junho 19, 2019

Chegámos aqui! Até quando?


"Quase duas centenas de líderes empresariais norte-americanos fizeram publicar no New York Times um anúncio de página inteira, contra as leis de limitação do aborto que vários Estados dos EUA têm aprovado. Dizem que restringir o aborto é "mau para o negócio" e que impede o patronato de construir "uma mão-de-obra mais diversa".
Numa palavra, estes empresários queixam-se de que, sem aborto legal, fica mais difícil contratar mulheres. Porquê? Porque não querem pagar-lhes licenças de maternidade, nem aceitam o esforço de encontrar trabalhadores substitutos para o período que a licença dura. Melhor seria, pois, que as mulheres fossem estéreis, ou que abortassem, sacrificando a maternidade e a família em nome do lucro da empresa onde trabalham.
Nos liberalíssimos Estados Unidos, continua a não existir uma lei que obrigue as empresas a conceder licenças de maternidade. É o único país do mundo - além da Papua Nova-Guiné, do Suriname e de alguns ilhéus na Oceania - nesta situação. À esquerda radical, esta injustiça dilacerante interessa pouco. Preferem celebrar a coragem destes empresários, que dizem que o aborto é bom para o negócio.
É por isso que digo que a esquerda abandonou os trabalhadores em troca da causa moderninha que estiver na moda.
É por isso que digo que a direita, se quiser ser consequente com o seu conservadorismo; se quiser defender a vida, a família, a dignidade da pessoa humana e a prioridade do bem comum, tem de deixar de brincar aos liberalismos e perceber que tem campo aberto, fora do espaço socialista, para um discurso personalista e social.", por António Pedro Barreiro

Sem comentários: