O Bispo Munilla tomou posse em San Sebastian, País Basco, e vem sendo acusado de conservador, por um PSOE do século passado que levou a Espanha à Guerra Civil. Encontra um país em que companheiros de jogo à mesa do café não se levantam para acudir a um colega baleado pela ETA, encontra uma Igreja que não conforta as vítimas do terrorismo e alguns membros que na Catequese doutrinam o nacionalismo violento.
A cadeia SER entrevistou-o. Sobre o Haiti, Munilla disse que há maiores tragédias a afligir a humanidade. Foi um desencadear de acusações torpes por parte da imprensa, de José Bono, José Blanco (vendedor de TGVs), Patxi Lopez e outros. Reuniram carradas de lenha e acendalhas que sobraram depois de queimar centenas de Igrejas nos anos 30 para incinerar Munilla: o Bispo não tinha alma, desprezava as vítimas, etc. Um jornalista não hesitou em mostrar a sua ignorância e interrogava-se “Se Deus existe como pode permitir tamanho sofrimento”. O Bispo deu-lhes uma lição de Catequese mas não foi suficiente para acabar a entropia ideológica que os tolhe.
Munilla não deixa de ter razão. Existem muitas tragédias, mais pequeninas, mais distribuídas no tempo, mais imperceptíveis e que causam imenso sofrimento o qual se prolonga para as gerações seguintes. E essas podiam ser evitadas:
- A Lei do Aborto (120000 por ano), patrocinada por uma colega de partido que diz que um feto não é humano e compara um aborto a colocar ou tirar silicone, votada por Bono prevê que jovens de 16 anos possam abortar sem conhecimento dos pais;
- A autorização de venda livre de fármacos abortivos que podem causar graves problemas de saúde e mesmo a morte;
- A conivência com regimes do narco-tráfico que não respeitam os direitos humanos e criam dezenas de milhares de vítimas pela fome ou pela violência urbana e pela droga a muitos milhares de km de distância;
- A negação de verbas irrisórias a instituições que alimentam os novos pobres que Bono, Blanco e a sua equipa criaram, quando subsidiam generosamente um exército de sindicalistas que fazem rigorosamente nada ou o emprego do(s) filho(s) do Sr Manolo Chaves da Andaluzia (e vão 10 milhões de Euros);
- A alteração de leis que no nosso país lançam crianças na pobreza material e afectiva, as mães à beira das estradas nacionais e a família na desgraça e na conflitualidade;
- A politização da Justiça deixando crimes hediondos contra pessoas por julgar e os suspeitos a gozarem a Justiça e as vítimas;
- A politização da comunicação social;
- O desprezo pela dignidade da vida humana que leva a que na Rússia se pratiquem até 2milhões de abortos por ano e haja publicidade ao mesmo nas revistas para adolescentes que dissolvem a vida em álcool (Medvdev propõe-se actuar e muito bem);
- A entrega de cargos e empregos a incompetentes amigos dos partidos prejudicando a eficácia dos dinheiros públicos pagos pelos impostos de todos.
Sobre o Haiti: não é pobre por ser vítima. É pobre porque desde a sua independência sempre foi liderada por pessoas “pobres” de valores e assim um país é inviável. Basta ler um pouquinho da História do Haiti para perceber e ver o trajecto na mesma direcção que seguiram ou seguem outros países.