O criador tinha um plano e o projecto bem feito:
- No 1º Dia: Ofereceu ao Povo o aborto. Parte do Povo festejou efusivamente a sua aprovação com mais entusiasmo que num arraial Minhoto. Estava aberto o caminho para a modernidade com "as melhores práticas europeias". Tudo à borla, uma duas, três ... n vezes e um mês de férias por prémio. O dinheiro era farto.
- No 2º Dia: Um Povo assim não podia entrar na modernidade sem uma Educação moderna. Meninos de computador debaixo do braço, muito quadro interactivo e uma escola pública tão gratuita que se pode repetir uma duas, três vezes ... tudo à borla. Trabalho de estudo ... isso é que não. E se a falta de tempo era problema então havia um Diploma enquanto Diabo esfrega um olho: eram Novas Oportunidades. O Povo rejubilou. O dinheiro era farto.
- No 3º Dia: Mas a responsabilidade exigida aos alunos tinha que se transpor para o casamento a nome da felicidade dos adultos e de resolver tudo de forma simples e sem culpa quando "o amor acaba". Veio então o Divórcio igualmente de borla e higiénico beneficiando quem transgride, não cumpre e tem o poder económico da família na mão. Parte com alforria para outras tropelias e deixa os filhos à segurança social na parte económica e ao semi-abandono na parte afectiva. O dinheiro era farto.
- No 4º Dia: Mas claro há os do mesmo sexo que também queriam o estatuto do casamento tradicional embora sejam mais estéreis que duas pedras da calçada. E o país modernizou-se com esta palhaçada das grinaldas em cima dos barbudos e subsídios de casamento. Mudar de sexo é agora mais fácil que mudar a residência da Carta de Condução. O dinheiro era farto.
- No 5º Dia: Mas uma sociedade tão moderna tinha que ter o seu painel solar no telhado a produzir energia e vender 6 vezes mais cara que o que compra e eólicas na paisagem a fazer dinheiro do vento que passa. Para percorrer o atapetado asfáltico de duas ou três autoestradas paralelas um carro eléctrico dava jeito: silencioso e limpo como um bisturi. Era o deslumbramento. Andam dezenas de construtores com experiência de décadas a tentar construir um carro eléctrico viável? Andam, mas o Governo é que sabe fazê-los. O dinheiro era farto.
- No 6º Dia: De repente o dinheiro falta. O Povo (quase) cai em si: a energia sobe, a saúde é muito cara, os encargos com os desempregados disparam, os medicamentos sobem, oportunidades nem novas nem velhas, emprego não existe e lá fora desconfiam que não tencionamos pagar ou que não o poderemos fazer em breve. Como manter este Estado tão moderno mas sem dinheiro? Assaltar o bolso dos que ainda trabalham de uma forma brutal: salários, redução de abatimentos no IRS, aumento do IRS e do IRC, aumento do preço dos alimentos, cobrança de portagens em todos os percursos não esburacados. Para quê? Para manter as Utopias anteriores. O dinheiro ainda é farto em todos e o apetite por ele é sibarita.
- No 7º Dia: Não descansou nem nos vai deixar descansar tão cedo.
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