setembro 15, 2014

Miguel Sousa Tavares ... o comentador de tudo e de um par de botas

... não leu o corão: "não há nada que justifique" as maldades do ISIS. Devias ler Miguel ... está lá tudo: deves andar distraído. Eles até lêem a receita do corão antes de matarem.

A criatura Tavares não sabe ainda o preço em vidas humanas dos povos peninsulares que custou a conquista do Al-Andalus.

Não sabe ainda o que custou o "apogeu" (fizeram alguma coisa pois estavam cá e viviam de um exército de escravos) que vê em Granada nem sabe detalhes (para lá dos lugares comuns que nos foram inculcando) sobre o que era ser cristão ou judeu no Al-Andaluz que ele tanto admira.

4 comentários:

Anónimo disse...

De facto o Alcorão tem passagens bastantes cruéis e violentas. Mas não nos esqueçamos que o Antigo Testamento, ie., o livro sagrado dos judeus, também tem e dá-nos a ideia de um Deus severo, cruel e vingativo. Do mesmo modo, os Vedas hindus também têm o seu quê de violento. Diferente mesmo é o Novo Testamento no qual assenta o Cristianismo.

Lura do Grilo disse...

É verdade que o antigo testamento tem algumas (poucas) passagens de violência.
Cristo veio fazer uma nova aliança como ele próprio disse e estendeu Deus a todos os povos. Há uma evolução radical.
O Corão faz um caminho inverso: de Meca para Medina o "profeta" tornou-se ainda mais cruel, violento e destilador de ódio.

Unknown disse...

O Antigo Testamento contém leis divinas (os 10 Mandamentos, que Jesus declarou não ter vindo destruir, e que são universais e intemporais, são a base da nossa Civilização), e leis temporais, transitórias, próprias da época e que era a regra em todo o Mundo, há mais de 3 milénios.

Num povo em peregrinação pelo deserto, um povo da Idade Antiga, um povo simples, de pastores, de hábitos rudes, as leis civis tinham que ser apresentadas como vindas de Deus - ou não seriam respeitadas.

O Judaísmo, ainda na Idade Antiga, deixou de aplicar leis que hoje são obviamente bárbaras, como a lapidação das mulheres adúlteras ou dos homossexuais. Como o Cristianismo, filho do Judaísmo, já não queima pessoas por não serem cristãs ou por serem de grupos cristãos rivais. As mentalidades evoluíram. Mas Deus é o mesmo. Deus é perfeito. Nós é que somos imperfeitos.

O Islão continua a aplicar esse tipo de leis, sobretudo nos regimes mais clericais, onde a Sharia é a lei civil (Arábia Saudita, Irão, Sudão, são dos que se destacam negativamente).

Leis bárbaras aprsentadas como divinas não ocorreram apenas na nossa tradição judaico cristã. Na Índia, a queima das viúvas, apesar de proibida por lei pela senhora Ghandi, ainda ocorrem ocasionalmente. A cultura oriental, que é vista por cá como um mundo de paz, meditação, zen, yoga, era um inferno para as classes baixas. E ainda é, desgraçadamente, nos países comunistas, como a China ou a Coreia do Norte. São sociedades estratificadas, onde a igualdade é uma miragem longínqua. As elites comunistas substituíram as elites feudais.

O Cristianismo é um ramo do Judaísmo, que acabou por se afirmar como religião diversa, devido a circunstâncias históricas como a de ter sido tornada religião oficial do Império Romano. Mas a fonte, é a mesma.

Jesus era judeu, tanto de etnia como de religião, e nunca pretendeu fundar nenhuma religião. Verberou duramente os abusos clericais da sociedade do seu tempo, e louvou os bons exemplos. Mas era um judeu praticante.

Acima de tudo, a sua mensagem é universal, serve a todo o homem de bem, independentemente da religião que este adopte.

Há, aliás, ramos do Judaísmo que desde Jesus que se mantêm seguidores do modesto pregador itinerante que mudou o Mundo - vide, por exemplo o Judaísmo Ebionita. Ou o Judaísmo Messiânico.

Eu sou um Nazareno, um seguidor de Jesus, ainda que não ligado a nenhuma confissão religiosa.

J.J.

joão disse...

Correcto. Já agora, para quem acha comparável o incomparável, é ler O Deus da Bíblia é Cruel?, de Paul Copan (Aletheia). Há uns quantos católicos marcados pelo marcionismo, que vêem uma diferença significativa entre o Antigo e o Novo Testamento. O problema é que os dois têm de ser considerados. O problema é que a Europa é Jerusalém, também. Ele há quem não goste do contributo judaico, mas ele existe e é um facto. Ainda por estes dias havia católicos blogosféricos e outros indignados com o dia europeu da cultura judaica, por sinal comemorado na minha cidade. Enfim, ainda estão no paradigma de que foram os judeus que mataram Nosso Senhor. A mim parece-me que, na volta, os pagãos tiveram mais responsabilidade, mas a esses ninguém os acusa. Quanto ao resto, o sr. Miguel é um triste. Não leu o Alcorão, não sabe quem é Hassan al-Banna, não sabe quem é Sayyid Qutb, nunca leu a carta de princípios do Hamas, etc. Foi a Marrocos e mais não sei quê, e como muitos palermas come o que o politicamente correcto diz. Pensar e ler, está quieto.