O tempo é muito lento para os que esperam; Muito rápido para os que tem medo; Muito longo para os que lamentam; Muito curto para os que festejam; Mas, para os que amam, o tempo é eterno. Shakespeare
novembro 28, 2008
Liberdade, Igualdade e Fraternidade
Quando os mortos numa revolução têm nome, as coisas tornam-se mais reais. Eles aqui estão, bem como as razões de serem guilhotinados. Entre eles Lavoisier: um brilhante químico. Mulheres e mulheres grávidas também não foram poupadas.
Curiosamente Galileu, habitualmente referido como vítima da Inquisição, nunca viu a sua condenação assinada pelo Papa.
Oh, MEO não "chateies" mais ... por favor
Ponham lá na base de dados que não estou interessado. Os quatro canais já chegam para eu perder a paciência.
Oh, MEO já não aguento.... Que melgas!
novembro 26, 2008
Tax evaders
Alberobello no Vale de Itria, sul de Itália alberga um dos maiores núcleos de construções em pedra muito peculiares. São redondas, têm telhado cónico e no topo ostentam a marca do mestre que a construiu. Afirmam que os Truli tem excepcional resistência a sismos.
Uma outra propriedade interessante era que estavam dependentes de uma pedra mestra. Derrubar esta pedra era simples e até conveniente: fazia ruir completamente o trull. Havia um nobre por aquela zona que cobrava imposto a todas as construções que dessem abrigo às pessoas. Uma engenhosa maneira de fugir aos impostos!
Imagem picada de site turístico italiano
novembro 25, 2008
Lucro desenfreado .. ou falta de regulação
Pediram hoje, à comissão que analisa a revisão da lei do aborto (já de si uma das mais permissivas da Europa mas mesmo assim acham-na restritiva), para autorizar a realização de abortos a jovens com menos de 16 anos sem obter o consentimento dos pais.
É um negócio muito lucrativo ... mas a ganância não tem limites.
et voilá ...
novembro 24, 2008
Um eterno Pinto ...
Julgo ser este o autor da famosa tirada de «Um ovo não é igual a um pinto. Um ovo não tem os mesmos direitos do que um frango» a respeito do aborto de um ser humano.
Vamos ver o que nos tinha para dizer:
a) Responsabilizou os anteriores ministros por desperdiçarem a oportunidade de gastar o orçamento (eu não tenho ninguém para responsabilizar .... bolas ... mas é muito feio apontar os outros);
b) Anunciou medidas para evitar "o desperdício" (pois ... não me resta outra hipótese também)
c) Queixou-se que o orçamento era curto (queixo-me do mesmo);
d) Prometeu executar bem (que remédio é o que eu faço);
e) Prometeu ainda: "fomentar parcerias", "criar o cheque obra", "linhas de crédito no BCP para artistas plásticos" (eu também queria parcerias para cavar o logradouro mas faz calos e os meus parceiros aqui em casa não vão em cantigas)
f) Mandou uns bitaites sobre a cinemateca (eu também mando umas recomendações aos miúdos mas nunca me perdoam a semanada).
Mais adiante, na revista, "Podemos trazer de volta os Mamutes"? Por mim não há problema desde que não me pisem a sementeira dos alhos. Estejam à vontade.
Pronto .... então está bem.
novembro 23, 2008
As cúpulas da hipocrisia
No Estado de Orissa, Índia, cristãos que apoiam os miseráveis entre os miseráveis são, por isso mesmo, perseguidos e mortos.
Na Somália uma miúda de 14 anos tentava encontrar, por iniciativa da família, um sítio mais seguro para viver. Foi atacada pela soldadesca islâmica e violada numa praia. Queixou-se à justiça e que ganhou? Ser apedrejada até à morte …. se calhar pelos violadores. É atroz tanto mais que a família tentou evitar no local o seu linchamento.
Duas miúdas afegãs, a caminho da escola e por isso mesmo também, foram atacadas por islamitas que as regaram com ácido. As meninas não podem receber educação. As mulheres morrem por falta de assistência se não houver uma médica por perto, o que parece impossível como vimos.
Nada disto aparece na TV ou certa imprensa escrita.
Zapatero, que não cumprimentaria o Papa mas foi abrir o Ramadão não sei onde, teve mais de 10 anos no parlamento Espanhol. Não fez intervenção ou escreveu qualquer coisa que precise de mais que o equivalente a um rectângulo de papel higiénico. No dia 18 de Novembro encheu uma mala com ½ milhão de Euros de verbas de Ajuda ao Desenvolvimento para fechar umas contas e pôs-se a caminho da Sala XX do Palácio das Nações da ONU em Genebra, para inaugurar uma cúpula do artista Miguel Barceló em honra da Aliança de Civilizações.
A Cúpula, com estalactites artificiais (sem a graça das nossas que são naturais), custou cerca de 20 milhões de euros (as nossas foram grátis) com 8 milhões de financiamento recolhidos dos impostos de “nuestros hermanos”. O artista, que certamente detesta capitalistas mas gostará do que eles têm, foi generoso e cobrou apenas alguns milhões, além de passar muitos meses em alojamento grátis, já que a obra era extenuante e trabalhador assim merece mais que os outros.
Miguel Barceló, então com o cheque no bolso e vendo já pago o apoio que deu a Zapatero nas campanhas eleitorais, estava obviamente feliz como uma criança. Moratinos, o roliço MNE lá do sítio, já se tinha justificado que “el arte no tiene precio” e esta era “A Capela Sistina do século XXI”. Esta última é uma justificação imperdoável para jacobinos e ainda por cima a mais de 90 anos do fim do século. Zapatero, “por supuesto que si”, delirava com a proeza de ter colado ao tecto 8 milhões de Euros do contribuinte e ainda lhe terem feito uma festa com 700 pessoas. Faltaram os foguetes que aqui não convinham.
Assim vão, para a sarjeta, os direitos humanos e pelo ar o dinheiro dos contribuintes e as verbas da ONU.
novembro 22, 2008
Afinal havia outras
Pensamentos sem qualquer interesse (2)
novembro 21, 2008
O cão, a coleira, a trela … e a crise financeira
A Europa personifica bem o ditado “Burro com mania de dar coice até o faz com o coto”. Criadora de vários psicopatas assassinos –Napoleão, Hitler e Estaline- esta amálgama de países nunca se conseguiu encontrar com ela própria. As mães norte americanas tiveram que chorar a morte de muitas dezenas de milhares de filhos para este canto não se ter tornado uma África ou coutada Zimbabueana de qualquer grande líder.
Quando a Europa cresce economicamente é sempre por mérito próprio quando entra em recessão culpa os Estados Unidos. A imprensa progre subserviente e os economistas trauliteiros atiram-se então aos EUA como os nazis e bolcheviques perseguiram os judeus.
Culpam então Bush da crise e queixam-se do capitalismo, dos liberais, neo-liberais e outros que tais. Mas de facto a origem da crise está em Carter “ O Amendoim”. Carter criou uma lei que escancarou o crédito fácil com a boa intenção (e de gente com boas intenções está o inferno cheio) de dar casa a todos os americanos no período de tempo em que arde um fósforo. Janet Reno, uma caterva de advogados, os parasitas da ACORN -todos abençoados por Clinton ocupado por uma estagiária- fizeram o resto: forçaram os bancos a conceder crédito de olhos fechados. Reguladores havia imensos, mas para quê? Para ir contra as leis do Mercado. Os Republicanos fizeram vista grossa. Isto é liberalismo? É SOCIALISMO FINANCEIRO. E a Europa? Parece que fez o mesmo ou pior .. como vamos vendo.
O incauto, que se podia governar com uma casa mais pequena, poupar no carro, trocar de telemóvel menos vezes, desistir das viagens de sonho nas Caraíbas, desistir da segunda casa de férias, cozinhar em casa e fazer poupanças para conseguir a tal desejada casinha endividou-se. Tanta fartura de crédito encareceu os terrenos, excitou os corruptos, tornou câmaras mais gulosas, exigindo a quem urbaniza obras que ela devia fazer. Obras grandiosas mas inúteis foram crescendo como cogumelos com o dinheiro que sobrava. Para pagar isto as casas encareciam e o povo ia-se endividando cada vez mais para ter a tal casinha. Tem que a pagar a vida inteira, adia os filhos e anda aterrado com a perspectiva da perda de emprego. Alegremente o incauto aceitou a COLEIRA e perdeu um pouco de liberdade.
Agora, as estrelas mais brilhantes no firmamento do Socialismo Financeiro, ainda com boas intenções, mas sempre a queixar-se de Bush e Blair, vem com pacotes, bailouts, planos de apoio às famílias, medidas especiais, liquidez, re-financiamentos, nacionalizações, apoios sociais e, pasme-se, ainda forçando (regulando na sua perspectiva) baixas taxas de juro que criaram o problema. Quem vai pagar as baboseiras destes especialistas, analistas, seguidistas e borlistas? Os contribuintes.
O cidadão aflito olha para quem lhe pôs a coleira. Estão reunidas agora as condições para o chantagear com promessas e ganhar o seu voto. O cidadão aceita agora a TRELA que lhe estão a pôr e olha com deleite para o seu dono. Estão reunidas as condições para perder a liberdade.
Progressismo falhado e o bom senso
A pílula ia libertar a mulher … não libertou. Há cada vez mais mulheres escravizadas e exploradas sexualmente.
O preservativo ia evitar as doenças contagiosas …. As doenças contagiosas aumentaram e estão para durar. As campanhas maciças nos media tiveram poucos resultados para o dinheiro que foi gasto.
O preservativo e a pílula iam evitar a gravidez indesejada e especialmente na adolescência. Enganaram-se ….a gravidez indesejada continuou a progredir. Então qual a razão? Falta de informação!
Introduziram a Educação Sexual para dar informação e os resultados … pioraram!
Como tudo o resto falhou então legalizaram o aborto!
Que virá a seguir?
Mas as pessoas são mais felizes e solidárias! Não são. Suicídio de jovens em alta. Violência na Escola em alta. Prisões cada vez mais cheias de jovens! Quase tantas as crianças institucionalizadas quantas as que nascem no País por ano! Experimentação de drogas em alta! Violência de morte sobre o companheiro em alta (interessante ver a idade dos envolvidos)! Tráfico de droga em alta! Assaltos em alta! Relações obsessivas em alta (vigilância de movimentos, telemóvel, companhias do outro, controlo de horas de chegada e localização, etc)! Alcoolismo em alta! Violência sobre os mais fracos em alta! Imprecações por causas fúteis em alta! Linguagem torpe e ofensiva em alta! Pobreza funcional em alta! Violação em alta!
Médicos de um Hospital Madrileno, com um curriculum de milhares de casos dramáticos e vastos créditos científicos, são muito claros: o problema exige uma educação familiar robusta para uma sexualidade como expressão última de amor. Quanto mais se despe o homem de valores morais mais ele fica refém dos impulsos que, esses sim, não são racionais e o levam a amesquinhar-se e amesquinhar os outros.
Os progres, os neo-progres e os progs selvagens em Madrid, no conforto de carros à prova de bala (muitos), no gabinete climatizado e luxuoso, no condomínio fechado, e ao abrigo de salários muito gordos vão investigar, censurar, deplorar, bolsar fel …pobres progres.
novembro 20, 2008
Alguém me explique
Quanto ao aborto a esquerda estalinista e trotskista, a que se juntou o PS e uns passarões do PSD, é muito clara: a mulher é que manda, mesmo que metade da herança genética de um ser diferente de todos os outros não lhe pertença. Ao Estado é-lhe indiferente ver o polegar para baixo ou para cima: ou seja é mais hipócrita que os Imperadores Romanos (2000 anos e tão parecidos).
No divórcio o Estado não se deve "meter na vida privada das pessoas" segundo o sempre zangado com a vida Louça.
Logo que a criança nasce então o Estado parece querer apropriar-se dela: não nos permite escolher a Escola onde pomos o filho a estudar, aprova manuais escolares execráveis e manifesta-se incomodado com a existência de escola privadas!
Que pretendem? Limitar a liberdade dos pais? Formar uma nova geração -os nossos filhos- doutrinada com os seus valores de desrespeito pela vida humana?
novembro 19, 2008
A Cruz de cada um
Contam-me os tios o que acontecia vai para 60 anos. Os falecidos numa aldeia próxima, mas ainda a 8km, tinham que ser sepultados na vila onde vivo.
O cortejo fúnebre, como todos estes cortejos, não era nada desejado e especialmente para aqueles que carregavam o caixão. Com o Padre à frente, o sacristão com a Cruz logo de seguida e todos os acompanhantes já desmotivados pelos altos e baixos do trajecto faziam-se algumas simplificações para facilitar a vida aos vivos.
O caixão, nas descidas, era posto a escorregar de forma controlada e o padre perdoava. O sacristão punha a Cruz no ombro tal como uma enxada e o padre repreendia:
- Não é assim que se deve levar a Cruz
O sacristão obedecia resignado mas vencido de novo pelo cansaço voltava a desobedecer.
- Não é assim que se deve levar a Cruz
Até que perdeu a paciência:
- Sr Padre cada um leva a sua Cruz como pode.
Remédio santo ... pois todos lhe damos razão de uma forma ou de outra. O Padre nunca mais o incomodou.
Feito o serviço era dado aos carregadores um pão de quilo e um litro de vinho. Com mais alguma coisa no bolso, suficiente para mais uns copos, só regressavam no dia seguinte.
Eles afinal são pessoas de Fé
Pensa claro, escreve bem e desassombrado sem insultar nem colocar a micro câmara na alcova do adversário político. Vai coleccionando casos bem sucedidos em Tribunal mesmo sem ser advogado.
Indignou-se com as cabeças pensantes que abundam nos círculos políticos da Catalunha -algumas nunca fizeram coisa com utilidade nem sequer falam bem catalão- e que acharam por bem fechar duas estações da COPE com uma audiência acima da média.
O aparelhismo de um senhor recomendado pelo PP valeu-lhe agora, na ausência de argumentação mais realista, uma sugestão para "o exorcizarem".
São homens de Fé ... mas assim não vão conseguir nada.
Pensamentos sem qualquer interesse (1)
Já repararam que os actores abrem a porta de casa sem primeiro confirmar a identidade do visitante?
Isto é serviço público? Pudico é cada vez menos. Púbico não deve demorar muito.
Pensamentos sem interesse nenhum
Já repararam que os actores abrem a porta de casa sem primeiro confirmar a identidade do visitante?
Isto é serviço público? Pudico é, pelo menos cada vez menos.
Onde estão os sindicatos ... ou a falta de vergonha
Aqui ao lado a Espanha, liderada por um advogado sofrível que subiu ao firmamento da política da forma que todos sabemos, está na crise mais profunda destes últimos 20 anos. Zapatero, fino como um alho, escolheu para seu ministro nestas áreas financeiras um homem que já tinha feito asneira da grossa no tempo de Felipe Gonzalez. O resultado é o esperado: fez porcaria de novo.
A Espanha atingiu 3 milhões de desempregados e a tendência é upa ..upa. Em Outubro foi batido um record absoluto: 6000 desempregos por dia. O deficit vai para os 3%. Um milhão de famílias têm ambos os cônjuges no desemprego.
Aqui fica a minha interrogação! Onde estão os sindicatos? Qual a razão de não haver protestos e manifestações? Estão a ser pagos para ficarem calados ou será por Zapatero ser socialista? Poderão os sindicatos, com substrato ideológico, servir de forma honesta os trabalhadores?
O justo descontentamento dos professores não beneficia, em nada, da colagem ao sindicalismo nos moldes que tem sido feito. Fica na população um travo amargo de que querem, num momento de crise para todos, obter mordomias e subidas na carreira e não apenas uma avaliação justa.
Unam-se os professores, elaborem as suas propostas e apresentem-nas para discussão. Que apareça alguém para as ouvir com vontade de ouvir. Todos temos a ganhar com isso.
novembro 15, 2008
A Corália
A Corália era uma cigana que visitava frequentemente a nossa casa. Alta, seca e altiva era sempre bem vinda: vendia cestos e dava notícias sobre a sua família. Os anos foram passando e ela perdeu o marido. Voltou, agora totalmente de preto, com um lenço impecavelmente amarrado debaixo do queixo. Sentava-se no chão e, junto da minha avó, chorou algumas vezes: primeiro pelo marido e depois pelos filhos ingratos. A minha avó, nascida ainda no século XIX, também enviuvou muito cedo e talvez por isso havia uma enorme empatia entre ambas. Conversavam por vezes horas ... algumas vezes repetindo uma à outra as suas vicissitudes.
A Corália partia altiva como de costume no seu passo certo e ritmado. Por vezes não vendia o cesto novo mas levava sempre no outro cesto alguma coisa: umas batatas, cebolas, laranjas e às vezes um chouriço. A casa era pobre mas havia sempre alguma coisa para dar.
Uma vez desapareceu alguns meses e voltou ainda mais magra: tinha estado doente. Vinha mais velha, cansada e decaída. Repetiu as visitas ainda algumas vezes.
Desapareceu de novo .... ouvimos dizer que tinha falecido.
Passados 20 anos, falecida a minha avó entretanto, deixámos de esperar pela Corália.
Consultório Magalhães: Gratuito até os putos perderem a validade
Este é o primeiro consultório Magalhães a abrir em Portugal. O especialista Gualter Lesma, Doutorado com a revolucionária Tese “Silício e Sinapses: mais que uma sílaba em comum” responde a todas as suas dúvidas.
Sr. Doutor o meu marido desistiu do passe social e da cervejita ao jantar. Eu comi metade do bife durante mais de um ano e mal me consigo manter de pé com falta de proteínas. Mas finalmente o meu pequerrucho de 8 anos tem o Magalhães: azulinho como seria desejável.
Parabéns, a Senhora é da geração que não baixa os braços, não é derrotista nem bota abaixista. Deve ter também o colesterol bem controlado assim como o seu marido. Então qual é o problema?
O meu bebé de 2 anos engraçou com o Magalhães. Chucha desesperadamente na pega do computador, o mais velho dá-lhe pancada e o ambiente lá em casa está de cortar à faca!
Oh, querida. Esse é um menino de ouro: foi tocado pelo choque tecnológico. Era isto mesmo que nós queríamos. Compre uma chucha com cadeado, que é um acessório, e amarre ao Magalhães: vai ver que dá resultado.
Sr Doutor o meu pequenito convivia de uma forma tão entusiasta com a vizinha de cima, com um Mercedes na garagem e uma casa no Algarve, que já via um futuro radioso para este parzinho. Desde que o Magalhães chegou a relação arrefeceu. Que posso fazer?
Oh querida convide a vizinha de cima para sua casa e ela que leve o respectivo Magalhães também. Procure uns sapatos velhos e tire os atacadores. Amarre os dois Magalhães e convença os petizes que eles estão a comunicar e precisam de privacidade. Resulta … 100% garantido.
Sr Doutor o miúdo não tem aprendido grande coisa. A caligrafia não melhora, os erros ortográficos continuam …
A Senhora não se preocupe. Basta comprar uma impressora e instalar a nova versão do corrector ortográfico.
novembro 14, 2008
Ele é exemplar ...
Ele é um elemento da família muito exemplar.
Apanha a roupa do estendal mesmo sem ninguém lhe pedir o favor embora nunca lhe agradeçam (antes pelo contrário).
Ajuda a cavar o logradouro com muito afinco (mas nem sempre da melhor forma).
Está sempre disposto a brincar com qualquer outro.
Espera pacientemente por alguém que ainda não chegou.
É o mais rápido sobre a bola e depois protege-a com muita arte.
Não gosta de ver os mais pequenos à bofetada e reage muito irritado.
Não reclama com a comida mas mostra elevada satisfação quando lhe agrada.
Tem casa própria mas prefere estar junto dos outros.
Recebe com agrado qualquer carinho e as visitas são sempre uma alegria.
Ele é apenas ... o meu cão.
Da capoeira e da horta para a rua
Já todos percebemos que a avaliação dos professores é uma grande trapalhada. A ser levada a cabo nestes moldes vai criar um tremendo mal estar entre os elementos do corpo docente das escolas. O estatuto dos alunos tem igualmente algumas trapalhadas.
Os estudantes que se manifestam nas ruas são no entanto uns pirralhos, que largaram as fraldas recentemente, e deviam estar na sala de aulas a fazer aquilo que devem fazer: estudar e prepararem-se para o futuro. A sua função não é protestar, criticar e dar opiniões: não têm idade nem qualificações para tal. Estas berrarias, arremesso de projécteis (ovos, tomates, etc), alusões à mãe da Ministra e insultos vários só os ridiculariza.
Não estão a pedir professores mais qualificados ou melhores manuais, não se queixam de faltas de material ou bolsas para alunos pobres e com valor, protestam -pasme-se- por as suas faltas serem tratadas do mesmo modo que outros estudantes faltosos. Mas isto é, por outro lado, um castigo merecido para o Ministério que tem sido complacente com o mau desempenho de quem não quer estudar.
A tolerância e o incentivo a estes comportamentos dos estudantes é um mau serviço prestado à democracia. Viver em democracia significa respeitar a autoridade de quem foi eleito, manifestar-se de forma ordeira e, ao voltar a votar, fazer novas escolhas.
É com desgosto que vejo as organizações juvenis de um partido político, oportunistas de ocasião, a entregar folhetos à porta das escolas tentando capitalizar o descontentamento actual e fazerem doutrinação ideológica.
novembro 13, 2008
Do CO2 ao gazeamento da opinião pública
Uma orgia de publicações científicas tem sido produzida sobre o assunto e ela alimenta ainda mais vultosas quantias para financiamentos de projectos: todos para provar que o aquecimento global está mesmo a acontecer. A par destas publicações os iluminados e “aquecidos” defensores da teoria têm evitado criteriosamente confrontarem-se com os pares que os contestam.
O tempo vem deslindando uma série de podres -deficiente recolha e manipulação de dados, ajustes à la carte, artigos pobremente justificados com dados experimentais- que em nada beneficiam “a causa” e dão razão ao conhecido facto das simulações tenderem aos resultados que os criadores da teoria pretendem.
Os resultados mais palpáveis desta campanha são as generosas quantias que “a causa” cobra por conferências, debates e jantares com bebidas gaseificadas. A “causa” ainda criou um mercado de CO2 que francamente mais parece um depósito em pirâmide que um negócio racional e está a prejudicar a Indústria dos países convertidos.
A Europa, que tem sido a mais preocupada, aumentou as suas emissões nos anos mais recentes enquanto os EUA, menos entusiastas pela causa, as diminuíram.
A “causa” está a promover energias limpas que são de facto muito porcalhonas: um exemplo é o fotovoltaico. Um painel fotovoltaico necessita, para ser produzido, da energia que produz durante 4 a 5 anos. Os minérios e materiais necessários devem agravar ainda muito mais este balanço ambiental. O investimento no fotovoltaico, que frequentemente nos apregoam, é um péssimo negócio, como os investidores irão perceber dentro em breve, infelizmente à sua própria custa. Mesmo que o plano preços anunciado seja respeitado apenas ao fim de 8 anos, ou mais, se recuperará o dinheiro investido. Qualquer investimento numa tecnologia imatura é um tiro no escuro e contraproducente.
novembro 12, 2008
Malato foi infeliz
Os concursos televisivos são uma espécie de carrapatos que se agarram ao telespectador pouco exigente e tornam penoso o convívio com a TV.
Malato, que é feliz em todo o lado, foi infeliz numa recente edição do seu concurso.
Calhou uma questão sobre Cuba. Logo perguntou ao concorrente se tinha estado em Havana. Desgraça.. o concorrente tinha mesmo estado e não tinha gostado. Porquê… pela imensa pobreza que viu. Malato ficou com o sorriso congelado.
Reagiu perguntando pela Baía dos Porcos .. foi infeliz também. Ninguém soube relatar com rigor o que se tinha passado e, assim, o regime cubano não saiu vitimizado.
Mas insistiu e lá conseguiu pôr o concorrente a trautear com ele uma canção a um comandante que morreu da mesma forma como matou para impor a sua ideologia.
Quando um homem é pobre outro qualquer homem não pode ser feliz. Mas quando um homem não tem a liberdade de usar o seu trabalho e iniciativa para escapar à pobreza, outro qualquer homem deve indignar-se
novembro 11, 2008
Coisas que valem a pena
À hora de almoço caminho quase 2km para comer num pequeno restaurante: cozinha esmerada, serviço ligeiro e preço convidativo. Uma sopa, uma bebida, um prato e café apenas por seis euros. Sento-me de costas para um rectângulo LCD que debita parvoíces de manhã à noite e deixa saudades à mira técnica.
Uma senhora seguramente na casa dos 80, bem vestida sem ser pretensiosa, pele delicada, senta-se na mesa à minha frente. Talvez uma das últimas donas de casa, professora reformada .. não sei. Não terá passado pela inclemência do Sol muitos dias. Entra, passados dez minutos, um jovem que se coloca por trás e a abraça. Escorrega devagar e com prazer a cara pela face da senhora. Beija-a com gosto repetidas vezes entre o queixo e a orelha. Por fim senta-se e manda vir a sua refeição. O resto do tempo foi passado em amena e apaixonada cavaqueira.
Levantei-me para pagar a conta e comentei com o proprietário:
- Muita ternura naquela mesa!!
- Sim .. é uma avó e o seu neto. São muito amigos .. dá gosto ver.
A sabedoria da 3ª idade, a delicadeza e a imensa paciência conseguem furar as barreiras que se colocam frequentemente entre filhos e pais. A relativização das pequenas frustrações do não ter (o telemóvel sofisticado, a roupa de marca, etc) torna-se mais possível e a convivência com outras formas de olhar o mundo ajuda-os a progredir. Um dia saberão respeitar a velhice dos seus pais e receber a sua própria velhice com naturalidade.Já agora ... acho boa ideia, de vez em quando, mandar estes estuporzinhos (que sabem mais que os pais a partir do 6ºano de escolaridade), para casa dos avós vários dias seguidos.Ufa ...