Leio parágrafos longos, complicados, insondáveis. Chego ao fim do parágrafo e não me recordo de como começou. Chego ao fim da página e já não me lembro do assunto do capítulo. Chego ao fim do documento e arrependo-me de o ter lido. Lanço-o para cima da secretária e desmoralizo por não ter aprendido nada.
Há uma linguagem nova, selecta, impenetrável, redonda e hermética sobre a temática do ensino. Há uma nova classe envolvida nos ditames sobre o ensino que vive disto e se protege com isto: é uma espécie de nicho de mercado. Só há duas formas de lidar com a situação: ou se tenta entender a classe para evitar precisamente o que eles recomendam (de uma forma politicamente correcta) ou se afrontam directamente e passa-se por quadrúpede pouco dotado.
As fichas de avaliação de alunos são a mesma história: o menino é pontual? o menino não descrimina os outros? o menino é solidário com a turma? o menino tem espírito de grupo? o menino convive? o menino é asseado? Disfarçadas algures aparecem duas ou três colunas com critérios objectivos: classificação nos testes, resultados na aula, apreciação dos trabalhos de casa.
Sobre isto, e sobre a eficácia do ensino, vale a pena ver os jocosos, e ao mesmo tempo divertidos, comentários de Federico Losantos sobre uma carta aberta (cheia de erros) de Zapatero (ou um dos 600 assessores que o servem) aos “Docentes”. Eu vi duas vezes!! Entre o minuto 28:30 e 36.
2 comentários:
No quiero ni pensar lo que diría el gran Moncho Borrajo del corte de pelo que le han hecho a Rosana.......
¿Corte de pelo a lo Anne Girardot?
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