A inenarrável cena da Ministra italiana lacrimosa é bem a imagem desta Europa desesperada. Além da queda para o cinema, onde dificilmente substituiria a Sofia Loren, a atitude merece a compaixão de a mandarem para casa com baixa médica.
Mas não deixa de der sintomático. A Europa dos direitos adquiridos, do vício enganoso do grátis, das regalias por tudo e por nada está agora sem dinheiro. As empresas que prestam serviços públicos estão sem guito e as restantes afogadas em: regulamentos, directivas, licenças, Sistemas de Controlo de Qualidade, auditorias, taxas, autorizações, indemnizações, calibrações, contribuições, descontos e outras arbitrariedades que os Estados neo-socialistas clássicos, neo-socialistas modernos e neo-progressistas se lembraram de inventar.
Mas o problema é mais que económico: é um problema de falta de moral, de visão estratégica e de traição dos políticos destes últimos 30 anos à matriz europeia. O substrato para inverter a situação é cada vez mais escasso. Vejamos:
- A Europa está velha. As medidas para aumentar a natalidade falharam e para promover o aborto resultaram em pleno. Houve sempre dinheiro para financiar a morte já e esquecer o futuro próximo.
- A Europa esqueceu a família. A Pordata mostra: Divórcios ultrapassam mais de 50% por toda a Europa e uma enorme mole de famílias está à conta da Segurança social, as crianças por sua conta na rua e o destino mais provável a delinquência (assaltos, droga, violência, etc).
- A Europa não tem gente nova. Importa imigrantes em massa de culturas que nada têm a ver com a nossa, não se integram, gostam pouco do trabalho e embora digam que sustentam a Segurança Social a verdade é que muitos vivem da segurança social. Na Grécia custam 6 biliões de Euros noutros países nem quero saber.
- A Europa desprezou o ensino a nome igualitarismo. Basta seguir a degradação de um aluno da Primária à Universidade: cada vez mais casos são uma peregrinação tenebrosa para o contribuinte e inútil para a sociedade. Um jovem que sai do Liceu é uma criatura habitualmente imbecilizada, sem capacidade de trabalho, sem objectivos, sem respeito por professores e colegas e sem competências que não sejam dedilhar telemóveis e passar à peregrinação seguinte: a Universidade (gratuita pois claro) .
- A Europa não preparou o futuro. Deteve-se no entretenimento de causas catitas dos casamentos gays, do multiculturalismo, das uniões de facto, na distribuição de preservativos, na educação sexual, no branqueamento de aberrações sociais, "na integração" para resolver todos as consequências, da calibração da fruta, de harmonizações dos palitos, etc. E se não havia causas catitas no país iam subsidiar outras, à custa do contribuinte, pelas ONGs no estrangeiro.
- A UE negou nos seus estatutos a referência aos valores cristãos em que se baseia. Mas foi generosa no convívio com todos os tipos de ditadores, foi generosa na atribuição de subsídios inúteis a África, cala a violação do direito à vida de cristãos pelo Mundo inteiro mas envolve-se em guerras quando os muçulmanos se degladiam.
E se há imagem desta degradação moral basta ver a TV depois das 21 horas.
Chegou a altura de chorar!
Chegou a altura de chorar!
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