As mágoas que oiço mais uma vez repetidas:
- Uma turma de alunos com graves problemas de aprendizagem e capacidade de prestar atenção. Um denominador comum a todos eles: famílias problemáticas. O apoio de especialistas, cuja eficácia nunca pode substituir a família, é prometido mas nunca vem.
- Na mesma turma tem a 1ª classe (também não se diz assim) e a 3ª classe. Tempo dividido … eficácia reduzida. Na 3ª classe tem uma miúda muito talentosa. Os pais são empregados fabris mal remediados com pouca formação e não a ajudam em casa: ou seja está perante um talento.
- Pode pedir a mudança desta jovem para uma turma mais apropriada mas tem receio. A transferência esbarra com inspecções e inspectores que são avessos a estas iniciativas. Dizem que mudar de turma “pode ser traumatizante” por mudarem de colegas: ou seja a sala de aula é vista como um espaço de convívio e não de aprendizagem. Esperem os “meninos” pelo mercado de emprego, pela mudança de emprego e pelo stress do trabalho para enfrentarem os traumas a sério.
- A educação de excelência e a exploração das capacidades de cada um são os verdadeiros métodos de combate à pobreza: não é o subsídio que acaba com ela. A inteligência, felizmente, é distribuída um pouco de forma aleatória e portanto não beneficia prioritariamente os ricos e os filhos dos ricos. Más opções portanto no panorama do ensino em Portugal que se contenta com a mediania.
- O programa, salvo o erro POPH, ao abrigo do qual estão contratadas pessoas que trabalham na Escola vai terminar. Depois de alguma experiência adquirida perderão o contrato e o trabalho. Mas não vão para a lista de desemprego por agora. Para o lugar delas vão novas pessoas: criação de dois novos empregos. Tortuoso…
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