Ouvir sempre todos os anos o mesmo paleio, das mesmas pessoas, sobre o mesmo assunto dos incêndios aborrece. Debitam rigorosamente o costumeiro palavreado, os chavões de cordel, a arrogância de sabedores, as banalidades de catálogo: estou cansado das mesmas caras de especialistas encartados e deslavados ... ano após ano. São boçais, repugnantes ... levam a sua vidinha!
O que fica são pessoas pobres que choram um galinheiro, um porquito engordado, uma vaca, umas cabras. Choram a horta, as videiras e a casa que se foi. Choram o sustento desaparecido ali! Uma vida de luta dia a dia.
Há dois Portugal: o Portugal dos estivadores, dos professores, dos ferroviários, dos trabalhadores do Metro, da Transtejo e o Portugal da gente abandonada.
Querem fixar as pessoas no interior e conseguem .... nos Cemitérios! Já vimos que ninguém pretende assumir nada ... nem que fosse por um pintelho de decência. A comunicação social é uma corja de lambe-botas e de vendidos.
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