O tempo é muito lento para os que esperam; Muito rápido para os que tem medo; Muito longo para os que lamentam; Muito curto para os que festejam; Mas, para os que amam, o tempo é eterno. Shakespeare
novembro 23, 2008
As cúpulas da hipocrisia
No Estado de Orissa, Índia, cristãos que apoiam os miseráveis entre os miseráveis são, por isso mesmo, perseguidos e mortos.
Na Somália uma miúda de 14 anos tentava encontrar, por iniciativa da família, um sítio mais seguro para viver. Foi atacada pela soldadesca islâmica e violada numa praia. Queixou-se à justiça e que ganhou? Ser apedrejada até à morte …. se calhar pelos violadores. É atroz tanto mais que a família tentou evitar no local o seu linchamento.
Duas miúdas afegãs, a caminho da escola e por isso mesmo também, foram atacadas por islamitas que as regaram com ácido. As meninas não podem receber educação. As mulheres morrem por falta de assistência se não houver uma médica por perto, o que parece impossível como vimos.
Nada disto aparece na TV ou certa imprensa escrita.
Zapatero, que não cumprimentaria o Papa mas foi abrir o Ramadão não sei onde, teve mais de 10 anos no parlamento Espanhol. Não fez intervenção ou escreveu qualquer coisa que precise de mais que o equivalente a um rectângulo de papel higiénico. No dia 18 de Novembro encheu uma mala com ½ milhão de Euros de verbas de Ajuda ao Desenvolvimento para fechar umas contas e pôs-se a caminho da Sala XX do Palácio das Nações da ONU em Genebra, para inaugurar uma cúpula do artista Miguel Barceló em honra da Aliança de Civilizações.
A Cúpula, com estalactites artificiais (sem a graça das nossas que são naturais), custou cerca de 20 milhões de euros (as nossas foram grátis) com 8 milhões de financiamento recolhidos dos impostos de “nuestros hermanos”. O artista, que certamente detesta capitalistas mas gostará do que eles têm, foi generoso e cobrou apenas alguns milhões, além de passar muitos meses em alojamento grátis, já que a obra era extenuante e trabalhador assim merece mais que os outros.
Miguel Barceló, então com o cheque no bolso e vendo já pago o apoio que deu a Zapatero nas campanhas eleitorais, estava obviamente feliz como uma criança. Moratinos, o roliço MNE lá do sítio, já se tinha justificado que “el arte no tiene precio” e esta era “A Capela Sistina do século XXI”. Esta última é uma justificação imperdoável para jacobinos e ainda por cima a mais de 90 anos do fim do século. Zapatero, “por supuesto que si”, delirava com a proeza de ter colado ao tecto 8 milhões de Euros do contribuinte e ainda lhe terem feito uma festa com 700 pessoas. Faltaram os foguetes que aqui não convinham.
Assim vão, para a sarjeta, os direitos humanos e pelo ar o dinheiro dos contribuintes e as verbas da ONU.
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