Depois da URSS esmagar a tentativa da Checoslováquia se libertar do jugo comunista o jovem Jan Palach imolou-se na Praça Venceslau. A notícia correu o mundo ultrapassando a cintura territorial que protegia o comunismo: o comunismo para sobreviver precisa de uma cintura territorial, mediática, policial e judicial. Muito turista que lá vai não conhece o local: eu, que já lá estive algumas vezes, visito e recordo o sacrifício do jovem.
Jan Palack foi a sepultar e a campa estava sempre rodeada de pessoas e flores: o regime não gostava e fundiu a placa funerária. Mas as visitas cresciam, as intimidações aos visitantes com fotografias e solicitações de identificação eram constantes, e as flores acumulavam-se. A família era importunada por as flores serem demasiadas e apodrecerem. Por fim ameaçaram que desenterrariam o jovem e o colocariam numa vala comum. A família teve que ceder e recebeu em troca as cinzas para ficar com alguma coisa.
Em 1989 manifestações lembrando Jan Palack estremeceram o regime e a repressão voltou. Passado pouco tempo o regime caiu e os responsáveis pela tragédia do comunismo na República Checa nunca foram julgados! Jan Palach ganhou mais de 30 anos depois.
Aos jovens que, iludidos, vão em conversas de falinhas mansas e entrevistas branqueadoras de Jerónimos, Arménios, Bernardinos, Louças e outros procurem a História: leiam, informem-se e não se deixem manipular pela imprensa e escola pública. O PCP é o mesmo marxista-leninista-estalinista de sempre e do de 1968: uns "índios" numa reserva como diz o José da Loja.
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