O cenário do Blogconf lembrou-me uma taberna onde, eu miúdo, comprava uns rebuçados e via bonecos na televisão. As mesas tinham também toalhas plásticas grossas mas sujas de gordura e laivos de vinho. Em cima dela bebiam-se uns copos, jogava-se às cartas, comia-se um guisado e uns nacos de pão. As galinhas subiam depois para comer as migalhas. O cão esperava à socapa pacientemente, debaixo da mesa e sem estorvar, um ossito e uma côdea que os clientes lhe estendiam. O taberneiro enxotava o galináceo com a toalha de limpar o balcão e o rafeiro, ansioso por mostrar serviço, saia debaixo da mesa e perseguia com as 4 patas o bicho de 2 indo ambos porta fora para o quintal numa tremenda algazarra.
Ressaltam dois momentos (o resto foi mais do mesmo e deixam saudades os bonecos que via) do Blogconf: um miúdo de 17anos que deu um nó cego ao PM e depois uma pergunta sobre Energias e centrais nucleares. Nesta ficámos a saber que íamos viver das ondas, do Sol e do vento. Prometeu um futuro radioso: enquanto o vento soprar, o mar ondular e o Sol brilhar o destino é inevitavelmente virmos a ser uma espécie Emiratos Árabes Unidos. Cacarejou-se imenso. O aquecimento global é força automotriz desta estratégia suicida.
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