novembro 13, 2009

Os muros

Sócrates e Zapatero caíram no ridículo ao comparar a queda do muro com a Revolução do 25 de Abril de 1974 e a morte de Franco.

Foi sobretudo uma grande ofensa a quem vivia do lado de lá do muro.

Ver uma revista estrangeira ou um jornal no quiosque e comprar, tirar uma fotocópia quando quisermos, mudarmos de casa para outro localidade sem pedir autorização, sair e entrar no país, ter educação isenta, ouvir rádios estrangeiras, comprar aliança de casamento, oferecer um anel, comprar um qualquer electrodoméstico sem o vizinho bufar, ser condenado a uma pena e saber quanto durava, não ir parar a um Gulag por uma denuncia gratuita, ser arrastado à força para para fora da terra onde estão sepultados os avós e os pais, escolher a cor do carro e marca, parecem direitos adquiridos. Não o eram do lado de lá do muro mas sempre foram possíveis com Salazar e Franco.

Compararam de facto coisas incomparáveis.

Quer se queira quer não, quer se goste dos personagens quer não, Salazar e Franco evitaram precisamente que tivéssemos ficado do lá de lá do muro e nos tivéssemos tornado mais uma Cuba miserável (Museu vivo dos anos 50).

Vemos crescer agora sim, e como nunca, mais muros que nos aprisionam de forma subtil e precisamente por aqueles que hipocritamente se juntaram para fotografias.

4 comentários:

Anónimo disse...

Suscribo el comentario.
Saludos.

Anónimo disse...

Eu não diria melhor! Faço minhas estas palavras!

Anónimo disse...

Prosperidad y orden público en la época de Salazar y de Franco. Como muestra un botón: el juicio a Jarabo Pérez Morris, sobrino carnal del Presidente de la Sala Segunda del TS, Sr. Ruiz Jarabo, y la intervención del fiscal don Antonio Quintano Ripollés.....Saludos.

Anónimo disse...

Y no había sueros arn mensajero de katalin Karikó.......