Elas elegantes e bonitas. Eles altivos e importantes. Ambos com capas espessas e pastas debaixo do braço recheadas de fitas.
Os pais, irmãos, tios, avós, vizinhos e amigos não cabiam em si de contentes. Todos se esgueiravam entre a multidão para conseguir um lugar à frente. Nas costas uma Sé que se perde nos confins do tempo. Muito perto El-Rei D. Duarte está impávido e sereno perante tanta correria. Um ou outro carro arriscava rasgar a multidão.
Umas leituras, o discurso do Bispo e a bênção das pastas. Um ou outro traje ou capa era lançada pelo ar ou chocalhada acima da cabeça.
Foi assim ontem a Bênção das Pastas do Politécnico de Viseu no sempre mágico e histórico largo da granítica Sé de onde se observa a Cava de Viriato e uma paisagem cada vez mais urbanizada.
O pequenito aborrecia-se com um horizonte muito limitado e eu sempre a prometer-lhe.
-Está quase. Só mais um bocadinho.
Levantei-o no ar para ver as capas e as fitas coloridas a agitar-se por cima dos estudantes finalistas. Rápido na dedução diagnosticou o óbvio:
- Papá, o curso das fitas amarelas é o mais fácil!
- Como sabes?
- Há muito mais pastas com fitas amarelas.
Sem comentários:
Enviar um comentário