São antagonismos facilmente explicáveis. Quem pretenda subverter determinada ordem para impor outra (como exige o ideal totalitário) precisa, essencialmente, destruir as estruturas através das quais se reproduzem, nos indivíduos, os valores que lhe deem consistência. As três estruturas mencionadas acima - Família, Igreja e Forças Armadas - são como pilares, vigas e lajes de uma sociedade. Daí a persistência dos ataques que lhes são dirigidos. O ideal totalitário investe contra a instituição familiar por dois flancos. Num deles, tenta fazer da família uma coisa qualquer. No outro, busca transformar uma coisa qualquer em família. Os inimigos da Igreja não querem apenas eliminar qualquer expressão externa de sua existência. Querem, principalmente, como se a ordem jus-política prescindisse de um fundamento moral, eliminar a influência dos valores cristãos na moral social e, por via de consequência, no ordenamento jurídico dos povos. A nova ordem que os fascina precisa de uma moral sem fundamentos.
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