril e é um preço que teremos que pagar por pelo menos mais uma geração (admitindo que se conseguia reverter este flagelo o que não é já possível). O Governo de António Guterres (admirei o homem abominei a sua governação) aumentou significativamente os apoios sociais e nem por isso a criminalidade violenta e grave diminuiu.
Temos três problemas a resolver
a) Ajudar, numa perspectiva de longo prazo, a manter coesas e fortes as famílias e a valorizar o seu trabalho e mérito (no emprego os adultos e na escola os jovens) . A família é a primeira plataforma de apoio nas dificuldades.
b) Ajudar as famílias com carências económicas básicas -estas não roubam, refugiam-se na vergonha, reduzem a comida, compram menos roupa, poupam no gás e no aquecimento, tiram o filho do infantário- algumas das quais terão cometido erros que teriam evitado as consequências mais funestas. Muitas lições podem ser retiradas e a comunicação social tem muito assunto para explorar em substituição dos episódios rocambolescos de qualquer triste actor da nossa praça.
c) Reprimir a grande criminalidade e perceber de facto as suas raízes mais profundas.

dezembro 28, 2008

O A

O A. era um bom companheiro e um aluno médio. De um lugar próximo vinha para o Liceu de bicicleta. Nunca o vi envolvido em brigas e dava-se bem com todos os colegas. Um dia houve um furo: uma professora faltou e, nesse tempo, não havia aulas de substituição: apenas o período de socialização que agora quase não existe. Corremos para fora da escola -não era murada pois não havia necessidade- atravessámos uns campos, saltámos alguns muros, iludimos uns rafeiros e fizemos uma partida de futebol no campo municipal.
O E. assentou uma biqueirada na bola e ... pimba acertou em cheio no crâneo do D. que caiu redondo no chão. Foi o A. que na primeira aflição acudiu ao colega aturdido e o animou. O tempo passou e, com o 25 Abril pouco depois, chegou a droga. O A. passou a ter relacionamentos pouco saudáveis.

Acabado o Liceu mudei para outro (para concluir os antigos 6 e 7ºano) e encontrei o A. uns anos depois: estava magro, dentes muito estragados e os olhos vazios de esperança. Perguntei-lhe pela vida.
Disse-me ter conseguido um trabalho de camionista -tinha tirado a carta de pesados- mas em dois meses causou dois acidentes sérios: tinha sido despedido. Desejei-lhe sorte.

Vejo-o agora deambular de bicicleta por qualquer lugar sem destino aparente, roto, despenteado, barba sempre de muitos dias, magro e sujo. Tento falar com ele mas esquiva-se e isso magoa-me. Aparece na Igreja sempre com alguma coisa na mão: uma folha seca, um pedaço de cana, umas espigas de trigo e uma das vezes trazia um ramo de oliveira. Quereria fazer a paz? Pedir uma nova oportunidade? Por vezes fica ao pé de mim e dos meus filhos mas afasta-se antes do abraço da paz. Porquê? Sinto-me culpado como amigo ou pelo menos como irmão.

Quem sabe se uma pequena ajuda no momento certo, uma conversa, um abraço, um carinho não teriam sido suficientes para dar outro sentido a esta vida.

dezembro 27, 2008

A Estrela


Não se encontra no firmamento. Não apareceu nas telenovelas, nos grandes filmes nem nunca recebeu um Óscar. Teve, como as grandes estrelas de cinema, vários "casos" mas nunca uma vida em comum com alguém de relevo. Deu à luz vários filhos.
Alguns foram vendidos. Uma das filhas ficou com ela.
A Estrela era a vaca principal da família: puxava a carroça, arrastava a grade e rodava a nora para tirar a água que regava o milho. Eu seguia-a não fosse parar.
Tinha sempre a erva mais tenra e dava um leite doce que a minha avó recolhia directamente na vasilha de alumínio. Eu bebia-o e ficava com o bigode branco da espuma.
Mas a Estrela envelheceu, ficou impaciente e ao mesmo tempo incapaz de trabalhar apesar de ser cada vez mais poupada.
Um dia a família tomou uma decisão muito dolorosa: vendê-la.
O camião, que observei com espanto pois máquinas daquelas eram raras naquela altura, chegou numa sexta-feira. Nenhum de nós teve a coragem de ver carregar a Estrela e eu, com o pião na mão, vi o camião desaparecer na curva do caminho.
O jantar, uma caldeirada de carapau, não foi consumido nessa noite pesada. As lágrimas rolavam cara-abaixo das mulheres e o homem estava num silêncio pouco usual. Eu olhava e compreendia quanto um animal ao partir leva também um pouco da nossa essência.

dezembro 26, 2008

Contra o aborto e pela saúde de todas as mães ...


Um aborto é a morte de um ser humano causada por outro, cujo desenvolvimento foi respeitado.
Trata-se portanto de uma acto de hipocrisia pura.
A mulher que aborta é, sem saber, também uma vítima.
Mas há gente que luta e se organiza.
Vale a pena visitar este site.

Chamadas contra a crise

Senta-se uma Sra a meu lado no Alfa. Olha para um lado e para o o outro desesperada: não havia nada para fazer. Dedilhou os contactos no telemóvel, encontrou um número e telefonou:

- Olá, Maria. Tudo bem? O Marido?
- .....
- Óptimo. Eu .... bem obrigado. Vou a caminho de Lisboa.
- .......
- Não sei. Vou algures entre Coimbra e Pombal.
- .....
- Sim. Partiu atrasado. Penso chegar pelas 20h30m. E tu onde estás?
- ......
- Que martírio esse IC-19. Olha ... boa sorte.
- ......
- Vemo-nos então um dia destes. Talvez no fim de semana. Depois ligo-te. Beijinhos!

Repetiu "a dose" algumas vezes para outros contactos conseguindo sempre resolver o mesmo tipo de problemas . Quanto gastou não sei.

Longe vão os tempos em que as pessoas protestavam com os preços da assinatura do telefone e das chamadas do serviço fixo. É certo que a telefonia móvel é um conforto mas a verdade do ditado "Todo o Burro come palha o que é preciso é saber dá-la" também se aplica aqui.

dezembro 25, 2008

Sindicalismo à séria

A minha avó ficou viúva muito cedo e com muitos filhos para criar. A minha mãe foi mãe antes de conhecer homem: cuidava dos irmãos mais novos e levava comida ao campo.
O irmão mais velho, com 14 anos, arranjou trabalho numas marinhas de arroz de uma família rica. Veio para casa na primeira semana com o salário equivalente a 2$50 por dia.

A minha avó ficou furiosa com tão magro salário. Dirigiu-se irada ao patrão e disse:

- O meu filho também é filho de Deus tal como os seus. Por este salário não vai voltar ... trabalha ao meu lado.

Virou costas e partiu. No dia seguinte o patrão mandou recado para o rapaz ir: passou a pagar a 7$50.

Todos os meus tios(as), apesar de viverem no Estado Novo em idade escolar e com grandes carências, foram à Escola e aprenderam a ler e a escrever.

dezembro 24, 2008

A todas as mães


A todas as mães que (por vezes) contra os seus companheiros, os conselhos dos amigos de Peniche, contra patrões maldosos que ao abrigo da lei do aborto a tentaram dissuadir, que tiveram medo do futuro com mais uma boca a alimentar mas mesmo assim decidiram fazer um Natal este ano, os meus desejos de bom Natal. Dos Natais a sério .. da verdade, da solidariedade e não da hipocrisia que nos vendem com grande facilidade.

dezembro 23, 2008

Eu criei a (minha) crise?

- Pedi empréstimo para uma habitação maior que a necessitava?
- Disfarcei, no empréstimo, dinheiro para mobilar a casa toda?
- Estando aparentemente confortável arrisquei comprar mais uma casa a crédito, para férias, junto à praia ?
- Disfarcei ainda o suficiente para comprar um carro novo tendo um ainda em condições?
- Mudei de carro mais vezes que o necessário estando a pagar empréstimo?
- Fiz férias caras no estrangeiro durante este tempo?
- Ia tomar o pequeno almoço ao café quando podia fazê-lo em casa?
- Troquei amiúde de telemóvel ou PDA para andar na moda?
- Vesti-me com roupas caras de marca que não uso até ao fim de vida útil das mesmas?

Se a resposta for sim e se não for rico então ajudou a criar a crise e em especial a sua própria crise.

Se for rico então continue assim: ajuda a que a crise não seja tão profunda.

Se foi cauteloso e amealhou entretanto está na hora de comprar casa, agora bastante mais barata, e trocar de carro. Todos lhe agradecem.

dezembro 21, 2008

Deprimente

Goucha, Júlia Pinheiro e outras caras lamechas deprimentes que estamos a obrigados a aturar todos os dias não dão trégua em banalidades.

-As crianças nunca são poupadas à pergunta se têm namorada(o) ou não. Se não têm estranham! Tentam logo arranjar um(a) como se a criança tivesse defeito.
- Perguntam ainda onde está o paizinho e a mãezinha!
- Perguntam o que querem ser quando forem grandes
- Obrigam a mostrar os dentes
- Perguntam onde vivem e fiquem contentes mesmo que não tenham percebido patavina
- Obrigam a mandar beijinhos lá para casa!
- Riem-se de coisas sem qualquer interesse e se não tiverem coisas para rir debitam brejeirices!
- Dizem "Parabéns, Obrigado, Força" a todo o instante.

Haja paciência ...aguardo com urgência a avaria do televisor

dezembro 20, 2008

Quem vê caras não vê corações


A Ministra da Igualdade de Zapatero, Bibiano Aido por obra e graça, é progressista e a favor da igualdade (claro). Os membros da sua família mais próxima, quase todos com altos cargos públicos, viram de uma só vez os salários aumentados de quase 4000euros por ano. Ficam assim mais iguais aos que ganham mais e sentiram desta maneira quanto o progressismo "é porreiro" (para eles).

As multinacionais do aborto também vão ficar mais ricas em breve. Ela vai propor uma nova lei do aborto para a tornar "mais igual" a outras que sejam iguais ao que ela quer. Apesar de haver 120000 abortos por ano "a coisa vai ser assim":
- Até às 14 semanas para ir abortar basta acordar mal disposto um dia qualquer;
- Das 14 semanas às 22 semanas só por malformação do feto ou por riscos de saúde para a mãe (que era aliás a justificação que se usava no caso anterior);
- O feto só tem protecção legal a partir da 24 semana de gestação (ou seja quase 6 meses já a barriguinha vai encantadora);
- A objecção de consciência dos médicos vai-se tornar quase impossível.

Não se conhecem acções legais do Estado sobre clínicas que efectuaram abortos ao 7º, 8º e 9º mês de gravidez.

A tribo PSOE da ministra, que tem raízes (e bem fundas diga-se de verdade) na Andaluzia e a governa há 25 anos, foi recentemente convidada a dizer qual a taxa de desemprego nesta região. Pois bem ... não sabiam, mas eu digo ... das mais elevadas de Espanha. Isto é serviço (pouco) público.

Os concebidos são para abater, os que andam por cá .... são para esquecer.

Triste sorte a de um pedaço de papel

Uma simples pedra pode ser admirada séculos a fio por ter uma forma peculiar ou ter um destino nobre viajando para as arábias e tornar-se parte de um magnífico pavimento na sala de um sultão. Outras vão para uma ignorada calçada. Algumas levam pontapé de miúdos truculentos e outras acabam a destruir os bens de pessoas que trabalharam uma vida inteira (se os miúdos forem ainda delinquentes gregos).

O mesmo acontece ao papel: pode ser importante num tratado, magnânimo num artigo científico inesquecível, pode ser usado e deitado sanita abaixo ou pior ainda, ir para a TV-7Dias – Especial Natal.

Logo à entrada: Um conhecido parzinho que “anda”, “tem um caso”, “namora”, etc (conforme o nível progressista do observador) dormiu num hotel de luxo no Porto: 1100Euros. A mim não me interessa nada mas deve interessar a algumas pessoas e ajuda a compor o salário dos empregados.

Mais adiante: Um actor, com idade para ser avô e sabido, “enrolado” (sic) por uma miúda de 16 anos que lhe disse ter 21. Que não pedisse o BI vá que não vá mas devia ter visto os dentes de leite. Bolas que distraído. Agora quer ir falar com os pais da miúda.

Página seguinte: Actor mais novo, mas com idade para ter juízo, parece ter trocado as voltas à namorada mas teve o seu perdão. Isto apesar da segunda “ferroada”. Querida a minha opinião segue um ditado popular “Burro com a mania de dar coice…”

Outra figura televisiva com “namoro”, “caso”, etc, etc com um homem casado à vinte anos. Acautela-te querida: podes levar o mesmo caminho que levou a esposa do teu “companheiro”.

Páginas seguintes: Um conhecido futebolista, que costuma meter a bola onde quer, e trocar de namorada com mais frequência que de camisa, suspeito de meter a colher onde não devia.

Adiante ainda: Um apresentador de TV agora “enganchado” com uma outra Sra do Jetset que tem dado que falar. Não teve a certeza da mulher o ter traído com um colaborador do programa, mas mesmo assim decidiu “mudar de ares”.

Como vemos é tudo literatura muito instrutiva: por uns modestos 4Euros inclui um garfo de peixe.

Assim vai o mundo

Dias de felicicidade


Dois dias por semana visto roupa velha e peço à minha mulher -ela é que manda cá em casa- para afastar os móveis e deixar a sala mais ou menos desimpedida.
É que entram no Telejornal o Miguel Sousa Tavares e o António Perez Metelo e sinto sempre uma imensa compulsão para rebolar a rir.

dezembro 18, 2008

Métodos antigos é que resultam


Dizem que dar umas palmadas aos miúdos não os ajuda a manter na linha. Discordo.
Ricardo Bexiga levou uma carga de porrada e agora é administrador da CP.

Perguntar não ofende


O Painel do Aquecimento Global reúne por causa do CO2, o Colóquio das esquerdas reúne não sabemos muito bem porquê!
O Guru da religião do aquecimento global paga 270kWh/dia de energia eléctrica da sua vivenda. Qual é o perfil destes gurus e pregadores mor do Colóquio das Esquerdas?

- Quanto levam para casa as respectivas famílias ao fim do mês?
- Repartem alguma coisa do que recebem? Pagam dignamente à Senhora que lhes limpa a casa?
- Investem de alguma forma a sua riqueza para benefício dos outros criando empregos?
- Deixam o dinheiro que gastam nas férias em unidades hoteleiras e restaurantes portugueses, a bem dos que trabalham neste sector, ou vão para o estrangeiro?
- Quantos filhos geraram e estão a educar?
- Os filhos estão na escola pública ou colégio privado?
- As famílias têm empregos no sector público ou privado?

dezembro 17, 2008

O Imperador


Hugo Chavez, golpista perdoado pela democracia, está a levar a Venezuela ao descalabro: inflação, criminalidade, pobreza (47% dos venezuelanos não ganham para comer), corrupção generalizada (justiça, polícia e forças armadas), ensino miserável, saúde a piorar, escassez de bens alimentares, falhas generalizadas de energia eléctrica, ataques aos direitos dos trabalhadores e à liberdade de expressão são apenas alguns dos males que instalou em Venezuela.

Sair à rua em Caracas e voltar a casa com vida é uma verdadeira sorte: mais de 25 assassínios por dia. Apenas 3 em cada 100 são resolvidos.

Não basta fazer figura com o dinheiro dos outros

A TVI pertence ao grupo PRISA. O grupo PRISA foi criado e floresceu durante os anos de Felipe Gonzalez, o que não aconteceu por acaso. O favor foi pago favorecendo nos média os governos do PSOE.

O catecismo de solidariedade, apoio aos pobres, igualdade, desenvolvimento, políticas sociais e outros chavões progres tiveram resultados práticos pouco abonadores no fim deste reinado "Felipino": 24% de desemprego, muita pobreza e uma cadeia de corrupção (nunca desmembrada) que enriqueceu despudoradamente a elite política.

Mas cá se fazem cá se pagam. O grupo atravessa agora um mau momento com a crise económica e os resultados são pavorosos: a PRISA está a minguar.

A TVI parece que vai escapando ao fenómeno e organizou uma festa de Natal: nesta altura toda a gente se lembra da solidariedade, fica com o coração derretido e são tudo flores e passarinhos. Passado o Natal, que a maioria nem sabe muito bem o que é, volta tudo ao mesmo.

A festa de Natal da TVI -feita para atrair as audiências como era de esperar- exibiu os figurões dos Telejornais (alguns escrevem livros), dos programas de entretenimento (pavorosos), das novelas (inúteis), da socialité, dos gestores, etc, etc ... B. A roupa de marca e adereços preciosos não impediram alguns de irem fazer figuras tristes e de pura auto-promoção para o palco. Os outros riam-se de umas brejeirices e piadas politicas/politiqueiras deprimentes.

A iniciativa foi dourada pelo apoio a uma causa: a causa da criança que será a única coisa que valeu a pena além da homenagem à jovem jornalista falecida recentemente. As contribuições para a causa vêm dos cofres da TVI? São uma percentagem dos lucros acarretados pela audiência do programa? São dádivas generosas de gestores com centenas de milhares de Euros anuais de rendimento? Não.

Quem faz as contribuições são os telespectadores que com boa vontade acabam por tornar a festa (deles) maior.

dezembro 16, 2008

Gente que sabe muito

O padre da minha freguesia é um grande estudioso mas não tem jeito para homilias tocantes. Já terá ouvido contudo milhares de casais desavindos. Tirou uma conclusão que não hesitou em partilhar a partir do púlpito.

- Quando me falam em divórcio recomendo sempre. Olhe que você não faça isso, pense bem: 80% dos casos mudam para pior e depois arrependem-se.

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A Senhora dos Serviços Financeiros nos CTT é muito simpática e tem um sotaque Beirão que me é muito familiar. No outro dia atendeu o telefone. Depois explicou-me:

-Era o meu marido. Desculpe …

Eu sugeri brincando:
-Se calhar está na altura de lhe pôr um par de patins e arranjar um menos aborrecido.

Ela retorquiu divertida:
-Nem me diga isso. A este já lhe conheço as manhas todas e sei bem lidar com ele. Começar de novo ia ser muito complicado.

dezembro 14, 2008

Direitos humanos ... pois claro

Uma boa imagem dos tempos que vamos vivendo:


Obrigado Isabel.

Direitos humanos ... diz ela


A folclórica Ministra de la Vega é uma extraordinária personagem do falido governo do PSOE liderado por Zapatero.

A dourada Sra, além de socialista e bastante rica (coisas sempre misteriosamente agarradas nestes cargos), é uma vanguardista. Deixou-se fotografar num bantustão africano com um muçulmano acompanhado das suas (muitas) mulheres e filhas, alinhadinhas e bem comportadas, como numa parada militar. Era muito difícil distinguir quem era filha e esposa deste competente homem.

Fiquei com a esperança que tivesse decidido engrossar a harém do roliço macho, nem que fosse para lavar a roupa de tão extensa família, mas não: voltou a Espanha preocupada com os direitos humanos ainda.

Preparou agora uma lei nacional de Direitos Humanos que diz colocar Espanha na vanguarda do tema enquanto Zapatero a coloca no descalabro financeiro e social. Ao mesmo tempo que centenas de mulheres, desde as ramblas em Barcelona até Madrid, oferecem e vendem num qualquer vão de escada o corpo em sexo expresso para sobreviver, ela descobriu, no conforto do seu gabinete e carro oficial de vidros fumados, um problema de direitos humanos.

Vai daí uma das medidas propostas nesta nova lei é eliminar qualquer símbolo cristão.

Os Direitos Humanos ficam assim melhor salvaguardados não fossem eles uma conjunto de valores de inspiração socialista e não cristã.

dezembro 13, 2008

Comentadores convenientes ou a Conveniência de certos comentadores



Pululam como cogumelos os comentadores do regime, os especialistas nisto e naquilo, prestidigitadores de sondagens e de indicadores, escrutinadores de duas ou três frases, os palpitadores de tudo e de coisa nenhuma, os interpoladores e extrapoladores, os anti neo e anti caps e anti EUA e os ilusionistas que disfarçam e escondem o óbvio .

Sentam-se alguns em mesa redonda outros numas mesas arredondadas, põem de vez em quando um ar sério, franzem o sobrolho para fingir arrelia, dizem barbaridades sem se ruborizar e tratam por tu os entrevistadores, simulam surpresa perante perguntas combinadas e fintam com mestria as inconvenientes. Citam uma ou outra frase, mesmo que com relação vaga com o tema em discussão, de um qualquer livro que leram na noite anterior. Recolhem o cachet e partem com enorme vontade de voltar para dizer o mesmo. Outros escrevem colunitas de jornal que ficavam melhor no obituário enquanto usam casas que deviam ser para os mais necessitados.

Habitam de forma selvagem tudo quanto é TV desde o Jornal da Manhã ao Jornal da Noite, sem contagens de tempo, mas ... coitadinhos. Apesar de bem treinados metem dó e continuo a preferir um espectáculo com palhaços de um Circo Ambulante de natureza familiar que periodicamente assenta arraiais perto de mim.

No circo compro o algodão doce, a bandeirinha e o brinquedo apenas se quiser e vejo os palhaços.

Para a TV tenho que pagar taxas de audiovisual e outras mesmo que não esteja interessado no produto. Mas afinal sou eu que faço de palhaço!

Novelas da vida real

Medo, muito medo … filme de terror para os próximos 15 anos.

O Governo vai propor um plano global de apoio à economia baseado em obras públicas.

Homens de muita fé

Francisco van Zeller diz que não vai haver recessão: foi o Governo que lhe disse.

Milagres

A nossa economia criou emprego com crescimento quase nulo (e não um mínimo de 2%)

Desobediência civil:

Manuel Pinho decretou o fim da crise mas ele teima em não ir embora.

O indigenismo

Está-se a espalhar no Brasil um fundamentalismo na defesa das comunidades indígenas que as mantém obrigatoriamente afastadas da civilização. O romantismo destas comunidades está bem longe de ser real: esconde factos assustadoramente pouco humanos.

dezembro 12, 2008

Agruras de um ecologista


Domingo, 30 de Novembro, 7h30m da manhã estava um frio de rachar. Bastou por um braço fora do edredon para o perceber. Já não aguentava mais a cama: levantei-me e espreitei pela janela. Apeteceu-me, já gelado, voltar ao ponto de partida: encostei-me à minha botija. Reagiu muito mal:

-Chega-te para lá que estás gelado.

Fiquei furioso: falta de solidariedade, ingrata!!. Quando se deita não me poupa. Levantei-me, sacudi o edredon para entrar frio e deixei-lhe um bocadinho das costas a descoberto. A tiritar segui, qual bichinho da conta enrolado, para a cozinha também gelada. Aquecimento central: népia. A minha casa gasta 7kwh/dia de energia eléctrica e não dou conferências bem pagas para pagar 270kWh/dia, como faz o Algore.

Tinha que ir pagar o pão. Olhei guloso para o meu carrito, pensei no aquecimento ligado mas ... não … tinha que ser ecológico. O cão pôs o nariz de fora do seu alojamento mas preferiu não sair.

Aqueci a encher os pneus da minha bicicleta, calcei luvas e dei umas sapatadas lançando ostensivamente uma mistura de CO2 e vapor de água para a atmosfera.

Cheguei à padaria: alguns minutos de conversa com a padeira para descansar–ela gosta e eu também. A padeira sabe fazer pão, bolinhos, bolo-rei, broa etc. Sabe também de tudo o que se passa à volta da padaria num raio de alguns km e com bastante detalhe. Casamentos, mortes, nascimentos, divórcios e outros factos … nada lhe escapa. As partes mais interessantes são porém aquelas que começam assim.

- Você não diga nada mas dizem por aí que …. bla bla

Delicioso, formativo e informativo. Regressei por outro caminho. As folhas de plátano corriam ligeiras à frente da bicicleta empurradas por um vento nada simpático embora mecanicamente favorável. Uma vaquinha pasmada olhava para mim de um campo. Ruminava e ruminava eu também contra ela:

-Maldita, sua produtora de Metano. Estás a arruinar o meu planeta.

Pensei no leitinho quente com chocolate que ia preparar e perdoei-lhe. Ao fim e ao cabo as bostas espalhas no chão iam fazer crescer a vegetação com mais vigor e aumentar a captura de CO2. Cheguei, aqueci o leite e saí, desta vez a pé, para um passeio higiénico.

dezembro 11, 2008

Câmara de Lisboa ... estado terminal

O Costa está em desespero. Situação:
- Gravíssima;
- Não pode fazer mais nada.

Podes, Costa. Salta para o Camião, levas o Zé e outro camarada e recolhe algum lixo. Tens alguma sorte: no Verão seria pior.

Ai, Costa ...Costa ...

Pensamento do dia

Rita Pereira sem casar e a economia a derrapar.

Barbárie e hipocrisia

Na Grécia uns miúdos mal educados estão a ser manipulados por uma caterva de velhacos que vê na violência uma forma de propagar as suas ideias falidas. O covarde aproveitamento de uma infeliz morte está a destruir centenas de postos de trabalho e a limitar a liberdade de quem, no dia a dia, luta para sustentar a sua família.

Quando a Rússia invadiu um país vizinho, provocando a morte de muitas mulheres e crianças, ninguém apareceu a indignar-se.

A Europa está mergulhada numa profunda crise de valores morais.

dezembro 10, 2008

Fúria anti-EUA


Picada algures, agora que estamos no fim de uma era.

Barreiras linguísticas


A minha mulher gosta de regatear. Regateia tudo o que pode onde a deixam.
Uma vez entrou numa loja do Chinês que tinha aberto dias antes. Pegou num molho de meias e perguntou:


Não desfiam?
Trejentos escudos

Estas são um pouco mais fracas. Quanto custam?
Trejentos escudos

Estas têm defeito. Não faz desconto?
Trejentos escudos.

Pronto, acabou por trazer um molho de meias por trezentos escudos.

"Não engravidamos de cães, batatas ou alfaces"

Esperanza Puente, uma mulher que se arrependeu de ter abortado, testemunhou na Comissão que analisa a revisão da Lei do Aborto em Espanha, e foi contundente. O aborto não é nada inócuo, a mulher não é informada das consequências, não é apoiada e necessita de ajuda psicológica mesmo 5, 10 e 20 anos depois.

Estados de espírito ..

- Tranquilidade;
- Confiança total na Justiça;
- Consciência tranquila porque inocentes.

dos arguidos a ser julgadas no caso Casa Pia.

Coisas que um dia a Ciência explicará

A minha Escola Primária era uma construção igual a tantas outras que tenho visto pelo país. O Estado Novo construiu assim centenas no centro das aldeias e vilas, e não nos arredores como agora é regra, mas sempre com o mesmo projecto. Assim foi feito também com as casas florestais.

A escola -ainda de pé, sem rachas e com o soalho original- não tinha aquecimento. O professor dava-nos 10 minutos para colocar as mãos pequeninas nos bolsos já que as sucessivas tentativas de acender a salamandra não davam resultado. A passarada malvada fazia ninhos na chaminé e a sala enchia-se de fumo.

O trabalho era árduo: contas, ditados e leitura. O recreio era uma alegria: ao ar livre, com poças de água e muito futebol. Todos nos levantávamos quando o professor entrava. Havia ordem na sala quando ele estava e desordem quando virava costas (ficava um sentinela no cimo das escadas). Outro momento de felicidade era receber um caderno novo (cheiroso, direitinho, impecável como todas as coisas novas) mas só depois do anterior ser escrutinado para confirmar a sua completa utilização.

O castigo vinha com os erros ortográficos ou de aritmética. A régua batia com força e democraticamente: a cada um aquilo que lhe cabia. Não havia excepções: o filho do professor era o menos poupado.

Alguns pais levavam uma galinha vermelha no Natal (criada com milho e em liberdade) e pediam:

-Sr Professor veja lá o meu rapaz, faça dele um homem.

E o Prof. via mesmo e escrutinava com mais cuidado o rebento dos generosos progenitores. A régua actuava mais vezes para fazer cumprir a promessa.

A fustigadela da dita (madeira exótica maciça) não era muito dolorosa, mas devia ter um qualquer efeito indirecto no cérebro: activava os neurónios e fomentava a formação das sinapses. Todos aprendiam apesar de alguns terem pouca vontade de o fazer.

dezembro 08, 2008

O bacoco progressista de esquerda


Alheia-se da realidade, cria legislação e não mede as consequências da mesma.

Serviço com pouco Público à sexta-feira


Chegou à porta da Lura o Público de Sexta-Feira e de borla: não tenho dinheiro para algumas coisas quase inúteis.
Na primeira página sabemos que Dias Loureiro, à revelia de um parecer, fez um negócio qualquer que correu mal nas Caraíbas: terra de piratas. Os negócios de risco por vezes correm mal e não é por haver opiniões todas concordantes que correm bem.

Mas isto apoquentou um casal de jornalistas e vai daí, a partir da quarta página, estando a segunda e terceira reservadas a um galã que também parece estar pelas Caraíbas, toca a desenvolver o tema. Depois a coisa segue com informação proveniente de outros jornais, já com alguns anos, o que prova que estas almas dos média não sofrem de asma. E que jornais? O El Mundo e o El País, herdeiros de um catecismo de elevados valores democráticos e que foi posto em prática vai para 70 e tal anos.

A coisa, muito parecida com uma novela de segunda ou um filme James Bond de primeira mas sem os “borrachinhos”, é mais ou menos assim: Dias Loureiro, um libanês talvez traficante de armas, o rei de Espanha, um genro de Aznar, Bill Clinton, Barroso, Chirac e Berlusconi. Fazem telefonemas uns aos outros, jogam golf, fazem caçadas, vão a jantares, vão a casamentos, fazem viagens, etc e tal.
Que aprendemos? O Rei de Espanha pediu dinheiro emprestado e não devolveu até uma dada altura, mas também ficamos sem saber se o prazo tinha terminado. Os negócios não se fazem a telefonar para a porteira. Os casamentos podem não ter terminado bem. Uns bichos andaram aflitos mas se a pontaria for tão boa como o jeito para os negócios…, etc.
Cavaco Silva mencionado também no artigo – que não foi a nenhum casamento, não jogou golf, não telefonou, não caçou, não jantou, não foi às Caraíbas- surpresa!! teve afinal, como ministro, o Dias Loureiro.
Ah, grande jornalismo … é baralhar e tornar a dar.

Abaixo: Piaget condenado. Bem feito … toma e embrulha.

Mais adiante:
Casa da Música: Derrapagem mais extraordinária que os descalabros de Dias Loureiro: sem paraísos fiscais mas com bom regabofe para alguns. Derrapou em quê? Betão, Ferro, Aterro, Arranjos, Mobiliário? Não sabemos!

Pinto Ribeiro: Precisa de gestores no Museu que aquilo é um bom negócio e feito para dar lucro.

O Inimigo Público: Com 30% de graça e 70% de mau gosto.

Coisas da Vida de Laurinda Alves. Isto vale a pena… uma verdadeira senhora esta Laurinda. Pronto …. Vou guardar este artigo e lembrar de dar uma volta ao seu blog.

dezembro 07, 2008

Coisas que valem a pena (3): Ana Damião

Praxe: Relação do Porto dá razão a aluna sujeita a carregar arreios de um burro e a simular orgasmos.

Ana Damião os meus parabéns. Foste corajosa, valente e determinada. Desejo-te os maiores sucessos pessoais e profissionais. Quando fores mãe passa estes valores aos teus filhos também.

Eu já estou a conseguir algum sucesso.

Abraço

Primeiro texto picado da imprensa

Agricultura ... nem sequer de subsistência

Hoje terminei a plantação dos meus alhos. Dizem que pelo Natal bico de pardal e não quis contrariar o ditado.

Os do ano passado, já a lançar raízes e rebentos, rejubilaram com esta oportunidade de voltar à Terra. Aquele pedacinho de tempo perdido é de uma descontracção incrível: cavei, juntei uma folhas caídas que enterrei a servir de estrume e passado pouco tempo tinha um cantinho com 2m2 pronto.

Pequei na régua de construção civil para ajudar a alinhar, sacudi o cão que me lambia a cara com um sábio desafio
-Gato, Gato, acolá ........que ele acabou por não encontrar
abri os buraquinhos com o indicador e 10 minutos depois ficou pronto.

É um investimento ... na maioria dos casos financeiramente ruinoso. Vou sempre, pela manhã, recolher o pão e aproveito para inspeccionar as minhas (poucas) árvores e sementeiras como esta. Algumas coisas não dão nada -a não ser o prazer de as cuidar- outras dão só para nós e outras ainda dão para partilhar com os vizinhos e colegas de trabalho.

É de qualquer forma maravilhoso constatar o que a terra pode dar e gozar de uma liberdade vedada a alguns seres humanos em pleno século XXI.

A Andaluzia

Ontem a TV, ainda vista em minha casa até que um vendaval leve as antenas, fez uma breve reportagem sobre a situação dos trabalhadores imigrantes que nesta província espanhola encontram trabalho sazonal. Muito ficou por dizer pois a penúria tem levado as mulheres a situações de pura degradação e humilhação.

A Andaluzia é uma região com uma forte produção agrícola e das mais afectadas pelo pior descalabro económico sofrido pela Espanha em 30 anos. Só este ano levou 1 milhão de trabalhadores a perder o emprego e já não há dinheiro para pagar as reformas do próximo mês.

A Andaluzia é governada desde há 25 anos pelo PSOE e a corrupção campeia forte e feio com clãs políticos a ditar as suas influências e a delapidar orçamentos . As "autonomias" em Espanha têm dado azo a fenómenos incompreensíveis de falta de solidariedade. Um caso é um plano de transvase de águas de um rio, cujo único destino já só pode ser o Mar, para a Andaluzia muito deficitária em água para a agricultura. O plano foi bloqueado por uma outra "autonomia" também governada pelo PSOE.

Faltando a solidariedade socialista (afinal só de boca e de artigo de jornal) quem realmente a faz é a Cáritas, instituição que o socialismo espanhol odeia.

Não devia ser preciso ...

Dei uma voltinha de comboio o qual uso sempre para viagens longas. No extremo de uma carruagem um anúncio (julgo que começa assim):

Namoro com violência não é amor......

num quadro sobre o cinzento que nem sequer chama muito a atenção.
Bolas!!! Ao que se chegou! É necessário? Porquê?

dezembro 06, 2008

Coisas que valem a pena: Heroínas a sério

Combateu o aquecimento global com sucesso? Manteve de pé a banca? Salvou a Indústria automóvel? Aprovou um bailout? Não!

Uma asiática, moreninha e de feições que não engana ninguém quanto à sua raça, pegou numa criança muito nórdica, branquinha como a neve, e conseguiu-a salvar da barbárie de Bombaim. Os pais, judeus, agonizavam mas tiveram uma alegria se houve tempo de verem o que se passava: o seu filho ia viver.

Na entrevista a simplicidade das pessoas boas e generosas: Eu também sou mãe de dois filhos.

Dizem-nos que há filhos que não merecem ser amados pelos progenitores mas esta senhora amou também os filhos dos outros.

Bem haja.

dezembro 05, 2008

Ruína de cima a baixo


No Zimbabwe, país a caminho do qual foi interceptado recentemente um barco chinês carregado de armamento, a situação é de descalabro total. Não há dinheiro para tratar a água e apareceu a cólera. Todos os hospitais fecharam e as autoridades também fecharam a distribuição de água para ajudar à festa. O povo, mergulhado numa pobreza que nunca tinha sentido, que já não sabe fazer as contas da inflação, que vê o dinheiro valer menos que papel higiénico, que tem 90% de desempregados e que já cavava o chão para encontrar bichos e intragáveis raízes para comer, agora abre buracos para encontrar água fétida e matar a sede. Mugabe e o seu regime colectivista, com alguns amigos em Portugal, lá continua no palácio luxuoso como se nada fosse e, decerto, a blasfemar contra o Reino Unido nem que não tenha ninguém para o ouvir em breve (a não ser os bufos e generais do regime que com ele engordam contas bancárias).
No Sudão o regime islâmico de Omar Bashir continua o genocídio no Darfur matando crianças, mulheres e homens de forma sistemática. Estes massacrados são apenas os mais pobres dos mais pobres, os mais fracos dos mais fracos, os mais indefesos dos mais indefesos. A China e a Rússia acham tudo normal.

A Cúpula do artista progressista (não capitalista) Miguel Barceló, que à custa de tanto talento embolsou alguns milhões para fazer pirraça à grossa maquia colectada -1.2 milhões- em terras do Tio Sam pelo intrépido e não menos progressista juiz Baltazar Garzon, está a cair aos bocados passadas apenas 2 semanas. O pessoal da ONU em Genebra, já preocupado com a Aliança de Civilizações e os Direitos Humanos, anda em pânico para encontrar um capacete de construção civil, não vá tanta criatividade afectar a caixa craniana do Secretário Geral, que vai em breve admirar a Capela Sistina do Século XXI.

Mas tanto a ONU como Zapatero (que gastou 20milhões nesta cúpula) ainda festejam obras inúteis que ofendem quem precisa. Hipócritas outra vez!! Como diz uma artista do circo em que todos vamos vivendo “isto agora não interessa nada”.
Se acreditasse que Deus tinha interesse nestas pequenas vaidades dos homens diria que o desmoronamento era uma graça divina, para ajudar estas almas a ver o sofrimento dos seus semelhantes. Mas julgo não ser suficiente. Durmam bem …

novembro 28, 2008

Liberdade, Igualdade e Fraternidade

Parecia uma promessa interessante. Mas a Revolução Francesa rapidamente se tornou uma ilusão afogada numa orgia de violência e terror. O monarca foi substituído por um imperador que mergulhou a Europa numa guerra de crueldade nunca vista até aí.

Quando os mortos numa revolução têm nome, as coisas tornam-se mais reais. Eles aqui estão, bem como as razões de serem guilhotinados. Entre eles Lavoisier: um brilhante químico. Mulheres e mulheres grávidas também não foram poupadas.

Curiosamente Galileu, habitualmente referido como vítima da Inquisição, nunca viu a sua condenação assinada pelo Papa.

Oh, MEO não "chateies" mais ... por favor

Só nas últimas seis semanas 3 meninas MEO e um menino MEO telefonaram-me para casa a oferecer o serviço MEO. Quantas chamadas não terei atendido por estar ausente?

Ponham lá na base de dados que não estou interessado. Os quatro canais já chegam para eu perder a paciência.

Oh, MEO já não aguento.... Que melgas!

novembro 26, 2008

Tax evaders


Alberobello no Vale de Itria, sul de Itália alberga um dos maiores núcleos de construções em pedra muito peculiares. São redondas, têm telhado cónico e no topo ostentam a marca do mestre que a construiu. Afirmam que os Truli tem excepcional resistência a sismos.
Uma outra propriedade interessante era que estavam dependentes de uma pedra mestra. Derrubar esta pedra era simples e até conveniente: fazia ruir completamente o trull. Havia um nobre por aquela zona que cobrava imposto a todas as construções que dessem abrigo às pessoas. Uma engenhosa maneira de fugir aos impostos!

Imagem picada de site turístico italiano

novembro 25, 2008

Lucro desenfreado .. ou falta de regulação

As clínicas abortistas espanholas estão em grande com o socialismo Zapaterista.

Pediram hoje, à comissão que analisa a revisão da lei do aborto (já de si uma das mais permissivas da Europa mas mesmo assim acham-na restritiva), para autorizar a realização de abortos a jovens com menos de 16 anos sem obter o consentimento dos pais.

É um negócio muito lucrativo ... mas a ganância não tem limites.

et voilá ...

Duas famílias desavindas e com ódios viscerais. Uns filhos com juízo outros uns palermas. Uma mulher apetecida por dois homens. Um homem apetecido por duas mulheres. Dois ou três triângulos amorosos. Pais que não sabem que o são e filhos que também não sabem quem são os pais. Um ou dois amores (quase impossíveis). Alguns ricos maus como as feras (outros nem tanto) e uns pobrezinhos mas muito limpinhos (outros nem por isso). Uns ricos que não se importam de ser pobres e alguns pobres que fazem tudo para ser ricos. Um ou mais segredos insondáveis até ao último momento. Pernas torneadas, saias curtas e decotes mínimos a mostrarem quase o máximo. Alguns tiros de pistola, despistes, escutas às portas e maquinações sucessivas. Algumas bofetadas, puxões de cabelo e imprecações. Amores que nascem, morrem com intrigas improváveis, mas renascem como as ervas daninhas. Golpes de alcova, de conta bancária, de negócios e outras agruras. Uma lésbica ou um homossexual com tremendos dilemas. Algumas imagens “deslumbrantes” e de “rara beleza” num “cenário paradisíaco”, sempre as mesmas, intercaladas. Uma música badalada. Super produções com extraordinários e únicos elencos anunciadas no fim de um qualquer telejornal et … voilá. Eis a pastosa novela televisiva portuguesa.

novembro 24, 2008

Um eterno Pinto ...

O Ministro da Cultura Pinto Ribeiro passa tão despercebido que me chamou a atenção o pequeno artigo no Público (escrito por uma jornalista) de 20 de Novembro de 2008.

Julgo ser este o autor da famosa tirada de «Um ovo não é igual a um pinto. Um ovo não tem os mesmos direitos do que um frango» a respeito do aborto de um ser humano.

Vamos ver o que nos tinha para dizer:
a) Responsabilizou os anteriores ministros por desperdiçarem a oportunidade de gastar o orçamento (eu não tenho ninguém para responsabilizar .... bolas ... mas é muito feio apontar os outros);
b) Anunciou medidas para evitar "o desperdício" (pois ... não me resta outra hipótese também)
c) Queixou-se que o orçamento era curto (queixo-me do mesmo);
d) Prometeu executar bem (que remédio é o que eu faço);
e) Prometeu ainda: "fomentar parcerias", "criar o cheque obra", "linhas de crédito no BCP para artistas plásticos" (eu também queria parcerias para cavar o logradouro mas faz calos e os meus parceiros aqui em casa não vão em cantigas)
f) Mandou uns bitaites sobre a cinemateca (eu também mando umas recomendações aos miúdos mas nunca me perdoam a semanada).

Mais adiante, na revista, "Podemos trazer de volta os Mamutes"? Por mim não há problema desde que não me pisem a sementeira dos alhos. Estejam à vontade.

Pronto .... então está bem.

novembro 23, 2008

As cúpulas da hipocrisia


No Estado de Orissa, Índia, cristãos que apoiam os miseráveis entre os miseráveis são, por isso mesmo, perseguidos e mortos.
Na Somália uma miúda de 14 anos tentava encontrar, por iniciativa da família, um sítio mais seguro para viver. Foi atacada pela soldadesca islâmica e violada numa praia. Queixou-se à justiça e que ganhou? Ser apedrejada até à morte …. se calhar pelos violadores. É atroz tanto mais que a família tentou evitar no local o seu linchamento.
Duas miúdas afegãs, a caminho da escola e por isso mesmo também, foram atacadas por islamitas que as regaram com ácido. As meninas não podem receber educação. As mulheres morrem por falta de assistência se não houver uma médica por perto, o que parece impossível como vimos.
Nada disto aparece na TV ou certa imprensa escrita.

Zapatero, que não cumprimentaria o Papa mas foi abrir o Ramadão não sei onde, teve mais de 10 anos no parlamento Espanhol. Não fez intervenção ou escreveu qualquer coisa que precise de mais que o equivalente a um rectângulo de papel higiénico. No dia 18 de Novembro encheu uma mala com ½ milhão de Euros de verbas de Ajuda ao Desenvolvimento para fechar umas contas e pôs-se a caminho da Sala XX do Palácio das Nações da ONU em Genebra, para inaugurar uma cúpula do artista Miguel Barceló em honra da Aliança de Civilizações.

A Cúpula, com estalactites artificiais (sem a graça das nossas que são naturais), custou cerca de 20 milhões de euros (as nossas foram grátis) com 8 milhões de financiamento recolhidos dos impostos de “nuestros hermanos”. O artista, que certamente detesta capitalistas mas gostará do que eles têm, foi generoso e cobrou apenas alguns milhões, além de passar muitos meses em alojamento grátis, já que a obra era extenuante e trabalhador assim merece mais que os outros.

Miguel Barceló, então com o cheque no bolso e vendo já pago o apoio que deu a Zapatero nas campanhas eleitorais, estava obviamente feliz como uma criança. Moratinos, o roliço MNE lá do sítio, já se tinha justificado que “el arte no tiene precio” e esta era “A Capela Sistina do século XXI”. Esta última é uma justificação imperdoável para jacobinos e ainda por cima a mais de 90 anos do fim do século. Zapatero, “por supuesto que si”, delirava com a proeza de ter colado ao tecto 8 milhões de Euros do contribuinte e ainda lhe terem feito uma festa com 700 pessoas. Faltaram os foguetes que aqui não convinham.

Assim vão, para a sarjeta, os direitos humanos e pelo ar o dinheiro dos contribuintes e as verbas da ONU.

novembro 22, 2008

Afinal havia outras

O pessoal do aquecimento global já estava a debitar pataratas. Imenso aumento de temperatura registado este ano algures! Afinal tinham-se enganado no mês onde foram buscar as ditas. Vou adiar a compra do ar condicionado.

Pensamentos sem qualquer interesse (2)

Ao observar as pautas de alunos do secundário tenho a sensação que, pelo confronto do nome dos alunos com o nome das personagens de telenovelas, conseguiria com algum rigor saber o ano em que nasceram.

novembro 21, 2008

O cão, a coleira, a trela … e a crise financeira



A Europa personifica bem o ditado “Burro com mania de dar coice até o faz com o coto”. Criadora de vários psicopatas assassinos –Napoleão, Hitler e Estaline- esta amálgama de países nunca se conseguiu encontrar com ela própria. As mães norte americanas tiveram que chorar a morte de muitas dezenas de milhares de filhos para este canto não se ter tornado uma África ou coutada Zimbabueana de qualquer grande líder.

Quando a Europa cresce economicamente é sempre por mérito próprio quando entra em recessão culpa os Estados Unidos. A imprensa progre subserviente e os economistas trauliteiros atiram-se então aos EUA como os nazis e bolcheviques perseguiram os judeus.

Culpam então Bush da crise e queixam-se do capitalismo, dos liberais, neo-liberais e outros que tais. Mas de facto a origem da crise está em Carter “ O Amendoim”. Carter criou uma lei que escancarou o crédito fácil com a boa intenção (e de gente com boas intenções está o inferno cheio) de dar casa a todos os americanos no período de tempo em que arde um fósforo. Janet Reno, uma caterva de advogados, os parasitas da ACORN -todos abençoados por Clinton ocupado por uma estagiária- fizeram o resto: forçaram os bancos a conceder crédito de olhos fechados. Reguladores havia imensos, mas para quê? Para ir contra as leis do Mercado. Os Republicanos fizeram vista grossa. Isto é liberalismo? É SOCIALISMO FINANCEIRO. E a Europa? Parece que fez o mesmo ou pior .. como vamos vendo.

O incauto, que se podia governar com uma casa mais pequena, poupar no carro, trocar de telemóvel menos vezes, desistir das viagens de sonho nas Caraíbas, desistir da segunda casa de férias, cozinhar em casa e fazer poupanças para conseguir a tal desejada casinha endividou-se. Tanta fartura de crédito encareceu os terrenos, excitou os corruptos, tornou câmaras mais gulosas, exigindo a quem urbaniza obras que ela devia fazer. Obras grandiosas mas inúteis foram crescendo como cogumelos com o dinheiro que sobrava. Para pagar isto as casas encareciam e o povo ia-se endividando cada vez mais para ter a tal casinha. Tem que a pagar a vida inteira, adia os filhos e anda aterrado com a perspectiva da perda de emprego. Alegremente o incauto aceitou a COLEIRA e perdeu um pouco de liberdade.

Agora, as estrelas mais brilhantes no firmamento do Socialismo Financeiro, ainda com boas intenções, mas sempre a queixar-se de Bush e Blair, vem com pacotes, bailouts, planos de apoio às famílias, medidas especiais, liquidez, re-financiamentos, nacionalizações, apoios sociais e, pasme-se, ainda forçando (regulando na sua perspectiva) baixas taxas de juro que criaram o problema. Quem vai pagar as baboseiras destes especialistas, analistas, seguidistas e borlistas? Os contribuintes.

O cidadão aflito olha para quem lhe pôs a coleira. Estão reunidas agora as condições para o chantagear com promessas e ganhar o seu voto. O cidadão aceita agora a TRELA que lhe estão a pôr e olha com deleite para o seu dono. Estão reunidas as condições para perder a liberdade.

Progressismo falhado e o bom senso


A pílula ia libertar a mulher … não libertou. Há cada vez mais mulheres escravizadas e exploradas sexualmente.

O preservativo ia evitar as doenças contagiosas …. As doenças contagiosas aumentaram e estão para durar. As campanhas maciças nos media tiveram poucos resultados para o dinheiro que foi gasto.

O preservativo e a pílula iam evitar a gravidez indesejada e especialmente na adolescência. Enganaram-se ….a gravidez indesejada continuou a progredir. Então qual a razão? Falta de informação!

Introduziram a Educação Sexual para dar informação e os resultados … pioraram!

Como tudo o resto falhou então legalizaram o aborto!

Que virá a seguir?

Mas as pessoas são mais felizes e solidárias! Não são.
Suicídio de jovens em alta. Violência na Escola em alta. Prisões cada vez mais cheias de jovens! Quase tantas as crianças institucionalizadas quantas as que nascem no País por ano! Experimentação de drogas em alta! Violência de morte sobre o companheiro em alta (interessante ver a idade dos envolvidos)! Tráfico de droga em alta! Assaltos em alta! Relações obsessivas em alta (vigilância de movimentos, telemóvel, companhias do outro, controlo de horas de chegada e localização, etc)! Alcoolismo em alta! Violência sobre os mais fracos em alta! Imprecações por causas fúteis em alta! Linguagem torpe e ofensiva em alta! Pobreza funcional em alta! Violação em alta!

Médicos de um Hospital Madrileno, com um curriculum de milhares de casos dramáticos e vastos créditos científicos, são muito claros: o problema exige uma educação familiar robusta para uma sexualidade como expressão última de amor. Quanto mais se despe o homem de valores morais mais ele fica refém dos impulsos que, esses sim, não são racionais e o levam a amesquinhar-se e amesquinhar os outros.

Os progres, os neo-progres e os progs selvagens em Madrid, no conforto de carros à prova de bala (muitos), no gabinete climatizado e luxuoso, no condomínio fechado, e ao abrigo de salários muito gordos vão investigar, censurar, deplorar, bolsar fel …pobres progres.

novembro 20, 2008

Alguém me explique


Quanto ao aborto a esquerda estalinista e trotskista, a que se juntou o PS e uns passarões do PSD, é muito clara: a mulher é que manda, mesmo que metade da herança genética de um ser diferente de todos os outros não lhe pertença. Ao Estado é-lhe indiferente ver o polegar para baixo ou para cima: ou seja é mais hipócrita que os Imperadores Romanos (2000 anos e tão parecidos).

No divórcio o Estado não se deve "meter na vida privada das pessoas" segundo o sempre zangado com a vida Louça.

Logo que a criança nasce então o Estado parece querer apropriar-se dela: não nos permite escolher a Escola onde pomos o filho a estudar, aprova manuais escolares execráveis e manifesta-se incomodado com a existência de escola privadas!

Que pretendem? Limitar a liberdade dos pais? Formar uma nova geração -os nossos filhos- doutrinada com os seus valores de desrespeito pela vida humana?

novembro 19, 2008

A Cruz de cada um


Contam-me os tios o que acontecia vai para 60 anos. Os falecidos numa aldeia próxima, mas ainda a 8km, tinham que ser sepultados na vila onde vivo.
O cortejo fúnebre, como todos estes cortejos, não era nada desejado e especialmente para aqueles que carregavam o caixão. Com o Padre à frente, o sacristão com a Cruz logo de seguida e todos os acompanhantes já desmotivados pelos altos e baixos do trajecto faziam-se algumas simplificações para facilitar a vida aos vivos.

O caixão, nas descidas, era posto a escorregar de forma controlada e o padre perdoava. O sacristão punha a Cruz no ombro tal como uma enxada e o padre repreendia:

- Não é assim que se deve levar a Cruz

O sacristão obedecia resignado mas vencido de novo pelo cansaço voltava a desobedecer.

- Não é assim que se deve levar a Cruz

Até que perdeu a paciência:

- Sr Padre cada um leva a sua Cruz como pode.

Remédio santo ... pois todos lhe damos razão de uma forma ou de outra. O Padre nunca mais o incomodou.
Feito o serviço era dado aos carregadores um pão de quilo e um litro de vinho. Com mais alguma coisa no bolso, suficiente para mais uns copos, só regressavam no dia seguinte.

Eles afinal são pessoas de Fé

Federico Gimenez Losantos é um brilhante intelectual Espanhol que incomoda muita gente pois não não pensa como o aparelhismo gosta. O seu desencanto pelas autonomias desregradas já lhe valeu um atentado por nacionalistas catalães.
Pensa claro, escreve bem e desassombrado sem insultar nem colocar a micro câmara na alcova do adversário político. Vai coleccionando casos bem sucedidos em Tribunal mesmo sem ser advogado.

Indignou-se com as cabeças pensantes que abundam nos círculos políticos da Catalunha -algumas nunca fizeram coisa com utilidade nem sequer falam bem catalão- e que acharam por bem fechar duas estações da COPE com uma audiência acima da média.

O aparelhismo de um senhor recomendado pelo PP valeu-lhe agora, na ausência de argumentação mais realista, uma sugestão para "o exorcizarem".

São homens de Fé ... mas assim não vão conseguir nada.

Pensamentos sem qualquer interesse (1)

Algumas vidas vão tendendo inevitavelmente à loucura mas quem vê uma qualquer novela na TV tem elevadas probabilidades de chegar lá (à loucura) mais depressa.

Já repararam que os actores abrem a porta de casa sem primeiro confirmar a identidade do visitante?

Isto é serviço público? Pudico é cada vez menos. Púbico não deve demorar muito.

Pensamentos sem interesse nenhum

Algumas vidas vão tendendo inevitavelmente à loucura mas quem vê uma qualquer novela na TV tem elevadas probabilidades de chegar lá (à loucura) mais depressa.

Já repararam que os actores abrem a porta de casa sem primeiro confirmar a identidade do visitante?

Isto é serviço público? Pudico é, pelo menos cada vez menos.

Onde estão os sindicatos ... ou a falta de vergonha


Aqui ao lado a Espanha, liderada por um advogado sofrível que subiu ao firmamento da política da forma que todos sabemos, está na crise mais profunda destes últimos 20 anos. Zapatero, fino como um alho, escolheu para seu ministro nestas áreas financeiras um homem que já tinha feito asneira da grossa no tempo de Felipe Gonzalez. O resultado é o esperado: fez porcaria de novo.

A Espanha atingiu 3 milhões de desempregados e a tendência é upa ..upa. Em Outubro foi batido um record absoluto: 6000 desempregos por dia. O deficit vai para os 3%. Um milhão de famílias têm ambos os cônjuges no desemprego.

Aqui fica a minha interrogação! Onde estão os sindicatos? Qual a razão de não haver protestos e manifestações? Estão a ser pagos para ficarem calados ou será por Zapatero ser socialista? Poderão os sindicatos, com substrato ideológico, servir de forma honesta os trabalhadores?

O justo descontentamento dos professores não beneficia, em nada, da colagem ao sindicalismo nos moldes que tem sido feito. Fica na população um travo amargo de que querem, num momento de crise para todos, obter mordomias e subidas na carreira e não apenas uma avaliação justa.

Unam-se os professores, elaborem as suas propostas e apresentem-nas para discussão. Que apareça alguém para as ouvir com vontade de ouvir. Todos temos a ganhar com isso.

novembro 15, 2008

A Corália


A Corália era uma cigana que visitava frequentemente a nossa casa. Alta, seca e altiva era sempre bem vinda: vendia cestos e dava notícias sobre a sua família. Os anos foram passando e ela perdeu o marido. Voltou, agora totalmente de preto, com um lenço impecavelmente amarrado debaixo do queixo. Sentava-se no chão e, junto da minha avó, chorou algumas vezes: primeiro pelo marido e depois pelos filhos ingratos. A minha avó, nascida ainda no século XIX, também enviuvou muito cedo e talvez por isso havia uma enorme empatia entre ambas. Conversavam por vezes horas ... algumas vezes repetindo uma à outra as suas vicissitudes.

A Corália partia altiva como de costume no seu passo certo e ritmado. Por vezes não vendia o cesto novo mas levava sempre no outro cesto alguma coisa: umas batatas, cebolas, laranjas e às vezes um chouriço. A casa era pobre mas havia sempre alguma coisa para dar.

Uma vez desapareceu alguns meses e voltou ainda mais magra: tinha estado doente. Vinha mais velha, cansada e decaída. Repetiu as visitas ainda algumas vezes.

Desapareceu de novo .... ouvimos dizer que tinha falecido.
Passados 20 anos, falecida a minha avó entretanto, deixámos de esperar pela Corália.

Consultório Magalhães: Gratuito até os putos perderem a validade


Este é o primeiro consultório Magalhães a abrir em Portugal. O especialista Gualter Lesma, Doutorado com a revolucionária Tese “Silício e Sinapses: mais que uma sílaba em comum” responde a todas as suas dúvidas.

Sr. Doutor o meu marido desistiu do passe social e da cervejita ao jantar. Eu comi metade do bife durante mais de um ano e mal me consigo manter de pé com falta de proteínas. Mas finalmente o meu pequerrucho de 8 anos tem o Magalhães: azulinho como seria desejável.

Parabéns, a Senhora é da geração que não baixa os braços, não é derrotista nem bota abaixista. Deve ter também o colesterol bem controlado assim como o seu marido. Então qual é o problema?

O meu bebé de 2 anos engraçou com o Magalhães. Chucha desesperadamente na pega do computador, o mais velho dá-lhe pancada e o ambiente lá em casa está de cortar à faca!

Oh, querida. Esse é um menino de ouro: foi tocado pelo choque tecnológico. Era isto mesmo que nós queríamos. Compre uma chucha com cadeado, que é um acessório, e amarre ao Magalhães: vai ver que dá resultado.

Sr Doutor o meu pequenito convivia de uma forma tão entusiasta com a vizinha de cima, com um Mercedes na garagem e uma casa no Algarve, que já via um futuro radioso para este parzinho. Desde que o Magalhães chegou a relação arrefeceu. Que posso fazer?

Oh querida convide a vizinha de cima para sua casa e ela que leve o respectivo Magalhães também. Procure uns sapatos velhos e tire os atacadores. Amarre os dois Magalhães e convença os petizes que eles estão a comunicar e precisam de privacidade. Resulta … 100% garantido.

Sr Doutor o miúdo não tem aprendido grande coisa. A caligrafia não melhora, os erros ortográficos continuam …

A Senhora não se preocupe. Basta comprar uma impressora e instalar a nova versão do corrector ortográfico.

novembro 14, 2008

Ele é exemplar ...


Ele é um elemento da família muito exemplar.
Apanha a roupa do estendal mesmo sem ninguém lhe pedir o favor embora nunca lhe agradeçam (antes pelo contrário).
Ajuda a cavar o logradouro com muito afinco (mas nem sempre da melhor forma).
Está sempre disposto a brincar com qualquer outro.
Espera pacientemente por alguém que ainda não chegou.
É o mais rápido sobre a bola e depois protege-a com muita arte.
Não gosta de ver os mais pequenos à bofetada e reage muito irritado.
Não reclama com a comida mas mostra elevada satisfação quando lhe agrada.
Tem casa própria mas prefere estar junto dos outros.
Recebe com agrado qualquer carinho e as visitas são sempre uma alegria.
Ele é apenas ... o meu cão.

Da capoeira e da horta para a rua

Depois do peixe espalhado pelo chão, dos camiões a bloquear as estradas, dos professores em Lisboa, temos os alunos também na rua a lançar ovos contra os membros do Governo.

Já todos percebemos que a avaliação dos professores é uma grande trapalhada. A ser levada a cabo nestes moldes vai criar um tremendo mal estar entre os elementos do corpo docente das escolas. O estatuto dos alunos tem igualmente algumas trapalhadas.

Os estudantes que se manifestam nas ruas são no entanto uns pirralhos, que largaram as fraldas recentemente, e deviam estar na sala de aulas a fazer aquilo que devem fazer: estudar e prepararem-se para o futuro. A sua função não é protestar, criticar e dar opiniões: não têm idade nem qualificações para tal. Estas berrarias, arremesso de projécteis (ovos, tomates, etc), alusões à mãe da Ministra e insultos vários só os ridiculariza.

Não estão a pedir professores mais qualificados ou melhores manuais, não se queixam de faltas de material ou bolsas para alunos pobres e com valor, protestam -pasme-se- por as suas faltas serem tratadas do mesmo modo que outros estudantes faltosos. Mas isto é, por outro lado, um castigo merecido para o Ministério que tem sido complacente com o mau desempenho de quem não quer estudar.

A tolerância e o incentivo a estes comportamentos dos estudantes é um mau serviço prestado à democracia. Viver em democracia significa respeitar a autoridade de quem foi eleito, manifestar-se de forma ordeira e, ao voltar a votar, fazer novas escolhas.

É com desgosto que vejo as organizações juvenis de um partido político, oportunistas de ocasião, a entregar folhetos à porta das escolas tentando capitalizar o descontentamento actual e fazerem doutrinação ideológica.

novembro 13, 2008

Do CO2 ao gazeamento da opinião pública

Os Messias do Apocalipse andam a aterrorizar a população mundial com o aquecimento global devido à emissão antropogénica de CO2. Qualquer facto que seja uma pequena excepção -frio ou calor, seca ou inundação, falta de tempestades ou tempestades a mais, andorinhas a chegar mais cedo ou mais tarde- é culpa do aquecimento global.
Uma orgia de publicações científicas tem sido produzida sobre o assunto e ela alimenta ainda mais vultosas quantias para financiamentos de projectos: todos para provar que o aquecimento global está mesmo a acontecer. A par destas publicações os iluminados e “aquecidos” defensores da teoria têm evitado criteriosamente confrontarem-se com os pares que os contestam.

O tempo vem deslindando uma série de podres -deficiente recolha e manipulação de dados, ajustes à la carte, artigos pobremente justificados com dados experimentais- que em nada beneficiam “a causa” e dão razão ao conhecido facto das simulações tenderem aos resultados que os criadores da teoria pretendem.

Os resultados mais palpáveis desta campanha são as generosas quantias que “a causa” cobra por conferências, debates e jantares com bebidas gaseificadas. A “causa” ainda criou um mercado de CO2 que francamente mais parece um depósito em pirâmide que um negócio racional e está a prejudicar a Indústria dos países convertidos.

A Europa, que tem sido a mais preocupada, aumentou as suas emissões nos anos mais recentes enquanto os EUA, menos entusiastas pela causa, as diminuíram.

A “causa” está a promover energias limpas que são de facto muito porcalhonas: um exemplo é o fotovoltaico. Um painel fotovoltaico necessita, para ser produzido, da energia que produz durante 4 a 5 anos. Os minérios e materiais necessários devem agravar ainda muito mais este balanço ambiental. O investimento no fotovoltaico, que frequentemente nos apregoam, é um péssimo negócio, como os investidores irão perceber dentro em breve, infelizmente à sua própria custa. Mesmo que o plano preços anunciado seja respeitado apenas ao fim de 8 anos, ou mais, se recuperará o dinheiro investido. Qualquer investimento numa tecnologia imatura é um tiro no escuro e contraproducente.

novembro 12, 2008

Malato foi infeliz


Os concursos televisivos são uma espécie de carrapatos que se agarram ao telespectador pouco exigente e tornam penoso o convívio com a TV.
Malato, que é feliz em todo o lado, foi infeliz numa recente edição do seu concurso.
Calhou uma questão sobre Cuba. Logo perguntou ao concorrente se tinha estado em Havana. Desgraça.. o concorrente tinha mesmo estado e não tinha gostado. Porquê… pela imensa pobreza que viu. Malato ficou com o sorriso congelado.
Reagiu perguntando pela Baía dos Porcos .. foi infeliz também. Ninguém soube relatar com rigor o que se tinha passado e, assim, o regime cubano não saiu vitimizado.
Mas insistiu e lá conseguiu pôr o concorrente a trautear com ele uma canção a um comandante que morreu da mesma forma como matou para impor a sua ideologia.
Quando um homem é pobre outro qualquer homem não pode ser feliz. Mas quando um homem não tem a liberdade de usar o seu trabalho e iniciativa para escapar à pobreza, outro qualquer homem deve indignar-se

novembro 11, 2008

Coisas que valem a pena


À hora de almoço caminho quase 2km para comer num pequeno restaurante: cozinha esmerada, serviço ligeiro e preço convidativo. Uma sopa, uma bebida, um prato e café apenas por seis euros. Sento-me de costas para um rectângulo LCD que debita parvoíces de manhã à noite e deixa saudades à mira técnica.

Uma senhora seguramente na casa dos 80, bem vestida sem ser pretensiosa, pele delicada, senta-se na mesa à minha frente. Talvez uma das últimas donas de casa, professora reformada .. não sei. Não terá passado pela inclemência do Sol muitos dias. Entra, passados dez minutos, um jovem que se coloca por trás e a abraça. Escorrega devagar e com prazer a cara pela face da senhora. Beija-a com gosto repetidas vezes entre o queixo e a orelha. Por fim senta-se e manda vir a sua refeição. O resto do tempo foi passado em amena e apaixonada cavaqueira.

Levantei-me para pagar a conta e comentei com o proprietário:

- Muita ternura naquela mesa!!

- Sim .. é uma avó e o seu neto. São muito amigos .. dá gosto ver.

A sabedoria da 3ª idade, a delicadeza e a imensa paciência conseguem furar as barreiras que se colocam frequentemente entre filhos e pais. A relativização das pequenas frustrações do não ter (o telemóvel sofisticado, a roupa de marca, etc) torna-se mais possível e a convivência com outras formas de olhar o mundo ajuda-os a progredir. Um dia saberão respeitar a velhice dos seus pais e receber a sua própria velhice com naturalidade.
Já agora ... acho boa ideia, de vez em quando, mandar estes estuporzinhos (que sabem mais que os pais a partir do 6ºano de escolaridade), para casa dos avós vários dias seguidos.Ufa ...