O livro sobre o Aborto que mais me impressionou foi escrito por um Padre que invocou apenas argumentos não envolvendo o transcendente para desmontar a falácia deste "direito".
Qualquer argumento para abortar não tinha "profundidade": as razões variavam segundo a legislação vigente, as fases de desenvolvimento do feto não eram separáveis, o estado da mulher que abortava não melhorava sob nenhum aspecto, etc. Só se podia encontrar uma fronteira clara: a vida ou a não vida. Todas as outras não são absolutas: a vida é um desenrolar. Tomar em mãos a decisão de a interromper era abrir uma Caixa de Pandora.
Pelo menos num Estado Americano é legar matar um feto nascido enquanto ligado pelo cordão umbilical ao corpo da mãe ou em nascimento parcial. O passo seguinte é naturalmente matar uma criança. Os limites da idade são muito vagos (basta o puto não deixar dormir, mamar demais, ter cólicas, etc)... o holocausto afinal foi uma ideia bem progressista. O Homem está numa fase avançada de cretinização e, entre a raiva e a indignação, olha-se estupefacto para o que se escreve e o que se defende. A dado ponto percebemos que navegamos numa sociedade sem referências e acreditar em Deus é a única coisa que resta.