A Democracia de Caracas

Em Caracas quem quer sobreviver (e pode) contrata um ou dois guarda-costas para andar na cidade. A escolta ajuda a evitar um rapto (se eles próprios ou os polícias de giro não forem os raptores)  pois nem sequer o pagamento do resgate garante a vida. Assassínios encomendados custam apenas 50 Euros sem recibo. Algumas zonas da cidade, antes habitadas pela classe média, têm prédios novos quase devolutos. Vai-se fugindo um açougue sem fim bem orientado pelos mercenários cubanos.

Cada vez mais incomodado pela liberdade de expressão Chavez já está a desmantelar a Globovision e agora quer aplicar o garrote sobre toda a Internet. A lei que aí vem tem um nome pomposo: Ley de Reforma de la Ley de Responsabilidad Social en Radio y Televisión. Basta ler o preâmbulo!

Em 5 de Janeiro toma posse a nova assembleia com 67 deputados da oposição e o dobro do oficialismo (eleitos com o mesmo número de votos): a oposição já pode bloquear algumas leis. Chavez pede agora autorização para governar de forma urgente por decreto: percebe-se a pressa de "aprofundizar la revolucion".

Entretanto no muy aclamado país de liberdades igualmente bolivarianas, a Argentina da viúva Kirchner, acontece isto.

Foto: Notícias 24