Os comentadores, com Marcelo claramente aborrecido por Passos não lhe dar via livre a uma candidatura à Presidência da República, acham mal dois ministros terem pedido publicamente desculpa de anomalias nos respectivos ministério. Achei o pedido de desculpas um acto de grande coragem e humildade. Pede-se muito a responsabilização e a prestação de contas dos eleitos a quem os elegeu mas quando se chega a vias de facto ... isso é que não. Não ouvimos um pedido de desculpas de quem lançou um país na bancarrota e cometeu tropelias de toda a ordem.
O caso do Citius é paradigmático da dificuldade de este país pensar no futuro! Qual a razão de os processos estarem emperrados no sistema informático? Eu acho que a culpa não foi da ministra mas sim de quem desenhou a base de dados do sistema e todo o processo de validação, teste e documentação e, por último, de quem pagou o serviço sem o avaliar. Basta o sistema de tabelas da base de dados estar mal planeado para a alteração de coisas simples, como a mudança de Tribunal a que está atribuído um processo, se tornar um pesadelo. Seria interessante fazer uma auditoria a todo o processo de desenvolvimento do Citius.
Já o caso das colocações de professores parece ter sido um erro cretino: uma soma de um valor absoluto com um relativo. Parece não haver um mínimo de cuidado em rever as fórmulas e a cultura de responsabilidade é baixa: a fórmula devia ter sido revista e testada antes de ser usada. Trata-se de um caso de amadorismo ou então de pura maldade de um funcionário (sabe que o erro lhe vai custar zero) para fazer favores aos sindicatos e tramar o ministro.
Os governos mudam mas a estrutura do funcionalismo subjacente é que manda: basta lembra o Yes, Minister.
Os governos mudam mas a estrutura do funcionalismo subjacente é que manda: basta lembra o Yes, Minister.
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