abril 09, 2009

Incontinências ...

.... que não se tratam com fraldas.

Ontem um sindicalista questionava-se se um empresário –ou patrão na linguagem habitual deles- devia receber subsídio de desemprego. Na terminologia de algum sindicalismo patrão e empresário significam mais um “explorador” que “trabalhador”. Um empresário explora ou seja não trabalha ou trabalha para explorar. Assim sendo merece ser castigado. Um empresário que investe o seu tempo, o seu dinheiro e as suas ideias criando emprego e pagando “forte e feio” IRS, IVA, Segurança Social, taxas, subsídios de alimentação, etc é presumidamente um trafulha.

Assim se a empresa não for feliz (apenas 1 em cada 10 sobrevive a um ano e 1 em cada 100 sobrevive 10 anos) o empresário deverá provar que não foi “por culpa dele” que está desempregado. Um trabalhador então nunca cai no desemprego por sua culpa mas o empresário é sempre culpado. O empresário então não tem família nem precisa de sobreviver para conseguir uma nova oportunidade e beneficiar um pouco das receitas que gerou para o Estado: ele é um cidadão de segunda.

Era tempo deste sindicalismo persecutório, de ódios irracionais e ideológicos, se deixar de preconceitos e aprender com o evidente empobrecimento, fome e total estagnação que os seus modelos económicos causaram e causam em muitos países. Bastar-lhes-ia olhar para os imigrantes que temos entre nós.

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Um médico veio lamentar o aparecimento de doentes vindos do privado (esgotados os plafonds do seguro de saúde) que “desaguam” (atente-se ao termo) no SNS para continuação de tratamentos. Sei que estes doentes são mal recebidos mas não entendo qual a razão. Por falta de confiança no SNS –morosidade principalmente- há cidadãos que fazem seguros de saúde à custa do seu rendimento familiar e muitos com sacrifícios já que os abatimentos no IRS são pouco significativos. Enquanto não aparecem estão aliviar o SNS e quando aparecem merecem ser tratados como qualquer cidadão pois continuaram a pagar os mesmos impostos. Já não posso estar de acordo com o facto dos gestores hospitalares públicos tenham invariavelmente viaturas topo de gama atribuídas.

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