A novela é o meio mais insidioso para formar novas gerações. O esquema é subtil mas extremamente eficaz. Cada novela traz um nova escalada de barbaridades que se assumem como modelos e cada uma é cada vez mais hábil a viciar os espectadores.
Além das habituais trocas e baldrocas de amores, relações, casos e misturas de todos os anteriores agora apareceram os "amigos coloridos". Sendo estas maluqueiras, e muitas outras, praticadas por grande parte dos personagens a generalização é óbvia e a excepção aparenta ser regra a seguir. Depois há pequenas mensagens assassinas "o casamento é só um papel" "o que interessa é o que vocês sentem": a busca da eternidade é destruída à partida pela satisfação do momento. O futuro nunca existe e não merece crédito: nem um papel.
Normalmente a Igreja Católica é usada ali para destruir ela própria os valores que defende: padres, freiras e fiéis sempre com mais defeitos que virtudes. Mas curiosamente quando há que celebrar um casamento, para um fim feliz, ele tem que ser embelezado pela celebração na Igreja.
Delicio-me com Chesterton e a sua "Ortodoxia": em vez de perseguirmos um ideal estamos sempre a alterar o ideal. A vontade apenas não conduz à felicidade .... é preciso mais alguma coisa. E assim ... não vamos a lado nenhum.
1 comentário:
Modernices, amigo. Vivemos numa sociedade do culto do descartável e do relativo. Até o dia em que elas morderem verdadeiramente e já não houver volta a dar.
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