Fui almoçar com um africano: nasceu e cresceu em África e é preto. Tem um doutoramento, fala inglês correntemente, fala português correntemente, adora a comida portuguesa, sabe ler escrever e falar chinês, está em Portugal há vários anos, é cristão quase conservador e ganha a sua vida a trabalhar. Namora com uma cidadã europeia e pretende casar em breve.
Luta pela papelada para adquirir a cidadania portuguesa depois de um tempo regulamentar em Portugal. Tinha duas vias: casar e com isso conseguir a cidadania ou esperar pela papelada. Escolheu a mais difícil conscientemente: a papelada pois é assim que deve ser.
É quase estúpido: ia de férias a Lampedusa, alugava uma lancha com piloto, levada umas paletes velhas de madeira, deixava os documentos debaixo duma pedra, atirava-se ao mar com as paletes junto a uma lancha das patrulhas marítimas italianas e tinha o problema resolvido. Podia ainda dizer que era gay perseguido no Uganda (mas evitar mencionar o Irão, Arábia Saudita, Yemen, etc).
2 comentários:
Para mim, esse africano já +e português.
Há pretos com nível. Muitos, a grande maioria, não tem culpa de África estar como está.
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