Passei pelo Largo depois de não resistir ao café que agora é mais esporádico.
Num banco duas raparigas comiam de qualquer coisa que tinham em cima dos joelhos: conversavam alegremente.
Noutro banco ao lado um preto muito jovem e taciturno, com um belíssimo cabelo pendurado em caracóis até ao queixo, desfazia um pedaço de pão e as pombas, alegres, agradeciam a seus pés numa dança frenética.
Um pedinte tinha à sua frente um cartão coçado mas protegido com fita-cola e apresentava o seu caso: "Tenho uma doença mental: dá-me ataques epilépticos".
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