Campanha ... desde a última vez

Vital Moreira, o já apelidado “candidato da roubalheira”, foi a Viana. Apareceu uma velhinha que disse ser muito bonito. Vital babou-se e pediu para ela repetir: ela fez-lhe a vontade e ele rejubilou. A minha avó dizia que há sempre um testo para cada panela. Com Vital vestido com um traje de Viana, carregado de ouro como se vê na Sra da Agonia eu, se fosse mulher, arriscava: roubava o ouro, tirava-lhe o traje e ia para Sta Luzia ouvir as sirenes da Polícia. A campanha do PS tem ganho peso sempre que Ana Gomes aparece: quem monta o palco é que não gosta e põe as mãos à cabeça. Edite Estrela, que vejo sempre a rir-se e portanto deve ser dela própria, descobriu que Ilda se vai candidatar a Vila Nova de Gaia.

Ilda respondeu e disse que já era vereadora mas não desmentiu. Estas Sras fazem lembrar o valente Soldado Chveik. Mais queria contar mas não vi pois tinha o refogado a queimar.

Rangel visto de perfil está de facto barrigudito. Uns estudantes em Viseu, vestidos de laranja, saltaram à volta dele e ele comoveu-se. Eu também: faziam lembrar aquelas cascas de laranja alinhadinhas nas máquinas de espremer sumos de citrino na hora. Manuela sem grande físico diz que não se devem arrumar calhaus e esconder a mão. A fisga é recomendada: dispara mais longe e é mais discreta. Eu usava o bolso dos calções.

O BE terminou num daqueles espectáculos que é preciso ser mesmo uma pessoa de vanguarda, ter um livro de culturas alternativas no bolso e usar rastas para perceber. O espectáculo era uma espécie de rave mas sem drogas leves. Uns rapazes com umas varas compridas nas mãos, que podem servir também para desancar o grande capital e os tubarões -Espirito Santo-Américo Amorim, etc- gritavam muito e batiam com a vara no chão, gritavam de novo, batiam com a vara no chão e pronto … acabava. Esta espécie de “pauliteiros de Miranda”, aqui transformados em trauliteiros do BE, é uma actividade muito perigosa e devia ser proibida. Os pauliteiros manobram a vara bem mas mesmo que caia no lombo só faz uma nódoa negra. Eu que tenho um calo rebelde no dedo pequenino do pé se lhe desse com a vara a gritaria um dia inteiro.