dezembro 30, 2008

Ambiente pouco saudável


A Federação Médica Venezuelana, num recente relatório, avisa que o sistema público de saúde de Venezuela está a atravessar uma crise sem precedentes.

A crise deve-se a políticas de improvisação tal como a introdução dos programas “Bairro adentro” envolvendo pessoal médico Cubano, a maioria mal preparado, e que não responde perante as estruturas Venezuelanas de saúde. O pagamento é feito em petróleo à ditadura Cubana.

Os planos de vacinação são um absoluto fracasso.

Informações que me chegam por familiares afirmam que os cubanos estão a fazer mais doutrinação política que consultas médicas. Eles próprios estão completamente desmotivados e muitos tentam desertar ou fazer algum dinheiro dando consultas privadas.

O pessoal médico venezuelano, desprezado e muito mal pago pelos padrões de outros profissionais no país, estão pouco motivados e muitos estão a abandonar o país.

Dados epidemiológicos têm vindo a ser ocultados pelo Ministério da Saúde. Os dados que transpiram mostram o regresso de doenças endémicas outrora controladas. Vejamos dados anuais:

a) Malária: 17000 casos;

b) Papeira: 165 000 casos

c) Varicela: 2 500 casos de Janeiro a Julho de 2008

d) Dengue: 28 040 casos – alguns hemorrágicos (de Janeiro a Julho de 2008)

e) Hepatite B teve um aumento de 80%

Algumas das doenças anteriores aumentaram até 50vezes em relação a anos anteriores.

Fonte: El Universal


Os pobres são os que mais sofrem nos regimes colectivistas.

dezembro 29, 2008

Coisas que não valem a pena

Um conhecido apresentador de TV tomou ares de macho latino e promete proteger a sua "nova" namorada: uma ex-miss e modelo (isto segundo uma declaração numa inútil revista do coração).
Gostaria de saber se o apresentador está preparado para se defender do que aí vem...
Adenda ... já terá ouvido falar do Cavalo de Tróia?

Criminalidade e crise


O Procurador Geral da República está preocupado com o facto da crise vir a aumentar a criminalidade violenta devido às carências provocadas por dificuldade económica.
Eu não estou de acordo que esta criminalidade se deva à crise económica. Infelizmente o que constatamos é que a criminalidade grave não é para obter alimentos nem dinheiro para os comprar. Trata-se na maioria dos casos para conseguir viver na ociosidade, sustentar os vícios (droga, tabaco, roupas e automóveis caros, etc) e dar azo a soltar a adrenalina e a bravata grupal. Este tipo de criminalidade resulta da decomposição da família iniciada após o 25 de Abril e é um preço que teremos que pagar por pelo menos mais uma geração (admitindo que se conseguia reverter este flagelo o que não é já possível). O Governo de António Guterres (admirei o homem abominei a sua governação) aumentou significativamente os apoios sociais e nem por isso a criminalidade violenta e grave diminuiu.
Temos três problemas a resolver
a) Ajudar, numa perspectiva de longo prazo, a manter coesas e fortes as famílias e a valorizar o seu trabalho e mérito (no emprego os adultos e na escola os jovens) . A família é a primeira plataforma de apoio nas dificuldades.
b) Ajudar as famílias com carências económicas básicas -estas não roubam, refugiam-se na vergonha, reduzem a comida, compram menos roupa, poupam no gás e no aquecimento, tiram o filho do infantário- algumas das quais terão cometido erros que teriam evitado as consequências mais funestas. Muitas lições podem ser retiradas e a comunicação social tem muito assunto para explorar em substituição dos episódios rocambolescos de qualquer triste actor da nossa praça.
c) Reprimir a grande criminalidade e perceber de facto as suas raízes mais profundas.

dezembro 28, 2008

O A

O A. era um bom companheiro e um aluno médio. De um lugar próximo vinha para o Liceu de bicicleta. Nunca o vi envolvido em brigas e dava-se bem com todos os colegas. Um dia houve um furo: uma professora faltou e, nesse tempo, não havia aulas de substituição: apenas o período de socialização que agora quase não existe. Corremos para fora da escola -não era murada pois não havia necessidade- atravessámos uns campos, saltámos alguns muros, iludimos uns rafeiros e fizemos uma partida de futebol no campo municipal.
O E. assentou uma biqueirada na bola e ... pimba acertou em cheio no crâneo do D. que caiu redondo no chão. Foi o A. que na primeira aflição acudiu ao colega aturdido e o animou. O tempo passou e, com o 25 Abril pouco depois, chegou a droga. O A. passou a ter relacionamentos pouco saudáveis.

Acabado o Liceu mudei para outro (para concluir os antigos 6 e 7ºano) e encontrei o A. uns anos depois: estava magro, dentes muito estragados e os olhos vazios de esperança. Perguntei-lhe pela vida.
Disse-me ter conseguido um trabalho de camionista -tinha tirado a carta de pesados- mas em dois meses causou dois acidentes sérios: tinha sido despedido. Desejei-lhe sorte.

Vejo-o agora deambular de bicicleta por qualquer lugar sem destino aparente, roto, despenteado, barba sempre de muitos dias, magro e sujo. Tento falar com ele mas esquiva-se e isso magoa-me. Aparece na Igreja sempre com alguma coisa na mão: uma folha seca, um pedaço de cana, umas espigas de trigo e uma das vezes trazia um ramo de oliveira. Quereria fazer a paz? Pedir uma nova oportunidade? Por vezes fica ao pé de mim e dos meus filhos mas afasta-se antes do abraço da paz. Porquê? Sinto-me culpado como amigo ou pelo menos como irmão.

Quem sabe se uma pequena ajuda no momento certo, uma conversa, um abraço, um carinho não teriam sido suficientes para dar outro sentido a esta vida.

dezembro 27, 2008

A Estrela


Não se encontra no firmamento. Não apareceu nas telenovelas, nos grandes filmes nem nunca recebeu um Óscar. Teve, como as grandes estrelas de cinema, vários "casos" mas nunca uma vida em comum com alguém de relevo. Deu à luz vários filhos.
Alguns foram vendidos. Uma das filhas ficou com ela.
A Estrela era a vaca principal da família: puxava a carroça, arrastava a grade e rodava a nora para tirar a água que regava o milho. Eu seguia-a não fosse parar.
Tinha sempre a erva mais tenra e dava um leite doce que a minha avó recolhia directamente na vasilha de alumínio. Eu bebia-o e ficava com o bigode branco da espuma.
Mas a Estrela envelheceu, ficou impaciente e ao mesmo tempo incapaz de trabalhar apesar de ser cada vez mais poupada.
Um dia a família tomou uma decisão muito dolorosa: vendê-la.
O camião, que observei com espanto pois máquinas daquelas eram raras naquela altura, chegou numa sexta-feira. Nenhum de nós teve a coragem de ver carregar a Estrela e eu, com o pião na mão, vi o camião desaparecer na curva do caminho.
O jantar, uma caldeirada de carapau, não foi consumido nessa noite pesada. As lágrimas rolavam cara-abaixo das mulheres e o homem estava num silêncio pouco usual. Eu olhava e compreendia quanto um animal ao partir leva também um pouco da nossa essência.

dezembro 26, 2008

Contra o aborto e pela saúde de todas as mães ...


Um aborto é a morte de um ser humano causada por outro, cujo desenvolvimento foi respeitado.
Trata-se portanto de uma acto de hipocrisia pura.
A mulher que aborta é, sem saber, também uma vítima.
Mas há gente que luta e se organiza.
Vale a pena visitar este site.

Chamadas contra a crise

Senta-se uma Sra a meu lado no Alfa. Olha para um lado e para o o outro desesperada: não havia nada para fazer. Dedilhou os contactos no telemóvel, encontrou um número e telefonou:

- Olá, Maria. Tudo bem? O Marido?
- .....
- Óptimo. Eu .... bem obrigado. Vou a caminho de Lisboa.
- .......
- Não sei. Vou algures entre Coimbra e Pombal.
- .....
- Sim. Partiu atrasado. Penso chegar pelas 20h30m. E tu onde estás?
- ......
- Que martírio esse IC-19. Olha ... boa sorte.
- ......
- Vemo-nos então um dia destes. Talvez no fim de semana. Depois ligo-te. Beijinhos!

Repetiu "a dose" algumas vezes para outros contactos conseguindo sempre resolver o mesmo tipo de problemas . Quanto gastou não sei.

Longe vão os tempos em que as pessoas protestavam com os preços da assinatura do telefone e das chamadas do serviço fixo. É certo que a telefonia móvel é um conforto mas a verdade do ditado "Todo o Burro come palha o que é preciso é saber dá-la" também se aplica aqui.

dezembro 25, 2008

Sindicalismo à séria

A minha avó ficou viúva muito cedo e com muitos filhos para criar. A minha mãe foi mãe antes de conhecer homem: cuidava dos irmãos mais novos e levava comida ao campo.
O irmão mais velho, com 14 anos, arranjou trabalho numas marinhas de arroz de uma família rica. Veio para casa na primeira semana com o salário equivalente a 2$50 por dia.

A minha avó ficou furiosa com tão magro salário. Dirigiu-se irada ao patrão e disse:

- O meu filho também é filho de Deus tal como os seus. Por este salário não vai voltar ... trabalha ao meu lado.

Virou costas e partiu. No dia seguinte o patrão mandou recado para o rapaz ir: passou a pagar a 7$50.

Todos os meus tios(as), apesar de viverem no Estado Novo em idade escolar e com grandes carências, foram à Escola e aprenderam a ler e a escrever.

dezembro 24, 2008

A todas as mães


A todas as mães que (por vezes) contra os seus companheiros, os conselhos dos amigos de Peniche, contra patrões maldosos que ao abrigo da lei do aborto a tentaram dissuadir, que tiveram medo do futuro com mais uma boca a alimentar mas mesmo assim decidiram fazer um Natal este ano, os meus desejos de bom Natal. Dos Natais a sério .. da verdade, da solidariedade e não da hipocrisia que nos vendem com grande facilidade.

dezembro 23, 2008

Eu criei a (minha) crise?

- Pedi empréstimo para uma habitação maior que a necessitava?
- Disfarcei, no empréstimo, dinheiro para mobilar a casa toda?
- Estando aparentemente confortável arrisquei comprar mais uma casa a crédito, para férias, junto à praia ?
- Disfarcei ainda o suficiente para comprar um carro novo tendo um ainda em condições?
- Mudei de carro mais vezes que o necessário estando a pagar empréstimo?
- Fiz férias caras no estrangeiro durante este tempo?
- Ia tomar o pequeno almoço ao café quando podia fazê-lo em casa?
- Troquei amiúde de telemóvel ou PDA para andar na moda?
- Vesti-me com roupas caras de marca que não uso até ao fim de vida útil das mesmas?

Se a resposta for sim e se não for rico então ajudou a criar a crise e em especial a sua própria crise.

Se for rico então continue assim: ajuda a que a crise não seja tão profunda.

Se foi cauteloso e amealhou entretanto está na hora de comprar casa, agora bastante mais barata, e trocar de carro. Todos lhe agradecem.

dezembro 21, 2008

Deprimente

Goucha, Júlia Pinheiro e outras caras lamechas deprimentes que estamos a obrigados a aturar todos os dias não dão trégua em banalidades.

-As crianças nunca são poupadas à pergunta se têm namorada(o) ou não. Se não têm estranham! Tentam logo arranjar um(a) como se a criança tivesse defeito.
- Perguntam ainda onde está o paizinho e a mãezinha!
- Perguntam o que querem ser quando forem grandes
- Obrigam a mostrar os dentes
- Perguntam onde vivem e fiquem contentes mesmo que não tenham percebido patavina
- Obrigam a mandar beijinhos lá para casa!
- Riem-se de coisas sem qualquer interesse e se não tiverem coisas para rir debitam brejeirices!
- Dizem "Parabéns, Obrigado, Força" a todo o instante.

Haja paciência ...aguardo com urgência a avaria do televisor

dezembro 20, 2008

Quem vê caras não vê corações


A Ministra da Igualdade de Zapatero, Bibiano Aido por obra e graça, é progressista e a favor da igualdade (claro). Os membros da sua família mais próxima, quase todos com altos cargos públicos, viram de uma só vez os salários aumentados de quase 4000euros por ano. Ficam assim mais iguais aos que ganham mais e sentiram desta maneira quanto o progressismo "é porreiro" (para eles).

As multinacionais do aborto também vão ficar mais ricas em breve. Ela vai propor uma nova lei do aborto para a tornar "mais igual" a outras que sejam iguais ao que ela quer. Apesar de haver 120000 abortos por ano "a coisa vai ser assim":
- Até às 14 semanas para ir abortar basta acordar mal disposto um dia qualquer;
- Das 14 semanas às 22 semanas só por malformação do feto ou por riscos de saúde para a mãe (que era aliás a justificação que se usava no caso anterior);
- O feto só tem protecção legal a partir da 24 semana de gestação (ou seja quase 6 meses já a barriguinha vai encantadora);
- A objecção de consciência dos médicos vai-se tornar quase impossível.

Não se conhecem acções legais do Estado sobre clínicas que efectuaram abortos ao 7º, 8º e 9º mês de gravidez.

A tribo PSOE da ministra, que tem raízes (e bem fundas diga-se de verdade) na Andaluzia e a governa há 25 anos, foi recentemente convidada a dizer qual a taxa de desemprego nesta região. Pois bem ... não sabiam, mas eu digo ... das mais elevadas de Espanha. Isto é serviço (pouco) público.

Os concebidos são para abater, os que andam por cá .... são para esquecer.

Triste sorte a de um pedaço de papel

Uma simples pedra pode ser admirada séculos a fio por ter uma forma peculiar ou ter um destino nobre viajando para as arábias e tornar-se parte de um magnífico pavimento na sala de um sultão. Outras vão para uma ignorada calçada. Algumas levam pontapé de miúdos truculentos e outras acabam a destruir os bens de pessoas que trabalharam uma vida inteira (se os miúdos forem ainda delinquentes gregos).

O mesmo acontece ao papel: pode ser importante num tratado, magnânimo num artigo científico inesquecível, pode ser usado e deitado sanita abaixo ou pior ainda, ir para a TV-7Dias – Especial Natal.

Logo à entrada: Um conhecido parzinho que “anda”, “tem um caso”, “namora”, etc (conforme o nível progressista do observador) dormiu num hotel de luxo no Porto: 1100Euros. A mim não me interessa nada mas deve interessar a algumas pessoas e ajuda a compor o salário dos empregados.

Mais adiante: Um actor, com idade para ser avô e sabido, “enrolado” (sic) por uma miúda de 16 anos que lhe disse ter 21. Que não pedisse o BI vá que não vá mas devia ter visto os dentes de leite. Bolas que distraído. Agora quer ir falar com os pais da miúda.

Página seguinte: Actor mais novo, mas com idade para ter juízo, parece ter trocado as voltas à namorada mas teve o seu perdão. Isto apesar da segunda “ferroada”. Querida a minha opinião segue um ditado popular “Burro com a mania de dar coice…”

Outra figura televisiva com “namoro”, “caso”, etc, etc com um homem casado à vinte anos. Acautela-te querida: podes levar o mesmo caminho que levou a esposa do teu “companheiro”.

Páginas seguintes: Um conhecido futebolista, que costuma meter a bola onde quer, e trocar de namorada com mais frequência que de camisa, suspeito de meter a colher onde não devia.

Adiante ainda: Um apresentador de TV agora “enganchado” com uma outra Sra do Jetset que tem dado que falar. Não teve a certeza da mulher o ter traído com um colaborador do programa, mas mesmo assim decidiu “mudar de ares”.

Como vemos é tudo literatura muito instrutiva: por uns modestos 4Euros inclui um garfo de peixe.

Assim vai o mundo

Dias de felicicidade


Dois dias por semana visto roupa velha e peço à minha mulher -ela é que manda cá em casa- para afastar os móveis e deixar a sala mais ou menos desimpedida.
É que entram no Telejornal o Miguel Sousa Tavares e o António Perez Metelo e sinto sempre uma imensa compulsão para rebolar a rir.

dezembro 18, 2008

Métodos antigos é que resultam


Dizem que dar umas palmadas aos miúdos não os ajuda a manter na linha. Discordo.
Ricardo Bexiga levou uma carga de porrada e agora é administrador da CP.

Perguntar não ofende


O Painel do Aquecimento Global reúne por causa do CO2, o Colóquio das esquerdas reúne não sabemos muito bem porquê!
O Guru da religião do aquecimento global paga 270kWh/dia de energia eléctrica da sua vivenda. Qual é o perfil destes gurus e pregadores mor do Colóquio das Esquerdas?

- Quanto levam para casa as respectivas famílias ao fim do mês?
- Repartem alguma coisa do que recebem? Pagam dignamente à Senhora que lhes limpa a casa?
- Investem de alguma forma a sua riqueza para benefício dos outros criando empregos?
- Deixam o dinheiro que gastam nas férias em unidades hoteleiras e restaurantes portugueses, a bem dos que trabalham neste sector, ou vão para o estrangeiro?
- Quantos filhos geraram e estão a educar?
- Os filhos estão na escola pública ou colégio privado?
- As famílias têm empregos no sector público ou privado?

dezembro 17, 2008

O Imperador


Hugo Chavez, golpista perdoado pela democracia, está a levar a Venezuela ao descalabro: inflação, criminalidade, pobreza (47% dos venezuelanos não ganham para comer), corrupção generalizada (justiça, polícia e forças armadas), ensino miserável, saúde a piorar, escassez de bens alimentares, falhas generalizadas de energia eléctrica, ataques aos direitos dos trabalhadores e à liberdade de expressão são apenas alguns dos males que instalou em Venezuela.

Sair à rua em Caracas e voltar a casa com vida é uma verdadeira sorte: mais de 25 assassínios por dia. Apenas 3 em cada 100 são resolvidos.

Não basta fazer figura com o dinheiro dos outros

A TVI pertence ao grupo PRISA. O grupo PRISA foi criado e floresceu durante os anos de Felipe Gonzalez, o que não aconteceu por acaso. O favor foi pago favorecendo nos média os governos do PSOE.

O catecismo de solidariedade, apoio aos pobres, igualdade, desenvolvimento, políticas sociais e outros chavões progres tiveram resultados práticos pouco abonadores no fim deste reinado "Felipino": 24% de desemprego, muita pobreza e uma cadeia de corrupção (nunca desmembrada) que enriqueceu despudoradamente a elite política.

Mas cá se fazem cá se pagam. O grupo atravessa agora um mau momento com a crise económica e os resultados são pavorosos: a PRISA está a minguar.

A TVI parece que vai escapando ao fenómeno e organizou uma festa de Natal: nesta altura toda a gente se lembra da solidariedade, fica com o coração derretido e são tudo flores e passarinhos. Passado o Natal, que a maioria nem sabe muito bem o que é, volta tudo ao mesmo.

A festa de Natal da TVI -feita para atrair as audiências como era de esperar- exibiu os figurões dos Telejornais (alguns escrevem livros), dos programas de entretenimento (pavorosos), das novelas (inúteis), da socialité, dos gestores, etc, etc ... B. A roupa de marca e adereços preciosos não impediram alguns de irem fazer figuras tristes e de pura auto-promoção para o palco. Os outros riam-se de umas brejeirices e piadas politicas/politiqueiras deprimentes.

A iniciativa foi dourada pelo apoio a uma causa: a causa da criança que será a única coisa que valeu a pena além da homenagem à jovem jornalista falecida recentemente. As contribuições para a causa vêm dos cofres da TVI? São uma percentagem dos lucros acarretados pela audiência do programa? São dádivas generosas de gestores com centenas de milhares de Euros anuais de rendimento? Não.

Quem faz as contribuições são os telespectadores que com boa vontade acabam por tornar a festa (deles) maior.

dezembro 16, 2008

Gente que sabe muito

O padre da minha freguesia é um grande estudioso mas não tem jeito para homilias tocantes. Já terá ouvido contudo milhares de casais desavindos. Tirou uma conclusão que não hesitou em partilhar a partir do púlpito.

- Quando me falam em divórcio recomendo sempre. Olhe que você não faça isso, pense bem: 80% dos casos mudam para pior e depois arrependem-se.

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A Senhora dos Serviços Financeiros nos CTT é muito simpática e tem um sotaque Beirão que me é muito familiar. No outro dia atendeu o telefone. Depois explicou-me:

-Era o meu marido. Desculpe …

Eu sugeri brincando:
-Se calhar está na altura de lhe pôr um par de patins e arranjar um menos aborrecido.

Ela retorquiu divertida:
-Nem me diga isso. A este já lhe conheço as manhas todas e sei bem lidar com ele. Começar de novo ia ser muito complicado.

dezembro 14, 2008

Direitos humanos ... pois claro

Uma boa imagem dos tempos que vamos vivendo:


Obrigado Isabel.

Direitos humanos ... diz ela


A folclórica Ministra de la Vega é uma extraordinária personagem do falido governo do PSOE liderado por Zapatero.

A dourada Sra, além de socialista e bastante rica (coisas sempre misteriosamente agarradas nestes cargos), é uma vanguardista. Deixou-se fotografar num bantustão africano com um muçulmano acompanhado das suas (muitas) mulheres e filhas, alinhadinhas e bem comportadas, como numa parada militar. Era muito difícil distinguir quem era filha e esposa deste competente homem.

Fiquei com a esperança que tivesse decidido engrossar a harém do roliço macho, nem que fosse para lavar a roupa de tão extensa família, mas não: voltou a Espanha preocupada com os direitos humanos ainda.

Preparou agora uma lei nacional de Direitos Humanos que diz colocar Espanha na vanguarda do tema enquanto Zapatero a coloca no descalabro financeiro e social. Ao mesmo tempo que centenas de mulheres, desde as ramblas em Barcelona até Madrid, oferecem e vendem num qualquer vão de escada o corpo em sexo expresso para sobreviver, ela descobriu, no conforto do seu gabinete e carro oficial de vidros fumados, um problema de direitos humanos.

Vai daí uma das medidas propostas nesta nova lei é eliminar qualquer símbolo cristão.

Os Direitos Humanos ficam assim melhor salvaguardados não fossem eles uma conjunto de valores de inspiração socialista e não cristã.

dezembro 13, 2008

Comentadores convenientes ou a Conveniência de certos comentadores



Pululam como cogumelos os comentadores do regime, os especialistas nisto e naquilo, prestidigitadores de sondagens e de indicadores, escrutinadores de duas ou três frases, os palpitadores de tudo e de coisa nenhuma, os interpoladores e extrapoladores, os anti neo e anti caps e anti EUA e os ilusionistas que disfarçam e escondem o óbvio .

Sentam-se alguns em mesa redonda outros numas mesas arredondadas, põem de vez em quando um ar sério, franzem o sobrolho para fingir arrelia, dizem barbaridades sem se ruborizar e tratam por tu os entrevistadores, simulam surpresa perante perguntas combinadas e fintam com mestria as inconvenientes. Citam uma ou outra frase, mesmo que com relação vaga com o tema em discussão, de um qualquer livro que leram na noite anterior. Recolhem o cachet e partem com enorme vontade de voltar para dizer o mesmo. Outros escrevem colunitas de jornal que ficavam melhor no obituário enquanto usam casas que deviam ser para os mais necessitados.

Habitam de forma selvagem tudo quanto é TV desde o Jornal da Manhã ao Jornal da Noite, sem contagens de tempo, mas ... coitadinhos. Apesar de bem treinados metem dó e continuo a preferir um espectáculo com palhaços de um Circo Ambulante de natureza familiar que periodicamente assenta arraiais perto de mim.

No circo compro o algodão doce, a bandeirinha e o brinquedo apenas se quiser e vejo os palhaços.

Para a TV tenho que pagar taxas de audiovisual e outras mesmo que não esteja interessado no produto. Mas afinal sou eu que faço de palhaço!

Novelas da vida real

Medo, muito medo … filme de terror para os próximos 15 anos.

O Governo vai propor um plano global de apoio à economia baseado em obras públicas.

Homens de muita fé

Francisco van Zeller diz que não vai haver recessão: foi o Governo que lhe disse.

Milagres

A nossa economia criou emprego com crescimento quase nulo (e não um mínimo de 2%)

Desobediência civil:

Manuel Pinho decretou o fim da crise mas ele teima em não ir embora.

O indigenismo

Está-se a espalhar no Brasil um fundamentalismo na defesa das comunidades indígenas que as mantém obrigatoriamente afastadas da civilização. O romantismo destas comunidades está bem longe de ser real: esconde factos assustadoramente pouco humanos.

dezembro 12, 2008

Agruras de um ecologista


Domingo, 30 de Novembro, 7h30m da manhã estava um frio de rachar. Bastou por um braço fora do edredon para o perceber. Já não aguentava mais a cama: levantei-me e espreitei pela janela. Apeteceu-me, já gelado, voltar ao ponto de partida: encostei-me à minha botija. Reagiu muito mal:

-Chega-te para lá que estás gelado.

Fiquei furioso: falta de solidariedade, ingrata!!. Quando se deita não me poupa. Levantei-me, sacudi o edredon para entrar frio e deixei-lhe um bocadinho das costas a descoberto. A tiritar segui, qual bichinho da conta enrolado, para a cozinha também gelada. Aquecimento central: népia. A minha casa gasta 7kwh/dia de energia eléctrica e não dou conferências bem pagas para pagar 270kWh/dia, como faz o Algore.

Tinha que ir pagar o pão. Olhei guloso para o meu carrito, pensei no aquecimento ligado mas ... não … tinha que ser ecológico. O cão pôs o nariz de fora do seu alojamento mas preferiu não sair.

Aqueci a encher os pneus da minha bicicleta, calcei luvas e dei umas sapatadas lançando ostensivamente uma mistura de CO2 e vapor de água para a atmosfera.

Cheguei à padaria: alguns minutos de conversa com a padeira para descansar–ela gosta e eu também. A padeira sabe fazer pão, bolinhos, bolo-rei, broa etc. Sabe também de tudo o que se passa à volta da padaria num raio de alguns km e com bastante detalhe. Casamentos, mortes, nascimentos, divórcios e outros factos … nada lhe escapa. As partes mais interessantes são porém aquelas que começam assim.

- Você não diga nada mas dizem por aí que …. bla bla

Delicioso, formativo e informativo. Regressei por outro caminho. As folhas de plátano corriam ligeiras à frente da bicicleta empurradas por um vento nada simpático embora mecanicamente favorável. Uma vaquinha pasmada olhava para mim de um campo. Ruminava e ruminava eu também contra ela:

-Maldita, sua produtora de Metano. Estás a arruinar o meu planeta.

Pensei no leitinho quente com chocolate que ia preparar e perdoei-lhe. Ao fim e ao cabo as bostas espalhas no chão iam fazer crescer a vegetação com mais vigor e aumentar a captura de CO2. Cheguei, aqueci o leite e saí, desta vez a pé, para um passeio higiénico.

dezembro 11, 2008

Câmara de Lisboa ... estado terminal

O Costa está em desespero. Situação:
- Gravíssima;
- Não pode fazer mais nada.

Podes, Costa. Salta para o Camião, levas o Zé e outro camarada e recolhe algum lixo. Tens alguma sorte: no Verão seria pior.

Ai, Costa ...Costa ...

Pensamento do dia

Rita Pereira sem casar e a economia a derrapar.

Barbárie e hipocrisia

Na Grécia uns miúdos mal educados estão a ser manipulados por uma caterva de velhacos que vê na violência uma forma de propagar as suas ideias falidas. O covarde aproveitamento de uma infeliz morte está a destruir centenas de postos de trabalho e a limitar a liberdade de quem, no dia a dia, luta para sustentar a sua família.

Quando a Rússia invadiu um país vizinho, provocando a morte de muitas mulheres e crianças, ninguém apareceu a indignar-se.

A Europa está mergulhada numa profunda crise de valores morais.

dezembro 10, 2008

Fúria anti-EUA


Picada algures, agora que estamos no fim de uma era.

Barreiras linguísticas


A minha mulher gosta de regatear. Regateia tudo o que pode onde a deixam.
Uma vez entrou numa loja do Chinês que tinha aberto dias antes. Pegou num molho de meias e perguntou:


Não desfiam?
Trejentos escudos

Estas são um pouco mais fracas. Quanto custam?
Trejentos escudos

Estas têm defeito. Não faz desconto?
Trejentos escudos.

Pronto, acabou por trazer um molho de meias por trezentos escudos.

"Não engravidamos de cães, batatas ou alfaces"

Esperanza Puente, uma mulher que se arrependeu de ter abortado, testemunhou na Comissão que analisa a revisão da Lei do Aborto em Espanha, e foi contundente. O aborto não é nada inócuo, a mulher não é informada das consequências, não é apoiada e necessita de ajuda psicológica mesmo 5, 10 e 20 anos depois.

Estados de espírito ..

- Tranquilidade;
- Confiança total na Justiça;
- Consciência tranquila porque inocentes.

dos arguidos a ser julgadas no caso Casa Pia.

Coisas que um dia a Ciência explicará

A minha Escola Primária era uma construção igual a tantas outras que tenho visto pelo país. O Estado Novo construiu assim centenas no centro das aldeias e vilas, e não nos arredores como agora é regra, mas sempre com o mesmo projecto. Assim foi feito também com as casas florestais.

A escola -ainda de pé, sem rachas e com o soalho original- não tinha aquecimento. O professor dava-nos 10 minutos para colocar as mãos pequeninas nos bolsos já que as sucessivas tentativas de acender a salamandra não davam resultado. A passarada malvada fazia ninhos na chaminé e a sala enchia-se de fumo.

O trabalho era árduo: contas, ditados e leitura. O recreio era uma alegria: ao ar livre, com poças de água e muito futebol. Todos nos levantávamos quando o professor entrava. Havia ordem na sala quando ele estava e desordem quando virava costas (ficava um sentinela no cimo das escadas). Outro momento de felicidade era receber um caderno novo (cheiroso, direitinho, impecável como todas as coisas novas) mas só depois do anterior ser escrutinado para confirmar a sua completa utilização.

O castigo vinha com os erros ortográficos ou de aritmética. A régua batia com força e democraticamente: a cada um aquilo que lhe cabia. Não havia excepções: o filho do professor era o menos poupado.

Alguns pais levavam uma galinha vermelha no Natal (criada com milho e em liberdade) e pediam:

-Sr Professor veja lá o meu rapaz, faça dele um homem.

E o Prof. via mesmo e escrutinava com mais cuidado o rebento dos generosos progenitores. A régua actuava mais vezes para fazer cumprir a promessa.

A fustigadela da dita (madeira exótica maciça) não era muito dolorosa, mas devia ter um qualquer efeito indirecto no cérebro: activava os neurónios e fomentava a formação das sinapses. Todos aprendiam apesar de alguns terem pouca vontade de o fazer.

dezembro 08, 2008

O bacoco progressista de esquerda


Alheia-se da realidade, cria legislação e não mede as consequências da mesma.

Serviço com pouco Público à sexta-feira


Chegou à porta da Lura o Público de Sexta-Feira e de borla: não tenho dinheiro para algumas coisas quase inúteis.
Na primeira página sabemos que Dias Loureiro, à revelia de um parecer, fez um negócio qualquer que correu mal nas Caraíbas: terra de piratas. Os negócios de risco por vezes correm mal e não é por haver opiniões todas concordantes que correm bem.

Mas isto apoquentou um casal de jornalistas e vai daí, a partir da quarta página, estando a segunda e terceira reservadas a um galã que também parece estar pelas Caraíbas, toca a desenvolver o tema. Depois a coisa segue com informação proveniente de outros jornais, já com alguns anos, o que prova que estas almas dos média não sofrem de asma. E que jornais? O El Mundo e o El País, herdeiros de um catecismo de elevados valores democráticos e que foi posto em prática vai para 70 e tal anos.

A coisa, muito parecida com uma novela de segunda ou um filme James Bond de primeira mas sem os “borrachinhos”, é mais ou menos assim: Dias Loureiro, um libanês talvez traficante de armas, o rei de Espanha, um genro de Aznar, Bill Clinton, Barroso, Chirac e Berlusconi. Fazem telefonemas uns aos outros, jogam golf, fazem caçadas, vão a jantares, vão a casamentos, fazem viagens, etc e tal.
Que aprendemos? O Rei de Espanha pediu dinheiro emprestado e não devolveu até uma dada altura, mas também ficamos sem saber se o prazo tinha terminado. Os negócios não se fazem a telefonar para a porteira. Os casamentos podem não ter terminado bem. Uns bichos andaram aflitos mas se a pontaria for tão boa como o jeito para os negócios…, etc.
Cavaco Silva mencionado também no artigo – que não foi a nenhum casamento, não jogou golf, não telefonou, não caçou, não jantou, não foi às Caraíbas- surpresa!! teve afinal, como ministro, o Dias Loureiro.
Ah, grande jornalismo … é baralhar e tornar a dar.

Abaixo: Piaget condenado. Bem feito … toma e embrulha.

Mais adiante:
Casa da Música: Derrapagem mais extraordinária que os descalabros de Dias Loureiro: sem paraísos fiscais mas com bom regabofe para alguns. Derrapou em quê? Betão, Ferro, Aterro, Arranjos, Mobiliário? Não sabemos!

Pinto Ribeiro: Precisa de gestores no Museu que aquilo é um bom negócio e feito para dar lucro.

O Inimigo Público: Com 30% de graça e 70% de mau gosto.

Coisas da Vida de Laurinda Alves. Isto vale a pena… uma verdadeira senhora esta Laurinda. Pronto …. Vou guardar este artigo e lembrar de dar uma volta ao seu blog.

dezembro 07, 2008

Coisas que valem a pena (3): Ana Damião

Praxe: Relação do Porto dá razão a aluna sujeita a carregar arreios de um burro e a simular orgasmos.

Ana Damião os meus parabéns. Foste corajosa, valente e determinada. Desejo-te os maiores sucessos pessoais e profissionais. Quando fores mãe passa estes valores aos teus filhos também.

Eu já estou a conseguir algum sucesso.

Abraço

Primeiro texto picado da imprensa

Agricultura ... nem sequer de subsistência

Hoje terminei a plantação dos meus alhos. Dizem que pelo Natal bico de pardal e não quis contrariar o ditado.

Os do ano passado, já a lançar raízes e rebentos, rejubilaram com esta oportunidade de voltar à Terra. Aquele pedacinho de tempo perdido é de uma descontracção incrível: cavei, juntei uma folhas caídas que enterrei a servir de estrume e passado pouco tempo tinha um cantinho com 2m2 pronto.

Pequei na régua de construção civil para ajudar a alinhar, sacudi o cão que me lambia a cara com um sábio desafio
-Gato, Gato, acolá ........que ele acabou por não encontrar
abri os buraquinhos com o indicador e 10 minutos depois ficou pronto.

É um investimento ... na maioria dos casos financeiramente ruinoso. Vou sempre, pela manhã, recolher o pão e aproveito para inspeccionar as minhas (poucas) árvores e sementeiras como esta. Algumas coisas não dão nada -a não ser o prazer de as cuidar- outras dão só para nós e outras ainda dão para partilhar com os vizinhos e colegas de trabalho.

É de qualquer forma maravilhoso constatar o que a terra pode dar e gozar de uma liberdade vedada a alguns seres humanos em pleno século XXI.

A Andaluzia

Ontem a TV, ainda vista em minha casa até que um vendaval leve as antenas, fez uma breve reportagem sobre a situação dos trabalhadores imigrantes que nesta província espanhola encontram trabalho sazonal. Muito ficou por dizer pois a penúria tem levado as mulheres a situações de pura degradação e humilhação.

A Andaluzia é uma região com uma forte produção agrícola e das mais afectadas pelo pior descalabro económico sofrido pela Espanha em 30 anos. Só este ano levou 1 milhão de trabalhadores a perder o emprego e já não há dinheiro para pagar as reformas do próximo mês.

A Andaluzia é governada desde há 25 anos pelo PSOE e a corrupção campeia forte e feio com clãs políticos a ditar as suas influências e a delapidar orçamentos . As "autonomias" em Espanha têm dado azo a fenómenos incompreensíveis de falta de solidariedade. Um caso é um plano de transvase de águas de um rio, cujo único destino já só pode ser o Mar, para a Andaluzia muito deficitária em água para a agricultura. O plano foi bloqueado por uma outra "autonomia" também governada pelo PSOE.

Faltando a solidariedade socialista (afinal só de boca e de artigo de jornal) quem realmente a faz é a Cáritas, instituição que o socialismo espanhol odeia.

Não devia ser preciso ...

Dei uma voltinha de comboio o qual uso sempre para viagens longas. No extremo de uma carruagem um anúncio (julgo que começa assim):

Namoro com violência não é amor......

num quadro sobre o cinzento que nem sequer chama muito a atenção.
Bolas!!! Ao que se chegou! É necessário? Porquê?

dezembro 06, 2008

Coisas que valem a pena: Heroínas a sério

Combateu o aquecimento global com sucesso? Manteve de pé a banca? Salvou a Indústria automóvel? Aprovou um bailout? Não!

Uma asiática, moreninha e de feições que não engana ninguém quanto à sua raça, pegou numa criança muito nórdica, branquinha como a neve, e conseguiu-a salvar da barbárie de Bombaim. Os pais, judeus, agonizavam mas tiveram uma alegria se houve tempo de verem o que se passava: o seu filho ia viver.

Na entrevista a simplicidade das pessoas boas e generosas: Eu também sou mãe de dois filhos.

Dizem-nos que há filhos que não merecem ser amados pelos progenitores mas esta senhora amou também os filhos dos outros.

Bem haja.

dezembro 05, 2008

Ruína de cima a baixo


No Zimbabwe, país a caminho do qual foi interceptado recentemente um barco chinês carregado de armamento, a situação é de descalabro total. Não há dinheiro para tratar a água e apareceu a cólera. Todos os hospitais fecharam e as autoridades também fecharam a distribuição de água para ajudar à festa. O povo, mergulhado numa pobreza que nunca tinha sentido, que já não sabe fazer as contas da inflação, que vê o dinheiro valer menos que papel higiénico, que tem 90% de desempregados e que já cavava o chão para encontrar bichos e intragáveis raízes para comer, agora abre buracos para encontrar água fétida e matar a sede. Mugabe e o seu regime colectivista, com alguns amigos em Portugal, lá continua no palácio luxuoso como se nada fosse e, decerto, a blasfemar contra o Reino Unido nem que não tenha ninguém para o ouvir em breve (a não ser os bufos e generais do regime que com ele engordam contas bancárias).
No Sudão o regime islâmico de Omar Bashir continua o genocídio no Darfur matando crianças, mulheres e homens de forma sistemática. Estes massacrados são apenas os mais pobres dos mais pobres, os mais fracos dos mais fracos, os mais indefesos dos mais indefesos. A China e a Rússia acham tudo normal.

A Cúpula do artista progressista (não capitalista) Miguel Barceló, que à custa de tanto talento embolsou alguns milhões para fazer pirraça à grossa maquia colectada -1.2 milhões- em terras do Tio Sam pelo intrépido e não menos progressista juiz Baltazar Garzon, está a cair aos bocados passadas apenas 2 semanas. O pessoal da ONU em Genebra, já preocupado com a Aliança de Civilizações e os Direitos Humanos, anda em pânico para encontrar um capacete de construção civil, não vá tanta criatividade afectar a caixa craniana do Secretário Geral, que vai em breve admirar a Capela Sistina do Século XXI.

Mas tanto a ONU como Zapatero (que gastou 20milhões nesta cúpula) ainda festejam obras inúteis que ofendem quem precisa. Hipócritas outra vez!! Como diz uma artista do circo em que todos vamos vivendo “isto agora não interessa nada”.
Se acreditasse que Deus tinha interesse nestas pequenas vaidades dos homens diria que o desmoronamento era uma graça divina, para ajudar estas almas a ver o sofrimento dos seus semelhantes. Mas julgo não ser suficiente. Durmam bem …