setembro 19, 2009

Pedagogias

Dizem as más línguas que a sede do BE no Porto tem sido supostamente apedrejada. O acto reprovável é atribuido a supostos grupos de neo-nazis. Os neo-nazis têm as costas largas e ainda não confirmaram o suposto acto. O BE chamou a PSP e fez muito bem: não se admite um atentado deste género num país de direito.

Vem a talho de foice lembrar que apoiantes do BE devastaram no Algarve uma plantação de milho de um agricultor. Não se consta que o Sr Anacleto Louça tenha repudiado estes actos. É que o agricultor vive do seu trabalho: levanta-se cedo, semeia, monda, aduba, rega, desfolha, debulha e corta a palha para angariar o seu sustento e o da sua família. Basta uma tempestade para lhe arruinar o investimento ou então meia-dúzia de parvos.

Ora vandalizarem o fruto do trabalho deste agricultor não deixa de ser tão ou mais reprovável que vandalizarem bens do BE, se calhar conseguidos com subvenções do Estado, que pouco lhes custaram a ganhar. Nem o apedrejamento seria aceitável se fosse feito com espigas de milho.

Esperando que ambos os actos não se repitam devo afirmar que estes acontecimentos no Porto tem algo de pedagógico, no pior sentido do termo.

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