A televisão podia ser um instrumento valioso para difundir cultura, conhecimento e valores. Infelizmente está muito longe de qualquer destes objectivos e limita-se a ser uma “cloaca máxima”.
Entre as degeneradas novelas para a juventude (que interferem na educação que os pais pretendem dar) até às inverosímeis novelas genéricas no horário nocturno, é difícil encontrar alguma coisa que valha zero+.
A par destas novelas criam-se umas estrelas refulgentes que depois exploram os filões da publicidade. O filão chega também para outros bípedes, quase todos com uma linguagem progre e carteira sempre com algum espaço vazio, que apadrinham as virtudes terapêuticas da carqueja ou da casca de laranja em infusão. Outros recomendam créditos que se pagam com língua de palmo. O que tem graça é que fazem isto sempre a rir. Não sei … a carteira fica mais composta já que não se vê outro destino para o dinheiro.
Vejamos como foi anunciado um programa do parzinho capitaneado pelo Sr. Goucha. Diz ela de uma carta recebida (tipo revista Maria):
- Uma rapariga com uma vida íntima fabulosa percebe que o companheiro se masturba.Goucha, sempre sabedor e informado replica:
- A mim diziam-me que fazia mal aos ossos.
Mas logo de seguida vem outro problema.
-Um marido muito carinhoso mas que avança apenas com o vibrador (muito educativo sem dúvida).
Comenta Goucha, sempre com grande discernimento, talvez por ter bebido infusão de couve lombarda:
- Se calhar tem a vagina larga.
E ri-se muito para mostrar a frontaria branquíssima!!!! Mas ... ri-se de quê?
Percebemos agora a queda para a publicidade: tratar os ossos ou compor qualquer coisa que não fica bem na TV ou na revista rasteira.
Perante tanta elevação neste rectângulo de plasma, raios catódicos ou LCD, apetece lançar o televisor do 1º andar. Assim vai o mundo: não parece ter massa cinzenta mas viver das partes baixas e jogos de cintura.
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