Rossio ao Parque. Belíssimos e velhíssimos carvalhos: tão velhos que muitos têm o tronco oco lembrando as aventuras de Enid Blyton. Sigo a Avenida do Liceu e desço para Os Bombeiros. Pequenas lojas tradicionais de ambos os lados da estrada quem segue de novo para o Rossio. Sento-me no Cantinho de Homenagem a Thomaz Ribeiro.
Na fonte próxima as pombas bebem e tomam banho até serem surpreendidas pelo regresso dos repuxos. A Feira do Livro ia abrindo uma barraquita aqui e ali à sombra das imponentes tílias. Desço até à estação de Camionagem, atravesso o centro Comercial e caminho junto ao Rio Pavia atravessando a avenida que dá para o Teatro. Sento-me num pequeno jardim sossegado com o rio a passar mesmo ali: as rãs coaxam e os pardais voam sobre o moliço flutuante tentando apanhar qualquer coisa. Uma mulher estende roupa fora de casa.Um velhote olhava fixamente para longe. Vou voltar… muita sombra, paz, árvores e vários bancos confortáveis.
Regresso, com uns rafeiros a incomodar-me, e subo a avenida. Porta dos Cavaleiros!! Desço e passo por baixo. Dois vizinhos rodeavam outro e a esposa. Logo percebi. O senhor tinha uma imensa nódoa negra no lado esquerdo do queixo que estava a fazer sucesso.
- Arranquei um dente- dizia.
- Está feio -desmoralizava uma
- Devia ter posto gelo. Deve-se pôr gelo -tentava remediar a outra.
- Eu conheço uns emplastros mas agora é tarde. Não se rale… isso passa (rematava a primeira)
E o Senhor lá seguiu com o mesmo problema e sem solução.
Mais adiante um cão tinha rasgado um saco de lixo e contentava-se com uns restos.
Outro jardim .. Teatro… Rua Direita (muito torta) acima. Pouca gente... era Domingo. Junto à Casa da Sorte homens liam gratuitamente a 1ª folha dos jornais expostos: o futebol e as transferências chamavam a atenção.
3 comentários:
Salamanca?
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