Nos Blogs, na net e na Imprensa escrita vai uma grande atrapalhação com os resultados da votação da Emigração. Votaram menos de 20000 emigrantes e elegeram 4 deputados. Numa contabilidade em cima do joelho isto parece estranho para quem, uns minutos antes do almoço, despe o roupão e vota no fundo da Rua.
Tal não é o caso dos emigrantes que vivem por vezes a centenas de km de um local onde votar e até lhe negaram o voto por correspondência. Se calhar foi de propósito: não podendo votar, não votam, não votando vamos acabar com os votos da emigração. Mas acho que o não votar também tem outras causas: uma é a miserável assistência consular que o emigrante tem. Sei o que passa um emigrante para cobrar a sua pensão em Venezuela: papeladas e mais papeladas, provas de vida, traduções, selos, reconhecimentos, etc. Pouco fica da pensão descontadas as despesas e deslocações para tratar desta burocracia infindável. Que faz o consulado para aligeirar ou minorar esta via sacra junto do Governo Venezuelano? Com certeza a culpa não será do emigrante e a Diáspora não deve servir apenas para fazer poemas e justificar ajudas de custo turísticas nem para beber um Dão em Montreal ou Caracas à custa da comunidade.
O Português saiu do país no tempo de Salazar e Caetano mas a Democracia não os trouxe de volta e ainda lhes juntou bastante mais: o Português continua a sair e a ser substituído por quem afinal vivia mais miseravelmente que ele (Ucranianos, Romenos, Croatas, Moldavos, Russos, etc). Temos milhões de portugueses fora e questionam os 4 deputados que eles elegem em mais de duzentos?
A saudade era muita quando se partia mas foi morrendo ano após ano a receber chamadas a meio da noite “Morreu a mãe”; “Morreu o pai”; "Morreu o tio", Morreu o Irmão”, “Morreu o amigo”. Talvez sim … talvez eles não mereçam os quatro deputados. Muitos ainda querem morrer cá apesar de tudo.
O Estado Português tem encarado o emigrante da mesma forma que o beneficiado pelo Rendimento de inserção social encara o Estado: uma fonte de receitas.
Tal não é o caso dos emigrantes que vivem por vezes a centenas de km de um local onde votar e até lhe negaram o voto por correspondência. Se calhar foi de propósito: não podendo votar, não votam, não votando vamos acabar com os votos da emigração. Mas acho que o não votar também tem outras causas: uma é a miserável assistência consular que o emigrante tem. Sei o que passa um emigrante para cobrar a sua pensão em Venezuela: papeladas e mais papeladas, provas de vida, traduções, selos, reconhecimentos, etc. Pouco fica da pensão descontadas as despesas e deslocações para tratar desta burocracia infindável. Que faz o consulado para aligeirar ou minorar esta via sacra junto do Governo Venezuelano? Com certeza a culpa não será do emigrante e a Diáspora não deve servir apenas para fazer poemas e justificar ajudas de custo turísticas nem para beber um Dão em Montreal ou Caracas à custa da comunidade.
O Português saiu do país no tempo de Salazar e Caetano mas a Democracia não os trouxe de volta e ainda lhes juntou bastante mais: o Português continua a sair e a ser substituído por quem afinal vivia mais miseravelmente que ele (Ucranianos, Romenos, Croatas, Moldavos, Russos, etc). Temos milhões de portugueses fora e questionam os 4 deputados que eles elegem em mais de duzentos?
A saudade era muita quando se partia mas foi morrendo ano após ano a receber chamadas a meio da noite “Morreu a mãe”; “Morreu o pai”; "Morreu o tio", Morreu o Irmão”, “Morreu o amigo”. Talvez sim … talvez eles não mereçam os quatro deputados. Muitos ainda querem morrer cá apesar de tudo.
O Estado Português tem encarado o emigrante da mesma forma que o beneficiado pelo Rendimento de inserção social encara o Estado: uma fonte de receitas.
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