Ontem encontrei alguém que vai ser despedido da sua escola que tinha contrato de associação e estava colocada nos primeiros 33% das escolas melhor avaliadas. Mais de 20 anos dedicados à escola numa zona rural que integrava todos os que lá chegavam acabam assim. Muitos eram filhos de agricultores cuja mobilidade social é sempre mais difícil.
O radicalismo de esquerda deste governo, apostado em alargar a clientela de mário nogueira e acólitos, vai lançar no desemprego centenas de pessoas e prejudicar o ensino. Apesar de as escolas com contrato de associação terem melhores resultados, fazerem mais com menos dinheiro, saírem mais baratas que a pública, terem melhores instalações, terem mais segurança, não tolerarem furos ou semanas de ausência de professores, não embarcarem em greves ou ridículas acções de protesto que só prejudicam alunos e pais serão fechadas pois o Partido Socialista e o (cromo) Ministro da Educação decidiram usar critérios simplesmente ideológicos. A competição entre escolas não serve no modelo socialista, a avaliação é só para encher estatísticas.
Que vantagens então desta bravata costista:
- Ganhar votos no curto-prazo pelo menos;
- Formar uma massa amorfa de pessoas incapazes de pensar pela própria cabeça;
- Reduzir a competição para os melhores cargos e empregos a médio prazo;
- Obter, em consequência dos pontos anteriores, hegemonia política no país.
Hipocritamente a avantajada secretária de estado Alexandra Leitão tem "por acaso" (sic) os filhos no distinto Colégio Alemão com o objectivo de aprenderem também "uma outra língua". O Colégio Alemão custa qualquer coisa como 5000 a 7000 euros por ano. Aprender uma outra língua podia-se conseguir na Royal School por menos de 700 Euros por ano mas o pacote completo é só para quem pode pagar: aos socialistas tudo, aos restantes a obrigação da escola pública seja ela qual for.
Aos meus rebentos o Colégio Alemão; aos restantes a escola pública bolchevista do camarada nogueira (quer queiram quer não). |
4 comentários:
As coisas não são assim tão simples. Vão ser lançados professores no desemprego. Pois. E os milhares que têm sido, regularmente, mas que não parecem levantar tantos problemas? e como é que os professores da escola pseudo-privada são lá colocados? é que, sendo subsidiadas, as vagas deviam vir a concurso (pelo menos numa percentagem equivalente ao financiamento). Quantos professores do pseudo-privado andam perto de casa enquanto outros, no público, caminham quilómetros todos os dias? na escola onde estou este ano há uma professora com 19 anos de serviço que está a mais de 200 km de casa (ainda é contratada). Eu ando a contrato há mais de 20 anos, nunca recusei horários. mas já vi meninos que andaram a dar aulas no pseudo-privado e depois, quando lhes convém, concorrem ao público e passam à frente dos outros. Quanto à questão das faltas, é simplesmente falsa, pelo menos posta nesses termos. Claro que há chulos que passam a vida a arranjar atestados e esquemas, mas também há os que não faltam. No meu caso, por exemplo, contam-se pelos dedos as faltas que dei nos últimos anos. E quem diz eu diz outros. Quanto à questão da qualidade, como se avalia? com os rankings? e o fazer mais com menos? como se avalia? lavam e limpam lá o rabo a putos que vão para a escola todos borrados como numa onde já estive e em que eram professoras e funcionárias a tratar de um puto nessas condições? as escolas pseudo-privadas recebem toda a gente? não me parece. Na escola onde estou há alunos que foram empurrados para fora da pseudo-privada. No ano passado, onde estive, idem. Portanto, há radicalismo e populismo no esquerdalho, mas não há menos por parte dos pseudo-privados.
Ainda assim, estou em crer que o que vai acontecer ao PS é o mesmo que aconteceu ao PS na Grécia e lá em Espanha. A extrema-esquerda (BE, sobretudo) vai acabar por dar cabo do PS.
Caro Hamsun
Nada tenho contra as escolas públicas: os meus filhos estudaram em escolas públicas.
Mas já passei por faltas de professores, greves e outras arbitrariedades que não acontecem noutras escolas não públicas que conheço. Ao meu filho foi-lhe doutrinado comunismo numa escola pública e eu nada pude fazer pois sabia que ele seria perseguido.
Há desemprego nos professores, como nos arquitectos, engenheiros civis ou pedreiros. Quando pararam de alargar o ensino obrigatório no infantário a partir dos poucos meses de vida e pre-universidade até o jovem ser casadoiro (pese ainda as novas oportunidades), e dada a crise demográfica conhecida, a situação era inevitável,
Agora sou adepto de escolas geridas localmente incluindo a contratação de professores (vivendo próximo ou longe mas parece que próximo é do agrado de todos) para acabar com esse monstro estalinista que é o ministério da educação e o funcionalismo que nele orbita acabando nos casos que reporta: professores do Minho a dar aulas no Algarve e professores do Algarve a dar aulas no Minho.
Estou também contra o fecho de escolas em contrato de associação transferindo os alunos para escolas pior classificadas e com menos equipamentos.
Sou a favor da avaliação das escolas e o fecho das pior classificadas nas suas redondezas, sou a favor da liberdade de escolha dos pais e o financiamento das escolas que o mereçam. Sou contra a administração de biliões de euros por uma máquina totalitária em que se vem tornando o Estado que até já teve um primeiro ministro preso preventivamente por corrupção.
O ensino público precisa de competição para se tornar melhor. Veja o que aconteceu à à industria automóvel no bloco de leste e à Renault que embora pública tinha que competir com os privados.
Alguém me dizia que não acreditava na existência de bruxas e depois acrescentava
-- Mas que as há, há.
Ao olhar a foto que acompanha este post também eu digo:
- Há sim senhor
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