maio 12, 2010

Cangalhada

As oposições na Ibéria lá foram avisando os socialistas de serviço sobre o crescente endividamento. Não ligaram! Foram comprando a comunicação social para ocultar as verdades, foram gastando cada vez mais, financiaram sindicatos para aceitar paulatinamente o desemprego maciço e recusaram as medidas adequadas no momento certo.

Os Gregos viveram à "grande e à francesa" e a UE sabia e fechou os olhos. Pelo meio aprovou uma constituição europeia que esquecia as raízes cristãs do continente.

A Grécia deu o mote. Sindicatos gregos de esquerda abriram os curros e os seus animais, de cara encoberta por lenços, queimaram três pessoas.

A confiança foi-se perdendo nas economias ibéricas e os antigos inimigos dos bolcheviques ressuscitados: especuladores por um lado e agências de rating maldosas por outro. Mas todos percebem o real problema: mau governo de uma primeira geração de políticos com raízes profundas em Maio de 68. São políticos mal preparados, sem escrúpulos, intelectualmente pobres, deslumbrados pelo poder e pelo dinheiro e profundamente incompetentes mas com uma capa ideológica e mediática laboratorialmente elaborada e eficaz.

O BCE decide intervir e nas Bolsas os "especuladores" vão e vêm: maus num dia porreiros no outro. De onde vem o dinheiro ninguém sabe mas provavelmente virá mais tarde ou mais cedo das rotativas.

Foi preciso um puxão de orelhas de Merkel e Sarkozy a Teixeira dos Santos e um telefonema de Obama a Zapatero para desencantarem um plano de ataques sem quartel à carteira do contribuinte. Os alemães querem regressar ao Marco, fala-se do fim UE e do fim do Euro. O socialismo financeiro está moribundo.

Esta UE plena de contradições e sem alma corre o risco de morrer e morre por lhe faltar isso mesmo: uma alma.

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