maio 01, 2016

Queixinhas sindicais


Imagem importada do Firehead

A CGTP lá veio com queixinhas dos trabalhadores sindicalizados serem cada vez menos. As patéticas proclamações de rua e desfiles são uma tragicomédia estalinista. De facto a CGTP não percebeu ainda as razões dos trabalhadores, incluindo eu próprio, não quererem fazer parte da sua agremiação: 
  • O sindicalista tem regalias superiores a qualquer outro trabalhador;
  • O sindicalista desempenha a sua actividade à custa do suor dos outros trabalhadores e não por dedicação à causa;
  • O sindicalista exerce coação e efectua represálias sobre os trabalhadores que não colaboram com eles;
  • Os sindicatos são correias de transmissão do comunismo, ideologia que está para os direitos do trabalhador como a sarna está para a pele;
  • Os sindicatos têm mantido um estranho silêncio sobre a miséria dos trabalhadores cubanos, venezuelanos, norte-coreanos e muito menos justificado a completa inactividade dos sindicalistas destas paragens às quais efectuam viagens de  "trabalho" e louvam os respectivos dirigentes;
  • O silêncio é tanto mais estranho quanto as politicas e a organização económica nesses países são iguais às que pretendem para Portugal;
  •  Os sindicalistas são sectários e tratam casos iguais de forma distinta (veja-se o caso dos trabalhadores que morreram num desabamento nas obras do Mercado de Setúbal);
  •  Os sindicatos são opacos: não apresentam contas públicas das suas actividades embora sejam financiados pelo Estado;
  • Os sindicatos tornaram-se numa maquinaria para exigir salários e regalias absurdas em empresas que prestam serviço público e são pagas por todos os contribuintes; tornam esses trabalhadores uns privilegiados à custa dos restantes trabalhadores contribuintes;
  • A excessiva influência sindical no Ensino é um dos principais factores de atraso do nosso país: a contratação de professores, a avaliação de professores, o clima de guerra civil permanente na educação, a ideologia transportada descaradamente para a sala de aulas à revelia dos pais, a perseguição do ensino privado que lhes mete medo, a ideia supremacista que o dinheiro investido na educação deve ser administrado por eles.

4 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem visto!
É isto que nunca ouviremos num canal de tv ou leremos nas páginas de um jornal. Borraria a pintura deste mundo virtual em que vivemos desde o golpe de 74.
Um verdadeiro Matrix.

Lura do Grilo disse...

Falo dos sindicatos marxistas que usam quem trabalha como ferramenta para alcançar o poder e aí desaparecem. Há sindicatos que respeitam o trabalhador e lutam por ele sem prejudicar os outros ou massacrar o tecido económico: naturalmente esses são muito necessários.

Anónimo disse...

Tenho uma prima que é comunista e que chegou a dizer-me, certa vez, que os países miseráveis à pala do comunismo são países onde o comunismo foi mal aplicado porque o verdadeiro comunismo não é assim. O comunismo na verdade até é muito bonito, sim senhor... o problema é que não é possível aplicá-lo na prática porque é uma utopia.

Lura do Grilo disse...

Eles têm sempre a esperança que a próxima tentativa vai dar. Ignoram uma coisa: a natureza humana!