fevereiro 21, 2014

A esquerda baixa e cabisbaixa

A esquerda tão célere a tentar derrubar governos pela luta de rua e manifestações não cabe em si de espanto. Mal agradecidos, perante tanto esforço socialista de igualdade e fraternidade efectuada pelos seus seus apaniguados, na Venezuela e na Ucrânia resolveram copiá-los? 

Agora não apelam a "eleições antecipadas", ao "não tem condições para continuar", "devem demitir-se": andam caladinhos que nem ratos ou aturdidos titubeando ameaças e acusações contra forças invisíveis e invocando para defesa hipócrita um "governo democraticamente eleito".

A democracia funciona sempre a favor da esquerda totalitária: é apenas mais um meio, entre o golpe de estado e o terrorismo, para alcançar o poder. Só que a eleição democrática implica o respeito pela democracia: respeito pelos contrapesos de controlo do exercício do poder, liberdade de imprensa e de opinião, respeito pela propriedade privada, respeito pelos direitos humanos e as alterações em leis fundamentais devem ter um grande consenso. Em resumo: o poder eleito deve deixar mecanismos que permitam alternância no poder.

Assim não aconteceu em Espanha quando mataram e perseguiram a oposição; assim não aconteceu no Chile quando violaram de forma escandalosa a constituição vigente usando uma constituição anterior, expropriaram a propriedade privada; assim não aconteceu em Venezuela quando alteraram a composição dos tribunais, expropriaram propriedade privada e passaram a governar por decreto à margem da assembleia; assim não aconteceu na Nicarágua, assim não aconteceu na Ucrânia onde a constituição com menos de 8 anos (menos que a nossa que em 40 anos não foi mudada e há mosquitos por cordas na esquerda quando disso se fala) foi alterada para beneficiar quem tem o poder, onde se mataram jornalistas e perseguiram opositores.

Foram democraticamente eleitos (embora com um sistema eleitoral em Venezuela pouco transparente) mas não exerceram a democracia: transmutaram-se em ditaduras. As pessoas saem à rua com razão. A Venezuela é um desespero: falta de alimentos, um custo de vida monstruoso, uma criminalidade terrível, uma corrupção que é regra. O desespero atinge também as forças de segurança divididas entre o dever oficial e o dever de consciência. Aqui uma polícia chora perante o desespero de um manifestante.

Las dos agentes no pueden contener las lágrimas ante sus preguntas

Venezuela: La estudiante que hizo llorar a dos mujeres policía del regimen chavista




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