A TVI é uma generosa barriga de aluguer para tudo o que lhe cheire a causa fracturante. Hoje lá foi para a rua ouvir o Zé Povinho. O Zé telespectador já ia preparado para a reportagem de rua. A reportagem começa sempre desta forma elegante, formativa e profunda e igual, qualquer que seja a causa:
"é ainda um tema tabu na sociedade"
- O "ainda" remete a qualquer cérebro formatável pela TVI um atestado de minoridade, de velho jarreta, de um irremediável atrasado no tempo, de alguém que anda distraído e se deixou ultrapassar por sua e sua grande culpa;
- "O Tabu" remete para uma ocultação sem razões racionais, para as crenças tribais e para as cavernas do Neanderthal.
Como pode "a sociedade" ir contra coisas com estas etiquetas? Não pode! Não é capaz! Não tem coragem para renegar um progresso de tal ordem a ocorrer de um dia para o outro. E como podemos provar estes efeitos Migraspirina social? Ir para a rua.
E não é que toda a gente entrevistada (aparte uma ou outra com dúvidas pouco convictas) está de acordo? Nem um vestígio pequenino, irrisório, de opinião dissonante.
E ouvir o médico de seguida dá uma pitadazita cientifica, não é? E mais um especialista uma clínica especializada nos EUA de Obama e uma moçoila que quer servir a causa?
Termina o jornal, com mais um momento Obamatório, papagueando as enormes potencialidades do campeão abortista que, ao abrir e fechar a boca, fica logo com uma enorme fama de talento para canto e umas velhinhas (pretas de preferência) a babar-se na plateia com os acordes presidenciais.
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