outubro 06, 2012

Alta tensão: eleições venezuelanas

Capriles, se as eleições forem honestas, terá já garantida a vitória por mais de 7%.

A sua campanha foi em crescendo permanente: visitou, falou, ouviu, percorreu o país de ponta a ponta, aguentou todos os insultos e a verborreia chavista. O seus apoiantes foram vexados, impedidos de fazer campanha, viram os materiais de campanha serem destruídos e alguns foram mortos a expensas da linguagem de ódio chavista.

Fala-se da atribuição de nacionalidade venezuelana a centenas de milhares dos colonialistas cubanos e iranianos, de voto electrónico a partir de Cuba ligada a Venezuela por cabos submarinos dedicados, de uma metodologia de voto intimidante que permite facilmente associar o voto ao votante. E se permite esta associação a garantia do poder chavista vale o que vale: nada. O voto no referendo revocatório era secreto  mas quem votou contra nunca mais obteve apoios sociais.

Fala-se ainda da milícia preparada pelo regime para inundar as ruas de sangue. O Povo está cansado e chega-se a um ponto que perde o medo: perde-se o medo quando já nada se tem e resta pouco para perder depois de 14 anos de tirania. A fome, a corrupção, a insegurança, a miséria crescente, a prepotência, a inflação de quase 30%, o roubo, as ocupações, as expropriações criaram um caldo explosivo.  O Exército terá um papel a jogar: as cúpulas do exército, dominadas pelas sanguessugas dos serviços secretos, estão envolvidas até ao pescoço no narcotráfico e no terrorismo colombiano. Veremos como reagem.

Não é só a Venezuela que está em causa: é também Cuba numa miséria imparável e a braços com um pedido de pagamento pela Rússia de 25 biliões em empréstimos. Se perder os 100 000 barris de petróleo diários e muitos biliões de dolares anuais que suga a Venezuela, a dinastia castrista viverá tempos ainda mais difíceis que aqueles por que passou depois da torneira soviética se fechar.   

As eleições na Venezuela podem ser um barril de pólvora.


Obama aliado de Chavez está em desespero e tenta uma folga de cretino: pretende do regime iraniano uma promessa temporária de parar o enriquecimento de urânio antes das eleições nos EUA. 

A Kirchner, cada vez mais rica e autista, enfrenta uma população crescentemente empobrecida e esfomeada pela cleptocracia do regime. As forças armadas estão em efervescência. O descalabro financeiro, que tenta ocultar com propaganda das expropriações e perseguindo os mensageiros desagradáveis, faz irremediavelmente mossa.

Dias interessantes pelo continente americano.


Sem comentários: