janeiro 03, 2016

Algemados

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A ditadura do politicamente correto, um dos filhotes mais feios e chatos da esquerda, acabou com a graça da vida. Seu lema principal é o “não pode”. Não pode caçoar da obesidade, da miopia, da opção sexual, da inteligência, da falta dela, da estatura, do cabelo, da careca, da cor, da etnia, dos trejeitos, do jeito desengonçado, da gagueira, da falta de habilidade e da idiotice de ninguém. Junto com essa vitimização veio também o desprezo pela beleza, pela estética, pela arte e pela verdade. O relativismo agigantou-se e fez uma inversão que jamais poderíamos esperar ou desejar: o belo tornou-se desprezível e o feio cultuável; a genialidade é loucura, e a mediocridade é desejável; o esforço é para idiotas, e o direito imerecido é para todos. Não é preciso ser muito inteligente para perceber que esse tipo de pensamento é baseado fundamentalmente em um sentimento torpe: a inveja. Afinal, se não posso ser belo, desprezarei quem o é e exaltarei meus semelhantes. Se me falta a genialidade, retratarei os gênios como loucos e diminuirei suas conquistas. Se criar a verdadeira arte me é impossível, criarei qualquer lixo e o elevarei ao patamar de obra prima. Isso é o que qualquer invejoso faz sozinho; o problema é quando muitos invejosos, juntos, ditam o ambiente cultural de uma nação – em grupo eles se protegem, se reforçam e ocupam espaços importantes, mudando os critérios de forma a agradar a si mesmos e a seus pares.
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Flávio Quintela https://maldadedestilada.wordpress.com/page/2/

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