outubro 19, 2009

Saramago e a incoerência do Ser

Arreliado pelo início de mais uma novela, onde uma casta e (materialmente) pobre jovem morre de amores por um jovem rico e com pai tirano, constato que um mal nunca vem só.

Saramago, ofuscado pelos holofotes e desejoso de encaixar umas boas vendas em mais um livro - o mundo dele também precisa de propaganda e muita, que aliás ninguém lhe regateia- chispou mais umas asneiras. Moisés com a sua vara e a sua fé fez as rochas brotarem água, Saramago quer, pelo disparate, fazer brotar Euros para saciar a conta bancária. Obra escrita é suficiente e muito incensada mas obra em prol de quem precisa não tenho conhecimento dela.

O cerne das faladuras não merece uma palavra mas não deixo de salientar estas.
"e não caiamos na tentação de atirar pedras sempre na mesma direcção, aos políticos. Algumas dessas pedras deviam cair na nossa cabeça, porque temos a nossa responsabilidade".

Trata-se curiosamente de uma influência de passagem Bíblica: quem diria!
Muitos homens apressavam-se a apedrejar a pecadora e Cristo foi fulminante: "aquele que não tiver pecado que atire a primeira". Todos meteram o rabinho entre as pernas e ninguém saiu magoado. Saramago não: quer agredir. Pretende que as pedras caiam em cima de alguém: dos políticos e algumas nos outros. É sem dúvida mais humano e mais marxista: está-lhe na massa do sangue! Cuidado Saramago..... não se faça em ti a tua vontade.

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