Chega o Setembro e lá vão as TVs farejar as vindimas. Do campo passam aos lagares e ao pisar da uva. Há sempre umas criaturas dispostas a saltar para dentro e pisar as uvas. Depois cada adega prepara, com mais ou menos lirismo, a cena. Há de tudo: desde os pisadores isolados, pisadores a dançar, pisadores a cantar, pisadores a encenar a coreografia comunista do vila morena (de braço dado e a oscilar o canastro). Há sobretudo caras felizes ... coitados. Dá pena.
E dá pena sobretudo por aquelas raparigas com a pele delicada, depilada e mimada a cremes e loções. E, Senhor, colocam lá crianças... protejam as crianças por favor.
A parte lenhosa do cacho arranha essas peles suaves e mimosas, o sumo da uva faz o resto e, pouco tempo depois, é uma coceira que faz esquecer qualquer micose assanhada. Não enganem as pessoas!
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