Lá vou dando uma olhada à TVI enquanto faço o café e dou o bom dia ao cão acompanhado de uma bolachinha Maria a que ele nunca diz não. Recebo uma lambedela em troca. Aqui fica uma perspectiva geral das notícias, apanhando uma ou outra frase solta, e perdoem alguma imprecisão.
Apareceu Sócrates a dizer que seria muito mau “na actual situação do país” (e para ele) baixar os impostos. Os impostos na mão do Estado são porreiros pois geram empregos (como se viu) e se não forem cobrados o dinheiro que lá fica não serve para nada (diz ele). A muito contribuinte grande falta lhe faz o que paga de impostos pois está como Rocinante, o abnegado cavalo que leva às costas a campanha Quixotesca. Ou seja está esquelético: ossinhos à vista, costelas contáveis a olho nu e tudo coberto de uma pele tão debilitada que nem serviria para secar automóveis.
Dinheiro não falta a Costa. Com aquela tez morena não percebemos se se ruboriza ou não, mas apareceu a botar faladura. Quer projectar Lisboa para o futuro e nada como abrir horizontes, com inspiração na Babilónia, fazendo jardins suspensos numa avenida para começar a tarefa. Não percebi onde iria pendurar os jardins suspensos –eu tenho uns cordéis e o cadeado do cão em casa para emprestar- ou como o povo poderia subir: espero que emprestem escadotes, os cães não consigam subir e haja um gradeamento elevado para os putos não se projectarem no Futuro de forma tão entusiástica.
Apareceu um ministro qualquer, já nem me lembrava do personagem. Foi pai de uma menina de nome JESSICA, que nasceu com um dote de 120milhões, e assinava o termo de baptismo. O padrinho foi o Ministro das Finanças e de mais qualquer coisa agora. Pretendentes são mais que muitos. A menina vai viver para as casas em ruínas da Cidade de Lisboa e deve começar a reparar tudo logo que crescer e tirar um curso de reabilitação urbana.
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