março 08, 2012

O dia da mulher

No meio da fome nos Politécnicos, das des-matrículas em cursos, da fome nas Escolas, dos Velhos abandonados, do Tuga que anda a pé por falta de guito para o "pitroil", da tragédia anunciada da fusão Crestuma-Lever no novo mapa autárquico, da diminuição do número portagens cobradas, de infindáveis visitas ao Hiper a descobrir milagrosos produtos de linha branca, da psicose de 4 milhões adiantados a uma concessionária com o correspondente esquecimento de biliões sumidos em inutilidade, do seguimento de trolhas e licenciados até à Suiça, hoje foi um dia de glória: comprei uma rosa à minha Maria.

Da manhã à noite, claro, mulheres insatisfeitas de obscuras organizações que nasceram de um incêndio no século passado, atacam a sério na rádio e na TV. Insatisfeito é uma nova classe que já excede em números a classe média e a remediada. Querem mais lugares aqui e ali, mais postos de liderança, menos obstáculos para tudo, mais oportunidades, mais igualdade. Querem ser iguais ao homem seja lá no que for mas que valha a pena: ideais próprios e ideias originais essas são poucas. Ser mulher parece-lhes uma tragédia imensa.  As femi-nazis do costume são homo-invejosas muitas, homo-fóbicas algumas e as restantes lerdas qb. Da minha parte resta-me pedir quotas para os homens na enfermagem, na Educação de infância, na Gerontologia, na Medicina e na Universidade em geral.

Dão-se lugares de pedreiro, estivador, electricista, marinheiro, pescador de traineira .... em troca. A solidariedade é assim.

Não vi celebrações no Mundo Islâmico.  

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