Uma crise é interessante. Ela provoca mais abortos e menos abortos, mais divórcios e menos divórcios, mais obesidade e menos obesidade, menos compra de alimentos e mais Smart phones, menos livros e menos cultura, etc, etc.
Mas o produto mais vendido é "as formas de luta". As formas de luta são muito criativas: rir, apitar, lançar pedras, não vigiar testes de alunos para defender os alunos e o ensino público, parar comboios para defender o passageiro, parar metro e autocarros para defender o transporte público, fazer greve nas prisões para dar mais segurança às mesmas e ao cidadão, fazer comissões de reformados para levar queixinhas ao BE, etc, etc.
As "formas de luta" além de permitirem sempre avançar para "outras formas de luta" ou mesmo "novas formas de luta" não passam disso mesmo: são apenas lutas de forma já que na substância nada adiantam. A realidade é cruel e borrifa-se para as ameaças belicistas de pândegos e marionetas.
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