março 31, 2011

Inenarrável

A inenarrável TVI faz, juntamente com Obama, a apologia da Guerra Civil redentora na Líbia. Ontem era a aflição por uns rebeldes, aprisionados pela tropa de Kadafi, levarem umas bofetadas dadas até com alguma contenção. Depois claro põe-se a extrapolar: não sabe se terão sido posteriormente fuzilados sumariamente. A lógica da coisa: Kadafi Mau e velhaco, Rebeldes muito cool e bons (fogem bem, atacam bem, ajudam as velhinhas, retiram, reorganizam, etc) . Não há dúvida: a Europa, EUA, os jornalistas da TVI e restantes idiotas úteis estão apostados em levar a "democracia" a quem não sabe o que isso é e instalar um regime da Al-Qaeda paredes meias com o Sul da Europa.

Outro episódio inenarrável da TVI é um Milagre na favela que devia estar a correr mundo e ir parar ao Guiness da resistência humana. A bófia brasileira dá uma tareia a um marginal que deve ser o último da espécie pois Lula acabou com a desgraça na favela: costuma ser o contrário e ninguém filma. O escândalo vem depois: a polícia disparou quatro tiros no peito do desgraçado meliante mas  ele apenas ficou ferido e com algumas cócegas. "A tragédia, o horror...."

A verdade de frente

Ainda sobre a triste Pedofilia na Igreja. An Airport Encounter « The Gospel in the Digital Age

An Airport Encounter

It was only the third time it had happened to me in my nearly thirty-five happy years as a priest, all three times over the last nine-and-a-half years.
Other priests tell me it has happened to them a lot more.
Three is enough.  Each time has left me so shaken I was near nausea.
It happened last Friday . . .
I had just arrived at the Denver Airport, there to speak at their popular annual “Living Our Catholic Faith” conference.
As I was waiting with the others for the electronic train to take me to the terminal, a man, maybe in his mid-forties, waiting as well, came closer to me.
“Are you a Catholic priest?” he kindly asked.
“Sure am.  Nice to meet you,” says I, as I offered my hand.
He ignored it.  “I was raised a Catholic,” he replied, almost always a hint of a cut to come, but I was not prepared for the razor sharpness of the stiletto, as he went on, “and now, as a father of two boys, I can’t look at you or any other priest without thinking of a sexual abuser.”
What to respond?  Yell at him?  Cuss him out?  Apologize?  Deck him?  Express understanding?  I must admit all such reactions came to mind as I staggered with shame and anger from the damage of the wound he had inflicted with those stinging words.
“Well,” I recovered enough to remark, “I’m sure sorry you feel that way.  But, let me ask you, do you automatically presume a sexual abuser when you see a Rabbi or Protestant minister?”
“Not at all,” he came back through gritted teeth as we both boarded the train.
“How about when you see a coach, or a boy scout leader, or a foster parent, or a counsellor, or physician?”  I continued.
“Of course not!” he came back.  “What’s all that got to do with it?”
“A lot,” I stayed with him, “because each of those professions have as high a percentage of sexual abuse, if not even higher, than that of priests.”
“Well, that may be,” he retorted.  “But the Church is the only group that knew it was going on, did nothing about it, and kept transferring the perverts around.”
“You obviously never heard the stats on public school teachers,” I observed.  “In my home town of New York City alone, experts say the rate of sexual abuse among public school teachers is ten times higher than that of priests, and these abusers just get transferred around.”  (Had I known at that time the news in in last Sunday’s New York Times about the high rate of abuse of the most helpless in state supervised homes, with reported abusers simply transferred to another home, I would have mentioned that, too.)
To that he said nothing, so I went in for a further charge.
“Pardon me for being so blunt, but you sure were with me, so, let me ask:  when you look at yourself in a mirror, do you see a sex abuser?”
Now he was as taken aback as I had been two-minutes before.  “What the hell are you talking about?”
“Sadly,” I answered, “studies tell us that most children sexually abused are victims of their own fathers or other family members.”
Enough of the debate, I concluded, as I saw him dazed.  So I tried to calm it down.
“So, I tell you what:  when I look at you, I won’t see a sex abuser, and I would appreciate the same consideration from you.”
The train had arrived at baggage claim, and we both exited together.
“Well then, why do we only hear this garbage about you priests,” he inquired, as he got a bit more pensive.
“We priests wonder the same thing.  I’ve got a few reasons if you’re interested.”
He nodded his head as we slowly walked to the carousel.
“For one,” I continued, “we priests deserve the more intense scrutiny, because people trust us more as we dare claim to represent God, so, when on of us do it – even if only a tiny minority of us ever have — it is more disgusting.”
“Two, I’m afraid there are many out there who have no love for the Church, and are itching to ruin us.  This is the issue they love to endlessly scourge us with.”
“And, three, I hate to say it,” as I wrapped it up, “there’s a lot of money to be made in suing the Catholic Church, while it’s hardly worth suing any of the other groups I mentioned before.”
We both by then had our luggage, and headed for the door.  He then put his hand out, the hand he had not extended five minutes earlier when I had put mine out to him.  We shook.
“Thanks.  Glad I met you.”
He halted a minute.  “You know, I think of the great priests I knew when I was a kid.  And now, because I work in IT at Regis University, I know some devoted Jesuits.  Shouldn’t judge all you guys because of the horrible sins of a few.”
“Thanks!,” I smiled.
I guess things were patched-up, because, as he walked away, he added, “At least I owe you a joke:  What happens when you can’t pay your exorcist?”
“Got me,” I answered.
“You get ‘re-possessed’!”
We both laughed and separated.
Notwithstanding the happy ending, I was still trembling . . . and almost felt like I needed an exorcism to expel my shattered soul, as I had to confront again the horror this whole mess has been to victims and their families, our Catholic people like the man I had just met . . . and to us priests.

março 29, 2011

Putos artolas

- Mamã, Mamã! Já sabes aquela do iogurte?
- Não! O que é que aconteceu?
- É Natural.

março 28, 2011

O dilúvio

Uma maldição abateu-se sobre este país e sobre a península ibérica. Uma infestação gigantesca de idiotas, lorpas e acompanhantes não nos larga dia após dia.

Hoje foi o Carlos e a Camila: energias renováveis, a visita tradicional aos Jerónimos e pelo meio, no Jornal da noite, os bolos de casamento do rebento do primeiro e da noiva. Podíamos pedir uma reparação pelo assassínio de Gomes Freire de Andrade mas nem isso.

Uma Universidade decidiu atribuir um doutoramento honoris causa a um indivíduo íntimo com a garrafa, corrupto mensaleiro e generoso na ajuda a movimentos terroristas cruéis na América latina (largos milhares de mortos) e presidentes golpistas como o Sr Zelaya, a que soma amizades pouco recomendáveis como uma série de sátrapas que vão da Venezuela, Repúblicas do Cáucaso ao regime Nazi do Irão. Pobre Universidade!

O emplastro, uma terrorista envolvida na morte de várias pessoas, também veio no Aero Dilma, para compor a embaixada. Ainda não tinha ganho as eleições já andava a coscuvilhar dados confidenciais, não do adversário, mas da respectiva filha. O perfil ético da Senhora promete. Miguel Sousa Tavares quase se babava, como quem vê o filho recém nascido, a entrevistar a extraordinária mensaleira no Palácio do Planalto.

Ainda o dia não tinha acabado e o assassino Carrilho mostrava o seu entusiasmo por a Espanha estar em Guerra com a Líbia: uma guerra justa ao contrário da do Iraque e outras. Não perdem o jeito estes revolucionários violentos. Lamenta não o terem ajudado na Guerra Cívil de Espanha para fazer muitos Paracuellos e impor a sua República. Este pobre de espírito é, além de hipócrita, um mentiroso retinto: combateram nos seus malditos bandos franceses, irlandeses, americanos, belgas, ingleses, etc. Mais de 100 000 mil sem contar com as forças de elite de Estaline.
Não percebeu ainda que perdeu a guerra porque Franco e os falangistas lutavam pelo seu país, não por uma ideologia. Carrillo está enquistado no passado e não entendeu a História: a justiça divina será implacável.

  

março 27, 2011

Matematicamente falando ...

É um livro de Matemática do 7º ano de escolaridade. Tem um curioso problema sobre proporcionalidade directa -o F-  que faz lembrar algumas anedotas.

A Nova União Soviética

As políticas da Gaystapo, do aborto, da perseguição aos católicos, do desprezo pelas nações e pelos seus valores, do ataque ao tecido social baseado na família e às raízes das várias nações europeias não são prometedoras.

março 26, 2011

Idílio

Acordava todos os dias com o cheiro a pão quente.

Era filho da padeira e sofria de asma provocada pelo cheiro a farinhas!

março 25, 2011

Cansado de estar de pé!

Gostaria de saber:
  • Quem são os rebeldes líbios e quem é o respectivo líder que possa assumir culpas de crimes que possam vir a ser averiguados;
  • Que querem os rebeldes para a Líbia;
  • Que pretende afinal a força internacional com a intervenção no conflito;
  • Porque aplicam pela força uma zona de exclusão aérea que serve afinal para atacar forças de um dos lados no terreno;
  • Se a intervenção estrangeira não se arrisca a prolongar a Guerra Civil e a aumentar o número de civis mortos na contenda;
  • Qual o particular interesse do sacrossanto Obama nesta questiúncula  se Kadafi até financiou o inenarrável Pastor do queniano que afirmou ser a Sida uma doença inventada para matar negros;
  • Onde estão os movimentos pela paz que desfilaram por causa do Iraque, do Afeganistão e outras causas queridas;
  • Que motivos levaram a desencadear esta intervenção se no Sudão contundentes massacres de civis  não motivaram nem comoveram ninguém.

março 24, 2011

Direito à autodefesa

A minha avó, que sempre usou saias e não entendia como uma mulher podia usar calças, dizia:

- Quanto mais nos baixamos mais o rabo se nos vê!

Este miúdo era pacífico mas estava cansado de ser agredido, maltratado e ofendido.
Uma vez podemos dar a outra face, e depois de novo a primeira mas tudo tem um limite. E há um direito fundamental porque natural: o direito a defender a nossa própria integridade.

O menino Casey deu uma resposta de peso ao agressor:

março 23, 2011

Direito à (não)privacidade

A minha "fofinha" é uma "cusca". Ontem queria ajudar o miúdo a re-enviar um E-mail: ele não deixou sequer espreitar a caixa de entrada. Uma desilusão!

- Acho que deve ter E-mails que eu não posso ver! Que será?
- Nada de muito importante de certeza.
- Estes computadores, passwords .... são uns obstáculos!
- Pois, mas ...
- É a privacidade dele não é?
- É. É pequenino mas tem privacidade também.
- Não, não têm! Com esta idade não tem ainda direito à privacidade!

Pum ... Pum.... Pum

março 22, 2011

Carpideiras

Não há telejornal sem carpideiras, entrevistas, opiniões e lamentos em cadeia: chorosos uns, blasfemantes outros, suplicantes alguns, ameaçadores poucos e quase todos de calculadora em punho. Prometem o dilúvio, um tsunami... o regresso à idade da pedra. E qual a razão? O PEC. O plano não dá afinal estabilidade e muito menos o crescimento: até o nome é uma infelicidade .

O mais patético é a carpideira Soares: ele que tudo fez para hostilizar o último governo de Cavaco Silva, com maioria absoluta e uma situação política incomparavelmente melhor, pede clemência a um outro presidente para proteger o (seu) governo.

Sampaio já acha que não há mais vida depois do déficit e pouco lhe faltou para chorar.

Depois vem o cortejo fúnebre: Assis, Ferro, Pedro Silva Pereira, Lacão, ... uma depressão.

Vamos alegrar o clima deprimente e acender os fósforos. Sssssssssssssssssssssss



Guerra aos Quadradinhos

Obama visitou o Brasil. Ficou encantado com a ex-presidiária Dilma e viu um grande futuro para aquelas bandas. As Obaminhas, filhas do emigrante ilegal do Quénia, ficaram de boca aberta, não com um mas dois espectáculos de Capoeira, uma arte que se faz quase sempre sem galinhas nem ovos. Pelo meio o Nobel da Paz mandou lançar um ataque à Líbia para desenferrujar os lançadores.

A guerra civil até ao momento, asséptica e limpa como um bisturi, começa a ter mortos do ataque aliado.

Zapatero, um firme defensor do "No a la Guerra", esqueceu as tricas com Bush e as guerras más de Bush, aliou-se a Obama e faz as guerras boas de Obama. José Bono, presidente do Parlamento, outro firme defensor de "Antes morrer que matar" também anda entusiasmado. A França idem .. idem.

Mas afinal qual a diferença entre a malta de Kadafi e a restante malta rebelde pro-democracia:
Malta de Kadafi                                          Malta anti-kadafi
Dá tiros para o ar                                           Dá tiros para o ar
Usam barba e são morenos                           Usam barba e são morenos
Gritam alah ukacbar                                     Gritam alah ukacbar
Ganham a guerra se Deus quiser                 Ganham a guerra se Deus quiser
Encerram as mulheres em casa                     Encerram as mulheres em casa

agora é só escolher o alvo! A metralha acerta sempre.

março 20, 2011

Emergência Nuclear

O Deputado Carlos Pimenta teve o seu momento de glória ecologista hoje na TVI ao lado do grande Professor Marcelo.

Sem contraditório apresentou os sucessivos acontecimentos (aliás com alguns erros à mistura) como se resultassem da incúria, desespero do pessoal técnico, erros graves de projecto das centrais nucleares ou de corrupção de lobbys. Exagerou consequências e debitou a tradicional argumentação contra a energia nuclear apresentando-se quase como um especialista na área.

Ignorou que fontes de energia renovável igualmente oferecem riscos óbvios e tem causado um número bem mais elevado de vítimas que a energia nuclear. Importa  lembrar no mínimo o rebentamento de barragens e as consequências da poluição industrial nas águas em que o caso da Barragem das 3 Gargantas na China é um exemplo dramático. 

As televisões -sempre disponíveis a convidar especialistas, estudiosos e franco-atiradores com bacharelatos de três anos de estudo a meio tempo (o restante em copos e noitadas)- não manifestaram até ao momento a intenção de convidar cientistas na área da energia nuclear para um confronto sério e com igualdade de oportunidades. Preferem espalhar o terror de forma demagógica a abordar a determinação, valentia e civismo com que o Japão cura as perdas humanas e enfrenta uma tragédia quase apocalíptica.

A par da desastrada intervenção de um comissário Europeu, os órgãos de comunicação social apresentam tudo quanto vem do Japão como suspeito de ser radioactivo, apresentam continuamente imagens de aeroportos como se a população estivesse a debandar ou que Tóquio estivesse deserta. Não falam da ausência de saques, da espera ordenada nos hipermercados, da ausência do parlatório inútil e desastrado, da abnegada entreajuda dos japoneses, etc.

Triste solidariedade de uma Europa moribunda! Triste solidariedade dos europeus. Triste Educação Europeia.

março 16, 2011

Depuralina

Agora o deficit encolheu diz o bobo Ministro das Finanças. Quem será o benemérito que contribui para este "encolhimento" pagando-nos as dívidas?


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Eu vou-me preparando: já tenho isto....
E isto .....


março 15, 2011

Chegou o tempo

O país esboroa-se pouco a pouco: diante dos nossos olhos, dos nossos ouvidos e da nossa inteligência vemos o que nunca pensávamos poder ver, ouvimos o que nunca pensámos poder ser impunemente dito e os acontecimentos seguem-se uns aos outros com violência, paranóia e irracionalidade de mente insana. 

Mas talvez nem tudo seja necessariamente mau. Chegou o tempo de:

  • Acabar com telemóveis e PDAs caros com um tempo de semi-vida de um ano e poucos meses;
  • Deixar de trocar o laptop de dois em dois anos;
  • Fazer durar o carro por 12 ou mais anos;
  • Voltar à cantina e deixar o fast-food;
  • Fazer do restaurante um acontecimento para lembrar, mas apenas uma vez por mês ou menos;
  • Adiar plasmas e viagens;
  • Fazer durar os sapatos e as roupas;
  • Gerir o frigorífico, o interruptor e a torneira como em tempo de Guerra;



mas fundamentalmente

planear um futuro com decisões inteligentes que se baseiem  mais na estabilidade, valorização e aprofundamento de relações familiares sólidas que podem ser mais seguras e confiáveis que um emprego, uma reforma ou um subsídio.

março 13, 2011

Os camionistas e os brutos

Os camionistas começam uma greve daqui a 15 minutos.

Um destes dirigentes apareceu na Televisão a convidar associações que não aderiram a aderirem e que não se responsabiliza por eventuais acções dos grevistas.

Dito de outra maneira:
- Os que não aderiram devem aderir caso contrário podem ser atacados pelos colegas de profissão.

Uma vergonha!

O esplendor do ódio "palestiniano"

É bem conhecido o facto de Israel apoiar as populações do inventado "Povo Palestiniano" com medicamentos, energia eléctrica e trabalho. Sempre que é obrigado a usar o exército tem o cuidado de avisar os civis "palestinianos" limitando grandemente a eficácia das acções militares. Já cedeu parte do seu território para conseguir a paz.

Educa com o principio do não ódio mas tem continuamente que suportar ataques bárbaros aos seus cidadãos mais indefesos, resoluções atrás de resoluções de uma inútil e corrupta ONU e as iniquidades da Diplomacia Internacional.

Recentemente um terrorista matou à facada quase toda uma família israelita na Cisjordânia: o pai, a mãe e três filhos menores um dos quais com apenas três meses. As imagens do massacre estão aqui. A matança foi celebrada pelos "palestinianos".

Na "Palestina" o ódio é o lema e a selvajaria o modo de vida.

Shalom Israel

março 11, 2011

Sobre o Ensino

Que benefícios advieram para o Ensino (e de forma quase directa para o País) da:
- Remoção do estrado que impunha o Professor à turma?
- Incentivo a tratar os Professores apenas pelo nome?
- Entrada na Escola de Professores e alunos pela mesma porta?
- Ausência prática de reprovações?
- Uso de uma escala de 0 a 5 valores em vez de 0 a 20 valores?
- Introdução de turmas mistas?
- Massificação do ensino Universitário?

março 10, 2011

A Freira Pintora

Foi recentemente noticiado um roubo de 400 000 Euros de um Convento de Clausura em Espanha em Saragoça. O dinheiro estava justificado: as freiras trabalham na recuperação de livros e têm nas suas hostes uma Madre pintora -Isabel Guerra- que granjeou grande fama e vende os seus quadros por dezenas de milhares de Euros (basta escrever o nome no Google). Um dos quadros é este.

Outros podem ser vistos aqui ou então aqui e ainda na Galeria.
Quase todos retratam raparigas jovens e invocam ternura, carinho, serenidade, contemplação. Domínio total da Luz, da Sombra, da Cor.

Adenda: O fisco espanhol já anda a rondar o convento para investigar a origem do dinheiro. O empenho neste caso é bem superior ao aplicado a esclarecer como José Bono adquiriu uma fortuna colossal.

março 09, 2011

Play it again, Sam

As flores da ameixieira despontam neste novo ano. Juntinhas, por causa do frio, mas formosas e seguras.

Drama em Casa numa Tarde de Futebol

- Papá, Papá...
- Que foi?
- Olha, o cão mijou na minha "pequena área"!

março 08, 2011

Direito à Informação

El Gobernador de Texas, Rick Perry, tiene ante sí la decisión de promulgar una propuesta de ley aprobada por el Congreso estatal que exige que las mujeres que vayan a abortar se sometan a ultrasonidos y escuchen el corazón del bebé antes del procedimiento.

As Clínicas abortistas já estão em campo com medo de verem os lucros reduzidos.

A desgraça da Galinha Poedeira

Estou comovido!

Cansado de tentar controlar as ervas daninhas no logradouro pedi ajuda a gente sabida. Umas galinhas disseram uns, uns patos outros, uma ovelha disseram os mais atrevidos, um cavalo arriscaram os altaneiros .... controlam as infestantes e limpam o espaço. Optei pelas galinhas... não gosto do andar dos patos (tem as pernas curtinhas e são desajeitados), tenho pavor a cavalos (vejo na televisão que quem cai fica paraplégico) e detesto tanto o cheiro a ovelha quanto adoro um queijo da serra. O meu pedreiro - que sabe tudo de tudo- arranjou-me umas poedeiras.

- Poedeiras? De onde?
- São das capoeiras. Vendem barato quando os bichos deixam de pôr um ovinho por dia.

Ignóbil. Coitadas! Exploração desavergonhada: levam-lhe os ovos e depois do auge produtivo tratam-nas como trapos velhos .... adoptei as bichas. Soltei-as e confesso que as vi logo de perna e asa aberta a corar na grelha lá mais para o Verão.

Nada disso.. não posso!São umas queridas! Seguem-me como um cachorrinho, bicam-me as pontas dos sapatos e o saco de milho... umas descaradas. Entretanto este pisco já faz parte da família.

Silencioso, discreto e furtivo espera que eu vire costas para partilhar a refeição das colegas maiores.

Ovos ... alguns. Já deram um pão-de-ló: metade não chegou a arrefecer. O trabalho no logradouro está atrasado .. há que ter paciência.

Há aqui um potencial, um nicho para fazer política, que não é nada de desprezar: Partido para defesa da dignidade e dos direitos da galinha poedeira.

março 06, 2011

Os meus Castanheiros da Índia

Mudei-os de vaso e agora estão assim. Bonitos!

março 05, 2011

Os Inenarráveis

Jorge Sampaio, doutor em muitas coisas e acumulador de cargos de honra, tomou banho, vestiu roupinha lavada e apareceu em mais uma daquelas conferências que se multiplicam misteriosamente quando o país se afunda entre uma inauguração, umas visitas a obras num dia e a Berlim noutro. Colocou um cara séria, fez de conta que não sabia de nada, e sai com duas ou três "bojardas": que a situação do país era muito grave, que eram necessários "consensos" mas eleições.... isso é que não. A malta riu-se pois este mesmo Sampaio dissolveu uma Assembleia, despediu um governo com maioria parlamentar (numa altura em que havia mais vida para além do déficite), convocou eleições e trouxe-nos esta desgraça. O camarada Constâncio, que agora aparece a rir-se ao lado de Trichet, deu uma ajuda importante.   

Chavez, o tirano de Caracas, apareceu na TV (aliás é diário) e com o desplante de vendedor de feira  que o caracteriza apresentou mais um plano: desta vez é para ajudar o amigo Kadafi. Qual o plano de Chavez? A única coisa que se sabe é que vai ter vários países e quem são os países? Pois: Equador, Nicarágua, Bolívia e concerteza Cuba para buscar "diálogo". Um génio!

Noronha do Nascimento, Meritíssimo Juiz Supremo de cujas orelhas saem "munelhos" de cabelo, da esferográfica várias "ordenações imediatas de destruição" e da boca ameaças a juízes que não se comportam como ele gostaria, foi chamado a Belém. Saiu mansinho como um cordeiro e a dar o dito por não dito. 

A Geração à Rasca

A Primavera não traz só perfumes. Está na voga a "geração Deolinda e os à rasca". Se é certo que esta geração atravessa dificuldades e que algumas dificuldades foram patrocinadas pela geração anterior (com medidas bem intencionadas como todas) também a geração à rasca escolheu o seu caminho. Ora vejamos:
  • Tiram a carta aos 18 anos e um dia. No dia seguinte liquidificam a cabeça aos pais para lhes comprar um carrito e encher os depósitos de gasolina para ir para manifestações pedir mais apoios sociais;
  • Deitam-se pelas 2h da madrugada depois de grandes farras e levantam-se pelas 12horas faltando às aulas;
  • Barafustam com as propinas na Universidade, estudam pouco graças às virtudes do ponto anterior e gastam por semestre mais em "explicações" que as referidas propinas para tirarem nota digna (~10);
  • Manipulam dois ou três telemóveis de alto custo e exibem o seu Laptop como imagem de marca não sabendo sequer utilizar um processador de texto;
  • Não comem nas cantinas das escolas por 2 Euros pois a comida "não é boa" e a fila longa mas dirigem-se ao centro comercial onde comem sistematicamente pizzas, hambúrgueres, kebabs por 5Euros;
  • Repartem-se por relações frívolas e superficiais onde não consta uma ideário definido para o futuro mas apenas viver um dia atrás do outro;
  • O estudo necessário para serem aprovados -aturado, sistemático, metódico que aumenta a profundidade do conhecimento e a capacidade para  resolver problemas- não se faz e é substituído por uma "fezada" que o nível de dificuldade no teste será baixo ou que qualquer boa companhia nas mesas circundantes resolverá o aperto.

Este pessoal, que nunca trabalhou (não quis ou era proibido pela idade) e a quem o dinheiro sempre aparecia, chega ao mercado de trabalho com um canudo que pode valer literalmente nada.

março 02, 2011

O comprimento do Tempo

Ao fundo do corredor havia uma fotografia muito antiga: diziam-me que era o meu avô. O avô nunca o conheci: morreu jovem ainda deixando vários filhos todos de tenra idade. Era culto para o seu tempo: foi à escola .

À hora de almoço, em casa da minha mãe, ela falou nele. Mais de 75 anos após a sua morte, a filha, que à altura tinha 5 anos, lembrou o vaivém dos médicos em desespero para salvar uma vida que hoje seria poupada com uma vacina.

Mas lembrou o Pai. Rompia o dia e tirava os filhos da cama, carregava-os para a carroça com taipais de verga e partia para o trabalho no campo. A minha avó protestava:
- Levas as crianças a dormir. Deixa-as.
- Não. Elas gostam de ir comigo. Deixa-as ir mulher.

Chegado ao terreno descarregava-os e ficavam, até acordar, debaixo de um salgueiro.

Lembra também quando partiu um bacio de porcelana. A minha avó queria castigá-la e ela fugiu para debaixo da carroça no pátio. O pai apareceu a acudir:
-Deixa mulher. Deixa a criança! São só uns cacos.

As lágrimas vieram-lhe aos olhos. Mais de 100 anos depois de ter nascido um homem era lembrado e saía da fotografia para tomar vida e forma.

É assim a família: laços que moldam, que perduram, que atravessam e derrotam o tempo.

março 01, 2011