janeiro 04, 2009

Fenómeno: A Cabala na forma de urdidura (Episódio 1)


A política portuguesa e especialmente os políticos que a protagonizam, ambos agarrados como a sarna a um cão vadio, passam periodicamente por momentos bastante difíceis. Será pelos baixos salários? Será pela avaria arreliadora de potentes BMWs, Volvos, Audis de cilindradas a passar o volume da minha sala de estar? Será pela troca de cargo quando novas eleições fazem girar a roda da fortuna? Será pela falta de "pontes" ou penalizações devido a faltas não justificadas?
Não! O verdadeiro flagelo e terror de qualquer político é a cabala! A cabala aparece onde é menos esperada e às vezes disfarçada na forma vil de monstruosa urdidura que rivaliza em beleza com a Odete Santos.
Esta criatura, a cabala, da qual não observei qualquer indício ainda, tem-me agora na sua peugada: eu sou solidário com as estrelas cintilantes que guiam o nosso destino com a firmeza daquela que guiou os reis Magos.
Já consultei os biólogos mais conceituados! Li o Prof. Galopim de Carvalho do princípio ao fim não fosse a criatura sobreviver num qualquer lago, nem que fosse o de um campo de golfe, e viesse à tona como o monstro de Lockness incomodar a impoluta nata politica.
Andei pela praia do Meco, em muitos intervalos generosos para almoço, não fosse o monstro arrolar por via marítima atraído por qualquer beldade mais descapotável: só vi muita celulite e binóculos apontados ora a Guantanamo, ora aos Açores ora à Câmara de Sintra. Do bicho .... nada. Nem nas pegadas de dinossauro de Fátima consegui encontrar inspiração.
Coloquei câmaras de filmar em todo o lugar frequentado pelas vitimadas criaturas humanas! Os sensores infravermelhos da mais moderna tecnologia nada revelaram. Os GPS dissimulados nas suas viaturas oficiais registaram milhares de km que eu palmilhei mm a mm com lupas, scanners, análises químicas, tudo .... e afinal nada. Toda a panóplia de equipamento estava melhor dissimulada que a colocada no gabinete do procurador (esta se calhar colocada também pela cabala). Interroguei velhinhas, putos ainda inocentes, os carteiros, as padeiras, as alcoviteiras e gente da noite: ninguém sabia ou queria dizer nada. Estava quase a desistir .... (continua amanhã ou logo que o realizador saia do hospital medicado para a gripe)

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