A verdade incomoda. A verdade pode indignar quando atinge alguns dos mais pobres. Os pobres são por natureza sempre vítimas e as vítimas nunca podem ser criticadas mesmo que os culpados da pobreza possam coincidir com as vítimas.
Mas a verdade é a verdade: vale tanto para pobres como para ricos. Isabel Jonet falou e disse várias verdades inquestionáveis. É verdade que se viveu acima das possibilidades.
- Basta ter visitado um centro comercial próximo dos Liceus à hora de almoço em 2010 e agora em 2012.
- Basta olhar para as roupas de marca, mochilas EastPack e os telemóveis que os jovens trazem mesmo sendo de baixas condições económicas.
- Basta olhar para os carros e para as férias que os pais gozam.
- Não acredito que haja fome generalizada: há muitas dificuldades a que a Igreja, mais que ninguém, e o banco de Isabel Jonet vão atenuando.
Há sim uma miséria moral que se instalou: a ideia que se pode viver a crédito para todo o sempre, a ideia que não se deve poupar, louvar a fruição em vez do trabalho, viver cada momento como se não houvesse um amanhã. A fidelidade a causas -família, filhos, casamento, amigos- esgotou-se para viver o "agora" e a "carreira". Toda gente é solidária, tem centenas de amigos no FaceBook, bebe muito em grupo, aprende na Escola muitos soundbites mas não se compromete com nada. Não dá ... pede apenas.
Qual a razão de Isabel Jonet ser criticada? Precisamente por ter uma causa. E por a causa levar a uma ajuda com rosto humano. Quem critica? A esquerda com a habitual catilinária contra as instituições sociais de inspiração cristã. Sim ... a esquerda detesta o altruísmo com base na visão cristã do outro. Não reconhece o humano no Homem: a ajuda tem que ser impessoal, sem rosto, maquinal, sem sacrifício e sem relações. O Homem não se pode prender a outro, não pode partilhar não pode prescindir em favor de outrem caso contrário cria laços e resistências ao comportamento puramente biológico que importa manter à flor da pele. Os que protestam são os mesmos que apoiam o aborto, o divórcio na hora, o sexo como actividade prazenteira meramente fisiológica, a homossexualidade, a adopção por homossexuais, as relações ocasionais, a "intimidade intergeracional" e outras políticas liberticidas de engenharia social.
Recentemente Amâncio Ortega em Espanha doou vários milhões de Euros à Cáritas espanhola: a esquerda reagiu como o esperado. Mal! A Cáritas ajuda milhares de famílias vítimas do Zapaterismo e é permanentemente acusada de sectarismo. A esquerda gosta de solidariedade nas manifestações: juntam-se, protestam contra a fome, contra a pobreza, contra a falta de emprego mas cada um vai para o bar beber ou para sua casa comer uns tremoços.
Quanto à Isabel Jonet que continue a sua causa. Os cães ladram, ladram ... mas à noite dormem tranquilamente enquanto outros trabalham para dar uma ajuda com rosto.
5 comentários:
O 25 de Abril trouxe a liberdade de expressão, no entanto para a esquerda esta liberdade de expressão é só para eles. A senhora disse algo de errado? Ofendeu alguém? Não! A esquerda não quer caridade, quer que o Estado tenha obrigação de dar! Parasitas!...
A esuerda tem mostrado a Inveja que tem. Falam, falam e não fazem nada...os outros, como a Isabel Jonet, que o façam.
Parabéns por este excelente artigo !!!!!!
De facto assim é. Temos uma artilharia pesada que na comunicação social é semelhante aos "órgãos de Estaline" na guerra. Os guardadores de "virtudes" estão mais perto de acabar com a liberdade e os ricos de que não gostam que com a pobreza e a fome.
Amigo, esta posta também merece ser roubada! Excelente! :)
é toda sua
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