fevereiro 15, 2009

Hugo Chavez e o aborto


Numa sociedade “retrógrada” quando nasciam crianças “não desejadas”, toda a gente dava uma ajuda para criar o petiz e este era amado como todos os outros. A igualdade do género não era falada mas o pai aparecia muitas vezes e assumia a sua quota-parte da responsabilidade. Se não aparecesse perdia o crédito de honestidade. A nova sociedade mais vanguardista exigia a morte higiénica e subsidiada do feto porque é muito solidária: assim haveria menos pobreza e menos abortos especialmente os clandestinos.
Fizeram um referendo e perderam.

A comunicação social lá foi lentamente preparando o segundo referendo.
Ganharam o segundo referendo com promessas falsas e uma campanha hipócrita: “melhores práticas”, “consultas de aconselhamento”, “mulheres presas”, “repressão do aborto clandestino”, “não seria um método contraceptivo”, “consultas de planeamento obrigatórias” e outras pataratas de encantar serpentes. Festejaram, sem se ruborizar, como se tivessem ganho uma lotaria.

Hoje o aborto clandestino continua e o aborto legal dá direito a isenção de todas as taxas moderadoras e um mês de férias (ou até vários neste curto período). As mulheres mães estão agora cada vez mais pobres, as crianças também e ambos mais abandonados que nunca. As crianças institucionalizadas e maltratadas aumentam a cada dia que passa. O progenitor ou se borrifa (irresponsável sem castigo) ou não é tido nem achado (ao abrigo da igualdade do género) já que a modernidade é assim.

Chavez quis eternizar-se no poder. Ia acabar como os ranchitos, com a fome, com a pobreza e com a doença. Não acabou mesmo financiado pelo capitalismo que lhe comprou crude pesado a preço de ouro: fez um referendo e teve uma “derrota de mierda”. Mas a quem é velhaco nunca lhe falta a vergonha e, contra constituição, convocou um segundo referendo no mesmo mandato. As promessas são as mesmas e “agora é que é”. Bush que lhe pagou as facturas saiu e agora os inimigos deste Chavez racista são os Judeus.
Empenhou os recursos do Estado pela campanha do Si. Em Venezuela se o referendo der Si também o país acabará como o aborto Cubano. Se der No vai voltar a referendar. É.. até dar o que ele quer. Se fosse honesto saía no 2º mandato especialmente depois de perder o referendo.

A hipocrisia, o apetite voraz pelo poder e a imposição dos seus (não) valores não conhece limites racionais nesta esquerda intitulada do século XXI mas bafienta de 100anos. Nada aprendeu com o tempo e faz propaganda com o mesmo estilo que Joseph Goebbels .

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