abril 04, 2010

Domingo de Páscoa

Recordo-me de pequenito me levarem à Missa de Páscoa. Sapatinho de verniz e meia branca, pela mão da minha avó, caminhava quase 2km para a velha mas acolhedora igreja com chão de tábua corrida e uns balcões laterais de madeira.

A Missa da Ressurreição tinha um atractivo interessante: dos balcões soltavam-se cortinas e eram libertadas pombas que tontas esvoaçavam em todas as direcções até encontrarem a porta de saída. O Padre era o mesmo que na visita pascal recolhia nas casas ricas umas amêndoas e rebuçados e entregava na casa da minha avó: era a única doçura que a minha mãe e irmãos provavam nesses tempos. Pouca coisa mas um gesto que ela não esquece.

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