julho 05, 2016

Nigel Farage

Um coro de opinadores ataca Nigel Farage (o "instigador do brexit" segundo a RTP) por abandonar a política. Eu não. Acho um acto muito nobre.

Estabeleceu um objectivo, lutou por ele e conseguiu. Mostra desprendimento político e capacidade para angariar sustento fora da vida política.

Pena em Portugal os Ferros, os Vieiras da Silva, os Jerónimos, os Costas, os Alegres e outros caducados do PREC não abandonarem a política.

2 comentários:

Anónimo disse...

Acho que tal não é alheio o facto de ser vítima de ameaças. De resto, os líderes de partidos patriotas serem ameaçados não é novidade nenhuma, mas as vítimas são sempre os outros.

Stonefield disse...

As palavras dos "opinion-makers" do regime e o azedume de Jean-Claude Junker valem zero para mim, e o seu único significado é a confirmação de que o Brexit foi uma estocada bem dada. Mas, quando acusam os líderes conservadores britânicos de "abandonar o barco", e de cobardia, é preciso pôr os pontos nos is.
A demissão de Cameron é justificada e compreensível, no contexto que ele próprio descreveu. Que Boris Johnson renuncie à candidatura, como consequência de outros o terem apunhalado pelas costas, já custa mais a entender -- até porque acabou por aparecer um magote de candidatos/as a primeiro-ministro, que não se sentiram constrangidos pela concorrência mútua... para mais são gente comprometida com o governo, que fez campanha pela permanência. Boris Johnson estava em vantagem.
Nigel Farage é, na minha perspectiva, o caso mais difícil de entender. O processo não está terminado, ao contrário do que ele declarou, e a cada dia que passa as forças do mundialismo reorganizam-se e tornam mais difícil a efectivação do Brexit. O processo está longe de ser garantido e vai ser feito o possível e o impossível para revertê-lo. Começo a pensar que Nigel Farage vai ter de regressar, uma vez mais, à sua luta.