setembro 25, 2014

Quanto a a realidade e a ficção se confundem

As novelas agora imitam a realidade ou ao contrário ... não sei. Banqueiros em problemas, na novela também ... jovens para o jihadismo, na novela também. É um gozo permanente, uma casa dos segredos em que, do lado de cá, todos somos lorpas.

Um maná para a televisão são as greves. São 7h da manhã já o jornal passa a palavra a jornalistas à porta da greve. Nada de novo por ser cedo ... vai ao estúdio e o jornalista ao cimbalino. Passados 10 minutos o estúdio vai de novo à porta da greve averiguar novidades. Nessa altura, à porta da greve, lá está a sindicalista:
- Os trabalhadores estão cansados? Pergunta convenientemente o jornalista.

A gaja agradece e aproveita
- Muito cansados. Só o profissionalismo permite manter os serviços a funcionar, ratata, ratata, .... Sabemos que há gente aborrecida mas queríamos convidá-los para a nossa luta, ratata.. ratata, ratata, ...

O jornalista dá uma ajudinha a mudar o disco:
- Acreditam nesta luta? Diz o ajudante e belicoso jornalista armado de microfone.

Encantada a gaja, que deve ter um salário a nível dos sociais, continua a delirar:
- Acreditamos cada vez mais por um serviço de qualidade a preços sociais, ratata, ratata, ratata.

Greve dos enfermeiros a mesmíssima treta. Serviço de qualidade, menos horas de trabalho, mais gente e 35 horas por semana só para nós. O curioso é que o sindicalista parlante é um clone na postura e no discurso do sindicalista pulha.

Isto não vai lá enquanto Salazar não empurrar a lage que o mantém prisioneiro. Volta António!

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é, o homem de Santa Comba Dão sabia muito bem como lidar com isso...