Tenho saudades dos tempos que lá passei. Do barulho dos insectos nos dias de calor, de comprar um "raspao" à beira da rua, de ver a iguana esgueirar-se entre os ramos das árvores, do "cambur" pendurado à beira da estrada, das fatias fritas de plátano do coco cortado à minha frente. Na casa, cuidada por um amigo do meu pai, abríamos um portão e molhava os pés na água do mar que batia logo ali.
Saudades das chuvadas tão violentas quanto breves.
Saudades das chuvadas tão violentas quanto breves.
Tenho saudades de sair de manhã com a minha mãe para apanhar as mangas -das pequeninas- que caiam das árvores em terrenos baldios.
Do colibri pequenino e ágil voando de de flor em flor batendo as asas tão rapidamente quem nem se viam.
Do colibri pequenino e ágil voando de de flor em flor batendo as asas tão rapidamente quem nem se viam.
Tenho saudades de sair com o meu pai e um velhote português (lá faleceu sem nunca regressar a Portugal) para lhe ir comprar as cervejas Zulia que ele tanto gostava.
Saudades da Domitila, uma colombiana amiga da minha mãe, com quem passei tantos bocados em amena conversa. Não sei se ainda é viva ou não.
Saudades ... e pena por ver este país a degradar-se a cada momento que passa, fruto de um louco manhoso e sem escrupulos que não respeita nem sequer o voto popular. Acho que não conseguirei lá voltar.
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